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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

PCdoB: a burocracia inimiga da luta dos trabalhadores esta à beira da decomposição

Sem apoio entre os trabalhadores, burocracia do PCdoB aprofunda sua crise e se mantém às custas do apoio patronal e de fraudes e golpes contra os ecetistas

 
A recente “vitória” da Chapa 1 – do Partido dos Capangas do Brasil – nas eleições para a diretoria do Sintect – RJ longe de conter a violenta crise da burocracia sindical dos movimento sindical dos correios, expõe de forma inequívoca o seu aprofundamento e as tendências à própria decomposição da burocracia, em contrapartida com as claras tendências à evolução da luta da categoria e do desenvolvimento no seu interior de um novo sindicalismo, que se apoia na luta dessa combativa categoria, no reagrupamento e no avanço dos setores classistas no seu interior.

Uma ditadura sem apoio entre os ecetistas

A atual diretoria reeleita no pleito totalmente manipulado, realizado no final de janeiro passado, obteve (segundo os dados fraudulentos apresentados) um total de 1502 votos. Isso representou 31% do total de votos apurado (4809) e equivale a menos de 10% da categoria ecetista no Estado do Rio de Janeiro (incluindo aposentados, anistiados, Motes e outros que integram a base estadual e parte dos quais participaram das eleições).

Do processo eleitoral anterior (2010) para cá a diretoria pcebista teria perdido mais de 700 votos, cerca de 30% da votação anterior, também amplamente denunciada por fraudes, em um número muito pouco maior de votantes (menos de 100 a mais).

Mais uma vez, cerca de 1/3 dos associados não teriam votado e pouco mais de 30% dos trabalhadores da categoria teriam participado do processo eleitoral, contra uma esmagadora maioria (67%) que se manteve distante, diante da ditadura implantada n Sindicato pela atual direção da entidade.

A baixa participação em uma eleição com quatro chapas e em uma das categorias de trabalhadores que possui um dos maiores índices de sindicalização e participação do País evidencia claramente o profundo desgaste da atual direção sindical, que há 15 anos controla o Sindicato, transformando-o em uma ditadura contra os trabalhadores, recebendo por isso – em diversas oportunidades – rasgados elogios da direção da ECT, no Rio de Janeiro e em nível nacional.

Uma extensa folha de serviços prestados à empresa

A chapa 1, reeleita, do PCdoB (Partidos dos Capangas do Brasil) completou 15 anos à frente do Sindicato apoiado pela direção da ECT e às custas de uma sequência de fraudes e golpes.

O secretário-geral do Sintect-RJ, esteve à frente maior golpe contra os mais de 120 mil ecetistas de todo o País que foi a assinatura do acordo bianual de 2009, que deixou a categoria sem campanha salarial por dois anos.

Na campanha salarial seguinte, depois da combativa greve de 28 dias (2011), o bloco traidor PCdoB/PT retirou a categoria da greve diante de uma decisão arbitrária do TST, sem qualquer conquista e aceitando um processo de reposição que intensificou a escravidão no interior da empresa, obrigando milhares de ecetistas a trabalharem sábados e domingos e a dobras sem fim.

No ano passado, a burocracia “comunista” resolveu ajudar a empresa a atacar a unidade nacional da categoria, uma de suas maiores armas na luta contra os patrões.

Nas vésperas da campanha, por ocasião do XI Congresso Nacional da categoria, a máfia do PCdoB (que também dirige o Sintect - SP) resolveu, sem qualquer consulta real à categoria, desfiliar o Sintect - RJ da federação nacional da categoria (Fentect) que reúne os mais de 30 sindicatos dos ecetistas de todo o País.

A ruptura buscou evitar que as bases sindicais do Rio e São Paulo (as maiores do País) se unificassem diante das propostas de luta aprovadas pela federação que, diante da revolta geral da categoria com as traições do bloco traidor PCdoB/PT passou a ser dirigida por uma frente dos setores de oposição que venceram o XI Congresso Nacional e aprovaram uma série de mudanças de caráter democrático e de luta para a entidade e para a luta nacional da categoria, como a eleição de um comando nacional de mobilização e negociação integrado por representantes de toas as bases sindicais da categoria. Medida que pôs fim ao balcão de negócios anual, em que os dirigentes sindicais que assinavam os piores acordos contra os trabalhadores eram contemplados com cargos e vantagens pela direção da ECT.

De fora da federação e das suas decisões unitárias, a burocracia do PCdoB atuou claramente contra a campanha salarial, propondo uma pauta em que aceitavam perdas salariais para os trabalhadores e procurando semear confusão entre os trabalhadores e trabalhando contra a greve unificada da categoria, o que provocou uma derrota parcial da categoria que apenas conseguiu evitar que a empresa avançasse contra importantes conquistas da categoria, como plano de saúde dos Correios.

A fraqueza da ditadura da burocracia

Estes e outros golpes levaram, inclusive, à própria divisão da burocracia no Rio (como em diversos outros sindicatos). Uma parcela dos diretores do PCdoB (liderados por Ana Zélia “Ginsp” e “Claudinho”) rompeu com a maioria, com denuncias mútuas de golpes, desvios e traições à categoria, aprofundando a crise, como se expressou – ainda que de forma limitada – no processo eleitoral.
Como se viu na campanha salarial (quando ambas as alas do PCdoB se unificaram em torno de questões fundamentais como o rebaixamento da pauta e a sabotagem à greve da categoria) e nas recentes eleições, onde o “racha” se juntou à burocracia do PT na Chapa 2, a crise embora separe as alas da burocracia por conta da intensificação da disputa interna diante da revolta dos trabalhadores, de modo algum leva a que estes setores da burocracia evolua no sentido da defesa dos interesses dos trabalhadores.

Nas eleições do Sintect – RJ, a chapa 2 (encabeçada pelo racha do PCdoB e integrada pelo PT/Articulação) buscou confundir a categoria e dividir a oposição e não só se recusou a denunciar a fraude no processo eleitoral, como colaborou abertamente com ela, como ficou evidente no processo de apuração, que esteve paralisado por várias horas até que setores da chapa 2 negociassem entre si a consumação da fraude contra a verdadeira oposição agrupada na Chapa 4, do Movimento de Oposição ao Peleguismo, representado no Rio pelo MRL, PCO, Mute e Alternativa Sindical. Situação que gerou revolta até mesmo entre setores do PT que integravam a Chapa 2.

O aprofundamento da crise, pelo contrário, intensifica as tendências à uma ditadura na maioria dos sindicatos, até que a evolução da mobilização das massas permita a superação - pelos meios que forem necessários – da burocracia e da sua política contra os trabalhadores.

Isso fica expresso não apenas nos processos eleitorais fraudulentos, dominados por capangas e por “especialistas” em roubar eleições sindicais, como também na agressão contra trabalhadores em assembleias se viu no Rio e em São Paulo, recentemente.

Esta ditadura, como se vê no Sintect – RJ, no Sintect – SP e em tantos outros, longe de ser uma demonstração de força da burocracia são a clara expressão de sua crise. Evidenciam o abismo cada vez mais intenso que a separa dos trabalhadores que claramente – como se expressou no Congresso da Fentect e nas próprias eleições do Rio (ainda que de forma limitada) estão evoluindo no sentido da sua reorganização e da superação política e organizativa dessa máfia.

Derrotar a burocracia

Nestas condições, na medida em que evolua a luta da categoria contra a ofensiva patronal, que tende a se intensificar com o agravamento da crise histórica do capitalismo que cobra a retirada de conquistas, o aumento da terceirização e a privatização da ECT, a burocracia do PCdoB (e toda a burocracia de conjunto) se mostra cada vez mais debilitada e sem condições de enfrenta a reação dos trabalhadores.

É preciso dissipar toda a confusão que uma análise equivocada da situação possa provocar (o que tende a ser estimulado pelas diversas alas da burocracia em crise, do PCdoB ao PSTU) e avançar no sentido da organização independente dos trabalhadores em relação aos patrões e à burocracia sindical, preparando as condições para sua derrubada e sua substituição por uma nova direção real para a luta dos trabalhadores.

A crise do PCdoB, principal suporte política dos patrões e dos seus governos contra os trabalhadores na categoria dos Correios, é uma crise terminal, expressão da total perda de apoio dessa corrente patronal infiltrada no movimento operário para defender os interesses dos maiores inimigos dos trabalhadores.

A tarefa é arregaçara as mangas e trabalhar pelo fortalecimento de uma verdadeira alternativa classista à essa burocracia (e suas variantes, como o PT e o PSTU, também imerso em profunda crise – que analisaremos a seguir) para acelerar a sua derrota decisiva diante da luta dos trabalhadores.

É preciso superar as debilidades políticas e organizativas da Oposição que, no Rio e em todo o País, que são parte do atual estágio intermediário da evolução luta da categoria que avança no sentido de liquidar com a burocracia que não para de retroceder.

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