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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Só a mobilização dos trabalhadores pode garantir a PLR dos trabalhadores

Ampliar o Comando da Fentect, exigir a transmissão ao vivo e começar uma mobilização na base é o caminho
 
Aconteceu nos dias 21 e 22 de fevereiro em Brasília reuniões entre a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) e os representantes da ECT para discutir a PLR dos trabalhadores.

As reuniões são uma repetição da ladainha da Campanha Salarial. A empresa não quer negociar nada. Quer aumentar a exploração e ainda quer o aval da representação sindical dos trabalhadores.

Durante os dois dias a empresa tentou colocar a Federação contra a parede, através do “negociador” Luiz Eduardo do Ceará. Luiz Eduardo é ex-sindicalista do PCdoB, que ganhou um cargo na direção da empresa e agora recebe um gordo salário para provocar os trabalhadores.

O traidor de diversas campanhas quando estava no movimento sindical, à frente da Fentect, é agora o capitão-do-mato da empresa. Além de ser um representante dos sindicatos divisionistas na mesa de negociação.

Só por isso fica evidente que a ECT não quer negociar nada. A empresa cuja direção está nas mãos do PT montou um esquema de provocação contra o movimento sindical, contra a unidade da categoria e sua organização. O fato de as reuniões serem comandadas por um elemento do PCdoB, partido que está levando adiante o racha com a Fentect e tentando romper com a unidade nacional dos ecetistas não deixa dúvidas quanto a isso.

Cadê a PLR?

A Federação foi para a reunião para rever a proposta de PLR 2012 apresentada pela ECT no Plantão do Acordo de 31 de janeiro, e conhecer a proposta de PLR 2013.

No primeiro dia de reunião a empresa já deixou claro que não pretende abrir mão dos critérios e da proposta que já foi apresentada para 2012, a PLR das metas, do assédio e da escravidão da categoria.

A Fentect procurou discutir os problemas dessa proposta, inclusive a denúncia, feita por setores de base, de que chefes estão usando a PLR para ameaçar os trabalhadores, afirmando que dias parados na greve e não compensados serão usados como critérios, o que pode simplesmente zerar a PLR de muitos grevistas.
A posição dos negociadores da em
presa é tão cínica que sobre esse ponto chegaram a dizer que era um problema de entendimento, afinal, o dia de greve não é considerada falta injustificada, que é o critério utilizado na PLR. Mas voltaram atrás, depois que os representantes da Fentect tentaram registrar em ATA o tal “entendimento”. Não assumiram nenhuma mudança.

No dia seguinte os representantes da ECT não trouxeram nenhuma resposta aos questionamentos da Fentect para a PLR 2012, como o problema dos valores da PLR; quando vai ser paga; quem é o setor estratégico que vai ficar com 10% do montante etc.; mas também não trouxeram a proposta de 2013. Mesmo dizendo que o único objetivo da reunião convocada pela empresa era essa discussão.

A empresa não apresenta nenhum número, não revela o balancete, não diz qual o valor destinado à PLR, mas faz propaganda de que está aberta à negociação. O fato é que a direção da ECT não quer discutir a participação dos trabalhadores nos lucros e resultados, quer utilizar a PLR como mais um instrumento de opressão e exploração dos ecetistas que já estão esfolados por péssimas condições de trabalho, falta de pessoal, excesso de serviço, e um salário que foi rebaixadíssimo nos últimos anos.

Ampliar a Comissão para aumentar a pressão pela base

Tentaram forçar a Fentect a apresentar uma proposta de PLR diferente do que é a reivindicação da categoria, ou seja, o fim das metas, o pagamento linear. Isto porque a proposta de PLR 2013 que os Correios oferecem aos trabalhadores é a mesma que a de 2012.

No “Primeira Hora” e documentos internos enviados aos setores de trabalho a empresa diz que é a Fentect que não quer negociar. Mas na mesa os representantes da ECT não aceitaram sequer procurar os órgãos do governo pra prorrogar o prazo de negociação, que foi estipulado como 28 de fevereiro.

Os negociadores da empresa se escondem detrás do DEST (Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais) dizendo que o prazo estipulado não pode ser alterado porque ela quer um acordo de cúpulas, a portas fechadas sem discutir nas bases e principalmente para impedir a mobilização da categoria.

Querem uma resposta até o dia 28 de fevereiro porque nesse prazo não é possível discutir amplamente, ou realizar as assembleias nas 35 bases sindicais da Federação.

A proposta da ECT é a escravidão dos trabalhadores. Para tanto, espera aval dos representantes da categoria. Por isso colocaram um provocador divisionista PCdoB na mesa de negociação.

Do lado de cá a empresa e o governo conta com os traidores que ainda estão no movimento sindical para tentar reproduzir essa política e fazer os trabalhadores aceitarem calados a provocação da empresa, a superexploração e uma PLR miserável para a base dos trabalhadores enquanto a direção da empresa fica com 10% para repartir entre si.

Esse mesmo papel cumpre as reuniões paralelas que o senhor Luiz Eduardo realiza com seus comparsas dos sindicatos divisionistas, como Diviza do Sintect-SP e Ronaldão “bianual”, do Sintect-RJ.

Para acabar com a farsa nas negociações, a Fentect precisa aplicar o mesmo método da Campanha Salarial: ampliar o Comando de Negociação para um representante de cada sindicato e exigir da empresa não apenas a gravação das reuniões como a transmissão ao vivo de todas as negociações.

Mobilizar a categoria

A Corrente Ecetistas em Luta e o Movimento de Oposição ao Peleguismo o (MOPe) está defendendo a ampliação da Comissão de Negociação para justamente aumentar o poder de pressão sobre a empresa pela base.

Diante de toda essa provocação e da tentativa de setores minoritários do movimento sindical de entregar de bandeja a PLR da categoria, é preciso iniciar uma campanha em defesa do que é dos trabalhadores por direito, mobilizando a categoria pela ampliação do Comando de Negociação para um representante de cada sindicato, abertura do caixa da empresa, PLR igual para todos os trabalhadores no valor de R$ 2.500,00 sem metas e sem critérios, com o fim do GCR.

Dar uma resposta a altura da intransigência da empresa. Mobilizar os trabalhadores e dizer para a ECT que se quer pagar um salário miserável vai ter de pagar uma PLR à altura dos sacrifícios que os ecetistas realizam no seu dia a dia para garantir os lucros da empresa.

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