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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

PSTU: serviçal do divisionismo do PCdoB

Nem mesmo a fraude nas eleições do Sintect-RJ conseguiu esconder o papel da chapa montada pelo PSTU/Conlutas: dividir a oposição para favorecer o PCdoB/CTB

Um dos fatos que mais chamou a atenção na eleição do Sintect-RJ (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio de Janeiro), além da fraude escandalosa, foi a divisão dos votos da oposição opera- da pela chapa 3, do PSTU/ Conlutas.
Desde o começo a Chapa 4, do Movimento de Oposição,  denunciou  que o PSTU/Conlutas tinha a função de uma chapa “laranja” na eleição, ou seja, se lançou para tirar votos da chapa de oposição e dar votos para o PCdoB/CTB. Essa situação ficou muito clara no final. Ainda que os números sejam completamente manipulados, resultado da fraude escandalosa, se o número de votos obtidos pela chapa 4 (777) fossem somados ao da chapa 3 (934) a oposição ultrapassaria em mais de 200 votos o número obtido pelo PCdoB/CTB (1.504).
A vitória da oposição era tão evidente, que nem mesmo a fraude conseguiu esconder.

Apoiadores do divisionismo do PCdoB/CTB

Não é de hoje que o PSTU se alia aos traidores do PCdoB. Mas vamos nos ater apenas aos fatos mais recentes.
O PSTU/Conlutas foi o primeiro grupo a pregar a divisão da categoria. Sob o pretexto de criar uma federação  anã,  destruíram o bloco dos 17 sindicatos contra o acordo bianual, primeira tentativa de for- mação de um bloco oposicionista em 2009.
O PSTU/Conlutas levantou, mas quem tinha forças para chutar a bola era o PCdoB/CTB, que no início do ano passado anunciou estar fora da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios). Vindo de um grupo como o PCdoB/CTB, de Ronaldão Bianual e Cia, reconhecida- mente patronal e traidor, ficou evidente que a política divisionista era uma política pelega e principal- mente orquestrada direta- mente do gabinete da diretoria da empresa.
No entanto, o PSTU/ Conlutas não se intimidou. Continuou defendendo a divisão da categoria e  a  federação  anã.  Heitor  Fernandes,  do  PSTU do Rio de Janeiro, foi um dos principais incentivado- res, inclusive “saudando” o rompimento do PCdoB em documento público.
A essa “colaboração teórica” seguiu-se a colaboração política prática. Durante a campanha salarial, enquanto a empresa usava abertamente os sindicatos divisionistas para enfraquecer a luta da categoria, o PSTU se colocava contra as iniciativas da Fentect e colaborava com o PCdoB, servindo inclusive como uma   oposição   consenti- da nas assembleias, como já é tradicional na relação entre PSTU e PCdoB, vale lembrar que na greve de 28 dias, o único que falava nas assembleias de São Paulo, fora a diretoria do sindicato era o Geraldinho do PSTU.
Nota-se que o papel de oposição “laranja” é cumprido pelo PSTU não apenas nas eleições, mas na própria luta da categoria.

A chapa “laranja”

Quando começou o processo eleitoral, o PSTU/ Conlutas tratou de colocar em prática sua política divisionista.
Se recusou a montar um chapa da oposição unifica- da. Prova disso é que durante a formação das chapas procurou elementos oposicionistas reconheci- dos na categoria para lançar a calúnia de que o Movimento de Oposição não lançaria chapa e apoiaria a chapa da empresa, representada pela Articulação. Muitos companheiros rela- taram tal calúnia, inclusive desistindo de ingressar na chapa do PSTU e entrando na chapa 4, da oposição.
Quando o Movimento de Oposição estava formando a chapa 4, o PSTU recusou-se a discutir a formação de uma chapa unitária. Na assembleia que definiu a comissão eleitoral, o PSTU/Conlutas se isolou para facilitar a vitória do PCdoB, que mesmo assim foi derrotado por poucos votos de diferença.
Mas não é só isso. Duran- te todo o processo eleitoral, o PSTU/Conlutas continuou com a calúnia de que a chapa 4 era uma chapa laranja  da  Articulação/PT e que chegaria a retirar a candidatura (!) em benefício da chapa 2.
Durante as eleições revelou-se inclusive que havia dois elementos na chapa 1, do PCdoB/CTB, membros da Conlutas.

Tudo pela federação anã

A política do PSTU/Conlutas tem uma explicação, que ficou clara também no último Congresso da Fentect, vencido pela oposição.
O ataque à oposição e a defesa dos divisionistas do PCdoB tenta jogar a fede- ração e os sindicatos nas mãos dos pelegos e traidores para forjar um pretexto para a criação da fede- ração anã.
De um lado, apoiam, ora valada ora abertamente, a política do PCdoB/CTB para justificar a divisão da categoria em várias federações. De outro lado, colocam no mesmo barco o Movimento de Oposição e a ala patronal da Fentect, representada pela Articulação/PT. Com isso, o PSTU procura convencer  os  trabalhadores, particularmente um setor  mais  despolitizado, de que a Fentect seria “in- corrigível”, que não valeria a pena lutar para retomar a federação para as mãos dos trabalhadores. Mais ainda, de que a luta travada pelo MOPe (Movimento de Oposição ao Peleguismo) não passa de uma farsa, ainda que não consigam explicar nem provar uma única linha das calúnias que produzem.
Está muito claro que o interesse do PSTU não é desenvolver a luta das trabalhadores contra os traidores e a empresa. Pelo contrário, o único interesse é a formação da federação anã e se preciso for, passando por cima dos próprios interesses da categoria.
Esse é o motivo da política divisionista do PSTU/ Conlutas e do seu apoio aos divisionistas do PCdoB/CTB.

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