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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Correios pelo mundo: A crise do serviço postal norte-americano

Os correios dos EUA anunciaram que vão interromper o serviço de entrega aos sábados para cortar gastos. O desmonte da empresa norte-americana é parte da política geral de privatizações

Os correios norte-americanos passam por uma enorme crise nos últimos anos. Estima-se que nos últimos seis anos, a empresa perdeu 41 bilhões de dólares, apenas no ano passado, foram 16 bilhões de prejuízo.
 
Nessa quarta-feira, dia 6 de fevereiro, a direção do Serviço Postal dos Estados Unidos anunciou que vai suspender as entregas de sábado como medida para reduzir custos. As entregas serão realizadas apenas nos cinco dias da semana, com exceção de alguns tipos de objetos, como remédios. Para se ter uma ideia do tamanho da crise, a entrega aos sábados é uma tradição de 150 anos dos correios norte-americanos.
 
Essa não é a primeira medida da empresa para cortar gastos. Vários postos de correios do País foram fechados ou tiveram o horário de funcionamento diminuído. A medida mais grave de todas, no entanto, é que a empresa vem demitindo em massa seus funcionários; 35% do quadro de funcionários já foi reduzido.
 
Um dos fatores apontados como responsável pela crise da empresa postal dos EUA é a busca por empresas privadas para a realização dos serviços de entrega. Exatamente o que querem aqueles que defendem o fim do monopólio postal da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) que na realidade é uma face da privatização.
Uma crise internacional
A crise nos correios dos Estados Unidos não é um fenômeno isolado. É possível verificar a mesma tendência nos correios de outros países, como Portugal, Inglaterra e França.
 
Em todos os casos há uma pressão dos capitalistas internacionais para que se privatize os correios. Na França e na Inglaterra, por exemplo, o governo planeja uma “reestruturação” da empresa, que nada mais é do que um eufemismo para a privatização. Assim como no Brasil a “modernização” da ECT esconde uma política de entrega da empresa para os capitalistas.
 
No caso de Portugal, o governo não esconde. A privatização dos correios já está marcada para esse ano e é uma exigência do Banco Europeu, após a quebradeira econômica do País.
 
A enorme crise dos Correios dos Estados Unidos, que está fechando postos de trabalho e agências é resultado de uma política avançada de desmonte das empresas estatais. No País, o correios é controlado pelo governo, mas a iniciativa privada tomou conta do setor. É o que estão querendo fazer no Brasil.
Funciona assim: primeiro, os capitalistas parasitam tudo o que for possível da empresa estatal; abaixam salários, aumentam preços e sucateiam serviços. Depois, eles destroem a empresa. Quem perde com a devastação só pode ser os trabalhadores e a população em geral.

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