O descontentamento da categoria com o sindicato é enorme
No sábado, dia 16, realizou-se a assembleia para eleger a comissão eleitoral do Simticom-PR (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná). Na assembleia, ficou claro o desespero da burocracia sindical.
Em primeiro lugar, convocaram uma assembleia em pleno sábado a tarde, algo que é incomum na categoria. Começada a assembleia, tentaram impedir a entrada de vários companheiros militantes que foram para acompanhar e apoiar a assembleia, tentaram impedir que um companheiro da Fentect acompanhasse a assembleia. Há denúncias também, de que companheiros do interior foram boicotados e não puderam comparecer à assembleia, isso teria acontecido inclusive com trabalhadores de Londrina, a segunda maior região do estado.
Por fim, o resultado da assembleia mostra que a burocracia sindical, que representa duas alas da direção da ECT, está completamente destruída.
A atual diretoria do sindicato está dividida em vários pedaços, desde que o ex-secretário-geral, Nilson Rodrigues, se vendeu para a empresa em troca de um cargo de cúpula na Direção Regional em São Paulo. Na eleição deverão existir pelo menos duas chapas representantes da direção da empresa. A chapa do atual secretário-geral, formada pela Articulação Sindical e outros grupos, que é apoiada diretamente pelo atual Diretor Regional dos Correios no Paraná, Ariovaldo. Outra chapa, formada por uma ala direita do MRL, que é apoiada por Nilson Rodrigues.
Esses dois grupos, apoiados pela direção da ECT, foram obrigados a se juntar na última hora na assembleia para conseguir vencer a oposição por uma margem apertada de votos. Os companheiros da corrente Ecetistas em Luta se aliaram aos companheiros da Intersindical para defender uma comissão eleitoral comandada pelos trabalhadores e a oposição. Finalmente, a duas chapas do patrão tiveram 102 votos e elegeram três representantes para a comissão e a oposição unida, com 72 votos, elegeu dois companheiros para a comissão.
Mesmo com todas as manobras e todo o apoio da direção da empresa, as duas chapas sequer conseguiram maioria na assembleia. Isso mostra a fraqueza das duas chapas do patrão. A insatisfação dos trabalhadores do Paraná com o sindicato é enorme, graças aos serviços prestados contra a categoria.
É preciso formar uma oposição para derrotar as chapas do patrão, uma oposição composta pelos trabalhadores de base, sem rabo-preso com a direção da empresa.
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