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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

PT quer transformar a PLR em um "balcão de negócios"

A empresa não quer negociar a PLR e os sindicalistas do PT não querem mobilizar a categoria
Na última semana, na quinta e sexta-feira, ocorreram as reuniões entre a Fentect e a direção da ECT sobre a PLR. Ficou clara a intenção da empresa em não negociar com os trabalhadores e a unidade dos sindicalistas do PT contra a mobilização da categoria.

Os representantes da Fentect foram até as reuniões para discutir os valores apresentados unilateralmente pela comissão da empresa ainda em janeiro sobre a PLR de 2012. Os negociadores da ECT, no entanto, não discutiram e afirmaram que o pagamento já estaria fechado e sem possibilidade de discussão.

A empresa, que cinicamente tem dito no “Primeira Hora” que a Fentect não estava negociando, revelou a verdade. A comissão da ECT fechou um valor de PLR sem discutir com a categoria e ainda vai impor os critérios que bem entender para aumentar a pressão e a exploração.

Sore a PLR de 2013, a disposição da comissão da empresa é a mesma: impor os valores e os critérios e deixar os trabalhadores a ver navios. Os representantes da Fentect chegaram a denunciar na mesa de negociação que nos setores, os chefes estão pressionando os trabalhadores grevistas, dizendo que não vão receber a PLR caso os dias de greve não sejam pagos. Sobre isso, o gerente das negociações, o ex-sindicalista Luiz Eduardo do Ceará (PCdoB), não quis assinar nenhum documento para garantir os direito dos trabalhadores.

Ficou claro que a empresa está tentando passar por cima dos trabalhadores porque aposta que os sete membros da Comissão de Negociação da Fentect não irão denunciar o que está acontecendo. Mas as coisas mudaram, os representantes da Fentect não são mais os traidores que eram comprados pela empresa para aceitar todas as imposições.

É por isso que a direção majoritária da Fentect está defendendo a formação de um Comando Nacional de Mobilização, composto por um representante por base sindical, assim como ocorreu na campanha salarial.

Quem não quer lutar pela PLR?

A empresa não vai negociar de sua própria vontade. É preciso que os trabalhadores iniciem uma ampla campanha na base para mobilizar os trabalhadores para arrancar a PLR da empresa.

Nas negociações, a empresa está intransigente. A maior parte dos representantes dos trabalhadores está defendendo a realização de assembleias para organizar a mobilização da categoria.

Os sindicalistas do PT, no entanto, estão contra a mobilização. José Rivaldo Talibã, acostumado a dizer “amém” para os patões, Não quer convocar assembleias nos sindicatos, muito menos organizar o comando nacional de mobilização. Mais um vez, ele cumpre o papel de representante da direção da ECT dentro da Fentect.

Mas Talibã ganhou um aliado. O diretor do Sintect-GO, Wesley Martins (MRL-NEP), tem afirmado que não “adianta mobilizar a categoria”. Segundo esse raciocínio, o que adianta mesmo é fazer acordos de cúpula com a empresa e deixar o trabalhador ser escravizado nos setores, sem PLR.

Tanto Wesley como Talibã fazem parte do NEP (Núcleo de Petistas da ECT), grupo do PT dominado por chefes, e que tem a participação até mesmo do presidente da empresa, Wagner Pinheiro. A aliança Wesley-Talibã quer fazer das negociações da PLR um balcão de negócios entre sindicalistas e diretores da empresa, exatamente como era no passado. A categoria não pode permitir nenhuma traição.

- Organizar o comando nacional de mobilização

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