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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Eleições Sintect-RJ: Uma fraude escandalosa

Máfia do PCdoB/CTB orquestra operação para se manter na diretoria do sindicato apesar da revolta da categoria com o pelego Ronaldão Bianual

1 de fevereiro de 2013


Nos últimos dias 29, 30 e 31 ocorreram as eleições do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio de Janeiro. Disputaram as eleições, quatro chapas: a chapa 1 , da atual diretoria (PCdoB/CTB), a chapa 2 formada pelo racha da atual diretoria e o PT/articulação, chapa 3 composta pelo PSTU e chapa 4 formada pelo PCO, MRL, MUTE e trabalhadores de base.
Os resultado da eleição foi divulgado na manhã do dia 01. De acordo com os dados oficiais, chapa 1 (1.504 votos), chapa 2 (1.279 votos), chapa 3 (934 votos), chapa 4 (777 votos).
Estes números são o resultado de uma fraude grotesca orquestrada pelo PCdoB/CTB. A atual diretoria foi responsável pelas principais derrotas da categoria, o que provocou uma revolta dos trabalhadores contra o máfia do PCdoB/CTB. Sem apoio, os pelegos recorrem a fraude!
O presidente do sindicato ficou conhecido pelos trabalhadores como Ronaldão-bianual. O líder da CTB nos correios foi a principal figura do acordo bianual em 2009, que deixou os trabalhadores dos correios sem campanha salarial e sem reajuste por dois anos.
Todos se lembram que foi o PCdoB que aceitou o final da greve de 28 dias sem nem mesmo fazer assembleia, o que rendeu meses de trabalho escravo nos finais de semana para os grevistas, além do desconto dos dias parados.
Ronaldão-Bianual e Cia da atual diretoria do sindicato faziam parte da Comissão de PCCS que assinou, PCCS da escravidão que abriu caminho para o SAP, SARC e todos os ataques da empresa.
A máfia do PCdoB também provocou a divisão da categoria durante a campanha salarial, enfraquecendo o movimento nacional, ajudando a empresa a empurrar goela abaixo da categoria um dos piores acordos já assinados.
De acordo com vários ecetistas, a direção do sindicato não realizou nenhuma reunião no CTC cidade nova, o maior setor do Rio de Janeiros. Os mafiosos do PCdoB/CTB, fugiam da categoria para evitar o debate na base.
O PCdoB reproduziu o esquema eleitoral da burguesia. Sem apoio na base ou militância, Ronaldão-bianual foi obrigado a contratar pessoas para distribuir os panfletos da chapa 01. Os “apoiadores” recebiam diárias para fazer o trabalho na porta do setores.
Esse abismo entre os interesses dos trabalhadores e da burocracia é uma das principais causas da crescente crise no interior da burocracia que criou as condições mais favoráveis à sua própria fragmentação, como ocorreu com a racha da diretoria do sindicato que permitiu composição da da chapa 2.
As eleições brasileiras, de uma forma geral, são feitas fundamentalmente para contrariar a vontade do eleitorado, neste caso dos trabalhadores. Este jogo de cartas marcadas permite que os representantes da empresa odiados pela categoria continuem na direção do Sintect-RJ.
Chamamos os trabalhadores a repudiarem a fraude.

Eleição de capangas

Os três dias de eleição foram marcados pela constante ameaça de violência por parte do PCdoB/CTB, tanto que a oposição foi obrigada a montar um forte esquema de segurança para evitar possíveis agressões da máfia sindical. Todo mundo se lembra da assembleia da Fentect em 25 de julho de 2012 na Praça da Sé, em São Paulo, quando capangas foram enviados para atacar trabalhadores e encerrar a assembleia da campanha salarial na base da força
No dia da apuração, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos do Rio de Janeiro (Sindimetal), que fica no bairro de São Cristóvão, horas antes de iniciar a contagem dos votos, o PCdoB/CTB simplesmente fechou os portões do sindicato, permitindo que entrassem cerca de 100 capangas contratados por eles. Um dos capangas ficou com um detector de metal no portão. Essa cena marcava como seria todo o processo de apuração. Uma medida para intimidar todos os trabalhadores e ativistas das outras chapas que estavam no local da apuração.
Esse é o tradicional esquema PCdoB quando estão com medo de perderem o controle dos seus aparatos políticos.

A divisão da oposição

Se levarmos completamente a sério o resultado final da eleição, contando que tudo ocorreu sem nenhuma fraude ou golpe (coisa que não se deve considerar) a chapa 1, do PCdoB/CTB obteve 1504 votos, a chapa 2, da Articulação/PT, obteve 1279, a chapa 3, do PSTU/Conlutas 935 votos e a Chapa 4, da oposição, 776 votos.
Nota-se a diferença muito apertada entre a chapa 1 e a chapa 2. A chapa 2 era composta pelo PT e por uma ala do PCdoB, que também compunha a diretoria do sindicato e que rachou no primeiro semestre do ano passado, antes do XI Contect de Fortaleza. A quantidade de votos da chapa 2 tem um significado parecido com o da chapa 1. Ambas são chapas da empresa, apoiadas diretamente por chefes e diretores da ECT e ambas são compostas por setores da burocracia sindical, “profissionais” em fraudes e golpes eleitorais. Ambos têm, com a ajuda dos chefes e do aparelho sindical, o controle de currais eleitorais etc.
A diferença de votos entre as chapas não foi grande. O que mais chama a atenção é o papel da chapa 3, do PSTU/Conlutas. Nos dias de votação não se empenhou na fiscalização das urnas, do processo eleitoral e nem mesmo numa campanha efetiva entre os trabalhadores de base. Para se ter uma ideia, nas principais urnas onde a chapa 1procurou estabelecer um controle férreo a chapa 3 sequer colocou mesários.
Durante toda a eleição, a Chapa 4 denunciou que a chapa 3 era uma chapa “laranja” do PCdoB. O único papel da chapa 3 era confundir o trabalhador, dividir os votos da oposição e dar a vitória para a chapa 1. Foi o que aconteceu. Se a oposição estivesse unificada para derrotar o PCdoB, obteria 1.711 votos contra os 1.504 da chapa 1, ou seja, a oposição seria vitoriosa.

A crise terminal do PCdoB

Se somarmos todos os votos contra a atual diretoria do sindicato (chapa 1), contando brancos e nulos, os divisionistas do PCdoB perderiam de 3.265 votos contra os 1.504. Isso sem levar em consideração o índice altíssimo de abstenção. A votação foi muito baixa e durante os dias da eleição era generalizada o receio de que sequer se atingiria o quórum eleitoral.
Os números, mesmo dentro de um sistema completamente controlado pela burocracia, mostram a enorme rejeição dos trabalhadores ao PCdoB.
A sustentação do PCdoB e de sua política no movimento sindical dos Correios se dá apenas sobre a base da manobra, do golpe e do apoio patronal e dos capangas.
A mobilização dos trabalhadores está demolindo a burocracia sindical.
O trabalho da oposição é ampliar a campanha em todo o estado do Rio de Janeiro, convocando os trabalhadores a se mobilizar contra os ataques da empresa e contra a ditadura que o PCdoB impõe no sindicato.

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