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sexta-feira, 30 de março de 2012

As condições de trabalho são insuportáveis

A situação totalmente precária de trabalho é resultado da falta de funcionários, falta de materiais e as arbitrariedades da chefia

No CTE (Centro de Tratamento de Encomendas) Jaguaré, em São Paulo, os trabalhadores estão sofrendo com o excesso de trabalho. Os OTTs (Operador de Triagem e Transbordo) do turno II da tarde estão denunciando que a chefia não dá trégua e que está cada vez mais insuportável trabalhar no setor. A quantidade de cargas não para de aumentar, como é comum nos CTEs e CEEs (Centro de Entregas Especiais). Enquanto isso, faltam funcionários e materiais adequados para o serviço.

Escravidão

A loucura dos chefes é tão grande para conseguir triar toda a encomenda do setor que nem mesmo durante o horário de janta a máquina de triagem é desligada. As encomendas continuam caindo nas rampas e quando os trabalhadores retornam a quantidade de caixas e envelopes nas rampas é tão grande que fica impossível de trabalhar.
Isso sem contar que cada trabalhador tem que cuidar em média de oito rampas, com destinos diversos. A superexploração nos CTEs é cada vez pior e está levando os trabalhadores a adoecerem. Ninguém aguenta a enorme quantidade de trabalho. É um risco para a saúde física e mental dos trabalhadores.

A velha história da falta de materiais

O problema fica ainda mais grave porque não existe material para trabalhar. As condições de armazenamento das encomendas são completamente precárias.
Não existem mais “mangas” e “bases” nos setores, que são os tipos de materiais adequados para armazenar as encomendas para o transporte. A ordem é improvisar com contêineres de ferro ou pálites de madeira. No caso do turno II do CTE Jaguaré, os trabalhadores denunciaram que nem mesmo os contêineres estão disponíveis. O que resta são os pálites que geralmente são todos velhos e quebrados. O ambiente de trabalho é fechado e abafado e os trabalhadores respiram muito pó durante as horas de trabalho.
A falta de materiais atrasa ainda mais o serviço, pois o trabalhador tem que esperar até aparecer alguma coisa vazia para poder utilizar. Com o isso, as rampas ficam ainda mais abarrotadas de encomendas. É um verdadeiro inferno.
A direção da empresa e a diretoria do Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo) sabem que há muito tempo persiste esse problema no setor, mas nunca é feito nada. A direção do sindicato (PCdoB/CTB) prefere, se aparece, prometer, cinicamente, aos trabalhadores que algo será feito, o que nunca é feito, mas sempre aliviam a barra dos chefes, já que todo mundo sabe que o PCdoB/CTB faz parte justamente da direção da empresa.
Chamamos os companheiros do Jaguaré a realizar uma reunião para discutir os problemas do setor e organizar a mobilização para derrotar a empresa.
Abertura imediata de concurso público, contratação de funcionários até que todo o efetivo seja reposto.

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