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quarta-feira, 21 de março de 2012

A disputa entre capitalistas pelo lucro fácil nos Correios

Depois que a ECT anunciou a abertura de licitação para as franquias, ficou claro que as Agências Franqueadas são uma maneira de privatização dos Correios, em que os empresários ficam com o lucro à custa da empresa estatal e da exploração dos seus trabalhadores

A Associação Brasileira de Franquias Postais (Abrapost) e franqueados já entraram, do final de janeiro até a semana passada com 48 Mandados de Segurança na tentativa de impedir os leilões para a licitação de novos franqueados dos Correios. O impasse envolve, nesse primeiro momento, mais de 800 Agências de Correios Franqueadas (ACFs). Os franqueados querem a suspensão da licitação em nível nacional.
Em 2011 foi aprovada lei estabelecendo que até setembro de 2012 todas as contratações dos Correios deveriam ser feitas por meio de licitações.

Tubarão contra tubarão

O impasse se deve ao fato de que essa obrigatoriedade se estende tanto para as novas franquias assim como para as franquias já existentes. Ao todo, os Correios têm hoje mais de 1.300 ACFs espalhadas pelo País, com predominância justamente nos maiores centros urbanos, como São Paulo, que não por coincidência, são as maiores fontes de lucros. Todas as franquias foram distribuídas, sem licitação, no início dos anos 90 pela direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) a empresários apadrinhados políticos da cúpula da empresa. A criação das Agências Franqueadas foram um dos primeiros golpes do governo no sentido de privatizar os Correios, distribuindo os lucros da empresa aos capitalistas.
A disputa entre os Correios e as franquias atuais não passa de uma disputa para ver quem continuará lucrando a custa dos trabalhadores e de toda a estrutura dessa empresa estatal. O que está por trás da iniciativa do governo em querer renovar os contratos através das licitações são interesses de outros capitalistas que esperam botar as mãos na ECT.

A luta contra a privatização

Aos trabalhadores não interessa essa disputa, a não ser para denunciar mais um golpe do governo e da direção dos Correios, do PT, para privatizar a empresa.
A luta dos trabalhadores dos Correios deve ser uma luta contra as franquias e contra a terceirização. As franquias são uma maneira que os capitalistas encontraram de explorar toda a estrutura dos Correios para encherem seus próprios bolsos.
Os empresários das franquias ficam apenas com o lucro advindo de contratos e do faturamento das agências. Enquanto isso, mantêm trabalhando atendentes terceirizados, que não recebem os mesmos direitos do que os trabalhadores dos Correios concursados.
Além disso, todo o trabalho produtivo é feito pelos trabalhadores dos Correios. Depois que algum objeto é postado na ACF, resta aos OTTs (Operadores de Triagem e Transbordo) e aos carteiros garantirem que o objeto seja devidamente triado e distribuído.
Qualquer capitalista que venha a colocar as mãos nas Agências Franqueadas será mais um passo no sentido da privatização dos Correios, da superexploração dos trabalhadores e da demissão em massa.
- Não à privatização;
- Não à terceirização;
- Pela transformação imediata das ACFs em Agências de Correios 100% controlada pela ECT, com a incorporação dos funcionários terceirizados aos quadros dos Correios.

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