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sexta-feira, 30 de março de 2012

PLR nos Correios: O exemplo da desigualdade dentro da empresa

A direção da empresa apresentou as estimativas de quanto será a PLR 2011 e mais uma vez restou apenas uma merreca para a maioria dos trabalhadores

Nesta quinta-feira, 29, ocorreu a segunda reunião entre a direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e os representantes da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) na qual seria apresentada a proposta da empresa sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
A empresa, na reunião anterior, havia afirmado que não iria discutir o assunto devido ao suposto prazo para apresentar a proposta, que seria dia 31 de março.
Na reunião de quinta-feira, no entanto, preocupados com repercussão negativa que tal intransigência causaria entre os trabalhadores, a direção da ECT decidiu ampliar o prazo das discussões por mais 60 dias.

Para os trabalhadores, nada

Na mesma reunião a comissão da empresa apresentou as estimativas relativas ao pagamento da segunda parcela da PLR 2011. A primeira parcela, de R$ 500,00, havia sido paga em dezembro e a segunda a empresa irá pagar apenas no dia 1o de maio.
Segundo as estimativas da empresa, as expectativas dos próprios trabalhadores, de que receberiam pelo menos mais R$ 500,00, serão frustradas. Para a esmagadora maioria dos trabalhadores a segunda parcela não vai passar de R$ 400,00.

Para a cúpula, muito dinheiro

A antiga reivindicação da categoria, de que a PLR seja linear para todos os funcionários, ou seja, que os valores fossem igualmente divididos, continua sendo ignorado pela empresa. Não é à toa que o líder da comissão da ECT, senhor Luiz Eduardo do Ceará (PCdoB/CTB), avisou que não quer nem discutir tal possibilidade para a PLR 2012.
Para se ter uma ideia da desigualdade vigente na empresa, cerca de 94% da categoria ganhará os valores mais baixos da PLR (entre R$ 900 e R$ 989,00). Em compensação, os assessores dos vice-presidentes da ECT, que são meia-dúzia de funcionários indicados para cargos com altos salários de até mais de R$ 20 mil, vão ganhar mais de R$ 4.000,00.
A PLR continua sendo uma forma da empresa escravizar a categoria em troca de uma bonificação mínima. Os trabalhadores da área operacional e os atendentes, que são a massa da categoria que efetivamente trabalha fica apenas com as migalhas e as chantagens dos critérios que a empresa quer impor em troca dessas migalhas.

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