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quarta-feira, 14 de março de 2012

Boicote e organização de luta na base

O SAP é mais um ataque da direção dos Correios para escravizar os trabalhadores e preparar a privatização da ECT

A direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), continuando em sua política para privatizar os Correios, está implantando o SAP (Sistema de Avaliação de Produtividade) para avaliar o serviço dos carteiros.
Como ficou bem claro de acordo com os manuais divulgados e a própria reunião feita pela empresa para apresentar o novo sistema aos diretores da Fentect (Federação Nacional dos trabalhadores dos Correios), o SAP é um dos maiores ataques já colocados em prática contra a categoria.

SAP é escravidão

Com o SAP, a direção dos Correios vai impor um verdadeiro clima de terror entre os trabalhadores. Todos os dias, uma amostra de carteiros do setor será avaliada sem saber. Mais ainda, está previsto também a existência de uma “pesquisa” entre os clientes atendidos pelo carteiro para avaliar como está sendo feita a entrega.
A política do chicote da ECT não se limita a avaliações do serviço e do rendimento dos trabalhadores. O manual do SAP, que deve ser seguido à risca pelos chefes, detalha bem como deve ser a postura das chefias no setor, chegando ao cúmulo de proibir explicitamente até mesmo o cafezinho do carteiro ou a conversa entre os funcionários.
Enquanto isso, nenhuma palavra é dita por exemplo em relação ao excesso de trabalho, à falta de funcionário, às péssimas condições de serviço nos setores, revelando com nitidez que a política é esfolar o trabalhador, através da vigilância e da perseguição.
O objetivo mais imediato é a super-exploração dos trabalhadores, mas o interesse final da empresa é claramente o de criar pretextos para a demissão em massa da categoria. Isto está dito claramente: “Na 4a avalição e o empregado ainda continuar a apresentar algum resultado ANA (Assiduidade não Alinhada) ou DNA (Desempenho não Alinhado), colher suas justificativas por escrito e adotar as providências gerenciais cabíveis previstas no MANPES (Gradativamente – Advertência verbal, Advertência por escrito, Suspensão Disciplinar, Demissão sem Justa Causa por Baixo Desempenho e Dispensa por Justa Causa [grifo nosso])”.
Aumentar os lucros dos Correios, através da super-exploração e das demissões para aumentar cada vez mais a terceirização na empresa, é a política que prepara a ECT para os capitalistas nacionais e estrangeiros que querem colocar as mãos nos Correios.

Lutar contra o SAP é lutar contra a privatização

Com mais esse enorme ataque contra os trabalhadores, a direção dos Correios e o governo do PT deixam claro que estão dispostos a tudo para privatizar a empresa. Para que seus planos sejam bem sucedidos, a empresa precisa esmagar os trabalhadores e suas organizações.
No entanto, do outro lado, os trabalhadores dos Correios dão mostras que não deixarão barato. Isso ficou bem claro na greve de 28 dias do ano passado, quando protagonizaram uma das maiores mobilizações dos últimos 15 anos, que apenas foi derrotada novamente graças à traição dos sindicalistas do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol).
Mesmo com mais essa traição e mesmo com a ditadura que a direção dos Correios e o TST estão tentando impor, a categoria não se rendeu e continua enfrentando esses ataques.
A única maneira de enfrentar o SAP é através da luta dos trabalhadores nos setores e a criação de uma organização nacional que enfrente os ataques da empresa e a privatização.
A mesma tendência de luta expressa na greve e na recusa de muitos trabalhadores a aceitar as convocações forçadas será a usada para boicotar o SAP. Chamamos os trabalhadores a rejeitar todo o tipo de “avaliação” e qualquer documento relativo aos sistema e a denunciar todas as tentativas de assédio moral que venham ocorrer nos setores.

-    Não à ditadura nos setores;
-    Pelo controle da empresa pelos trabalhadores;
-    Não ao SAP.

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