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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Compensação dos dias de greve não é banco de horas

É preciso denunciar a imposição do banco de horas e derrotar a perseguição aos lutadores da categoria

20 de dezembro de 2012
 
 

A direção da ECT está aproveitando a decisão do Tribunal Superior do Trabalho na última Campanha Salarial para impor o regime de banco de horas aos trabalhadores.

A decisão do Tribunal sobre o dissídio coletivo deste ano determina a compensação dos dias da greve, ou desconto em folha dos dias parados. No entanto, não esclarece exatamente como deve ser essa compensação. Dando margem para a direção petista da ECT barbarizar na retaliação e perseguição aos trabalhadores grevistas.

Os trabalhadores estão sendo convocados a trabalhar em regime de banco de horas. Além das convocações em domingos e feriados.

Em muitos setores os chefes não estão aceitando pagar horas extras para os grevistas.

A perseguição é tamanha que os chefes estão contabilizando banco de horas mesmo para aqueles trabalhadores que autorizaram o desconto dos dias da greve no contracheque. Isso acontece em todo o país, em Brasília, São Paulo Minas Gerais...

Como denunciamos aqui, quando o trabalhador recusa o banco de horas e saí na hora ou exige a hora extra para o excedente, ou até mesmo se sai na hora e não fica mais tempo no setor, está sendo punido com SIDs (Solicitação de Informação e Defesa).

Enquanto não paga horas-extras aos grevistas, esse recurso foi utilizado para garantir que fura-greves trabalhassem dobrado nos setores operacionais. Muita gente do setor administrativo aceita ir para o setor operacional durante a greve fazer o serviço de carteiro, Operador de Triagem e Transbordo (OTT) para ganhar dobrado. Pagamento em dobro para traição dobrada. Essa é a lógica da ECT.

Os lutadores que garantem as conquistas da categoria, como na Campanha Salarial deste ano garantiram a permanência do Correios Saúde sem alterações, sofrem com a perseguição e o chicote dos chefes. Já os fura-greves e traidores estão ganhando em dobro.

É preciso derrotar essa lógica da direção carrasca da ECT.

O banco de horas é uma artimanha dos patrões para esfolar os trabalhadores sem pagar devidamente pelo serviço. Ela foi aceita pelos traidores que estavam à frente da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) no acordo coletivo de 2008. Uma experiência duríssima para a categoria que desde então rejeita profundamente esse método.

Este ano a nova direção da Fentect, composta majoritariamente pelo Mope - Movimento de Oposição ao Peleguismo, de maneira nenhuma aceitaria a imposição do banco de horas. Por isso a ECT recorreu à ditadura do TST.

É preciso deixar claro para os carrascos da direção da empresa, os chefes capitães do mato, e os pelegos traidores do movimento sindical, que não existe acordo para bando de horas nos Correios.

Na categoria dos Correios não existe banco de horas e os trabalhadores não estão dispostos a aceitar essa imposição goela abaixo. Muito menos como punição pela greve.

Greve é um direito de todos os trabalhadores e uma necessidade vital na luta por salários e condições de trabalho contra a intransigência da empresa e do governo.

É preciso passar por cima da ditadura do judiciário e lutar contra a perseguição aos grevistas. Garantir o direito de organização da categoria, o fim do banco de horas imposto pelos carrascos petistas da ECT.

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