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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Privatização dos correios: Uma tendência internacional

Os correios de Portugal serão privatizados no primeiro semestre do ano que vem e outros correios do mundo passam por problemas parecidos com a ECT

20 de dezembro de 2012


O governo português anunciou que pretende acelerar o programa de privatizações em 2013, no qual está incluída a venda do correio português (CTT). Segundo a imprensa portuguesa, o plano é privatizar os correios já no primeiro semestre do ano.

A privatização dos correios é uma exigência da Troika, um comitê liderado pelo Banco Centra Europeu e o FMI para chantagear os países europeus em crise. A ideia é entregar todas as empresas estatais para os banqueiros. Na realidade, os capitalistas que estão levando a Europa (Portugal foi um dos primeiros a falir) a uma crise sem precedentes, querem devastar ainda mais a economia dos países por meio da destruição da economia nacional.

Os correios portugueses não são os únicos alvos. Na França, Inglaterra, Estados Unidos e outros países as empresas de correios estão na mira dos capitalistas. Como no Brasil, a privatização está escondida atrás da palavra “modernização” ou “reestruturação”.

A aprovação da MP 532, no ano passado, que mudou o estatuto social da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) abrindo o espaço para transformá-la em S.A. também foi feita sob a máscara da “modernização”. Os trabalhadores conhecem bem o vocabulário do governo e dos patrões.

O que estamos vendo agora é o aumento da presença da iniciativa privada dentro da ECT, como é o caso do vertiginoso aumento da terceirização na empresa. Além disso, o aumento de medidas para aumentar a exploração dos trabalhadores é parte da mesma política, como o SAP ou o SARC. Na campanha salarial, a tentativa da empresa de destruir o plano de saúde da categoria também é parte da privatização da empresa.

A propaganda do governo e da direção da empresa, ambos do PT-PCdoB-PMDB, é a de que os Correios brasileiros não serão privatizados, pelo contrário, estariam crescendo como empresa. A situação interna da empresa, conforme foi descrita, e situação internacional mostram exatamente o contrário.

A ECT, apesar das contradições de interesses existentes dentro da própria cúpula da empresa, está sendo levada para a privatização. O próprio anúncio de que os Correios brasileiros são os maiores interessados nos correios de Portugal (CTT) é um sinal muito claro dessa tendência. Ao contrário do que se possa apresentar, a participação da ECT na privatização dos CTT é um sinal claro de que os Correios brasileiros já estão profundamente dominados pelas capitalistas em banqueiros internacionais.

Resta aos trabalhadores organizar uma campanha e a mobilização contra a privatização dos Correios e denunciar todas as manifestações dessa política dentro da empresa.

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