Aconteceu na terça-feira, dia 4 de dezembro, na Câmara dos Deputados, em Brasília, uma audiência pública na comissão de Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – CCTCI, para discutir "O papel e a atuação dos Correios no atual cenário de mudanças tecnológicas" (Requerimentos nºs 157 e 162/2012, do Deputado Eduardo Azeredo, e Requerimento nº 158/2012, do Deputado Arolde de Oliveira).
Participaram da audiência o presidente da ECT, Wagner Pinheiro, Edson Vidigal, Ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Edson Dorta Silva, Secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).
Durante as discussões está clara a defesa da privatização da empresa e a quebra do monopólio postal.
A presença do ex-ministro do STJ é claramente para defender os interesses das empresas que desejam o fim do monopólio. A própria audiência foi convocada pelos parlamentares privatistas que já declararam que o modelo dos EUA é o ideal. Ou seja, que os Correios não teriam que ser públicos, mas os seus serviços deveriam ir para as mãos da Fedex e DHL. Grandes donas do mercado norte-americano.
O presidente da ECT procurou fazer uma fala generalizada, apresentando a ECT como se fosse uma grande maravilha. Defendendo as parcerias com o setor privado, as franquias etc. Apesar de defender no discurso a “exclusividade da empresa” na prestação do serviço, em outras palavras, o monopólio dos Correios.
Em sua fala, o secretário-geral da Fentect, Edson Dorta, membro da Corrente Ecetistas em Luta, denunciou ambas as posições. Criticou a política de privatizações inclusive trazendo à tona o resultado devastador das privatizações no Brasil, como Petrobras e Telecomunicações. Seja para a população em geral, pela péssima qualidade dos serviços, como o drama que isso se confirmou para os trabalhadores, demissões, rebaixamento dos trabalhos, terceirização, acidentes de trabalho etc.
Edson Dorta destacou que se a direção da ECT de fato pretende defender o monopólio dos Correios, deve acabar com sua política de terceirização e franquias. Lembrou os problemas de corrupção, defendendo que a empresa esteja sob controle dos trabalhadores, como medida para por fim a todos esses problemas.
E concluiu “Vamos mobilizar contra qualquer tentativa de quebra do monopólio ou privatização da empresa, em defesa da ECT como patrimônio nacional”. A audiência continua. Vamos apresentar posteriormente os detalhes.
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