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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Qual deve ser a reivindicação dos trabalhadores em relação à segurança?

Segurança pra quem? Não à repressão e à perseguição aos trabalhadores

 


20 de dezembro de 2012


Muitos sindicalistas dos Correios, de uma maneira completamente equivocada, estão fazendo coro com a imprensa capitalista na campanha contra a “violência” urbana e por “mais segurança”.

É inegável que os trabalhadores dos Correios, como categoria, tem sido uma das que mais tem sofrido com esse problema social. Porém, as causas e as medidas a serem tomadas não têm nada a ver com o que tem espalhado por aí a direção da empresa, a imprensa e alguns sindicalistas.

Em primeiro lugar, a causa do aumento de assaltos, furtos etc nos Correios coincide com aumento do serviço de cargas valiosas que antes não eram prestados pelos trabalhadores dos Correios. O principal exemplo é a introdução do Banco Postal, que exigiu que os trabalhadores começassem a fazer o trabalho de bancário, sem ser bancário. Os carteiros e OTTs, principal mentos nos centros que manipulam encomendas, trabalham com objetos valiosos: cartões de crédito, joias, aparelhos eletrônicos e outras coisas. Quer dizer, os trabalhadores têm feito serviços que escapam da própria área de atuação do correio.

Os Correios não é transportadora de valores, como uma empresa de carro-forte, e os carteiros e OTTs não são seguranças treinados para tal situação, da mesma maneira que os atendentes não são bancários.

Segurança para a empresa, repressão para o trabalhador

A direção da empresa é sedenta pelo lucro, não importa quais as consequências para o trabalhador. Pedir que a direção da ECT aumente a segurança será apenas uma maneira da empresa proteger suas mercadorias para diminuir os prejuízos vindos dos assaltos. O trabalhador estará em segundo plano, como já ocorre hoje. Um carteiro assaltado, com ou sem escolta armada, vai ter problemas psicológicos da mesma maneira.

É fácil perceber isso observando as centenas de histórias de companheiros que foram assaltados várias vezes e os chefes insistiam em mandar o companheiro repetir o distrito.

Além disso, um sindicalista deveria saber que, para os patrões, o primeiro suspeito é sempre o trabalhador. Em primeiro lugar, as câmeras são instaladas para vigiar os próprios trabalhadores, como forma de assédio e perseguição. A presença da escolta armada e principalmente o aumento do policiamento vai servir, antes de tudo, para intimidar o próprio trabalhador.

Também existem dezenas de histórias de trabalhadores que foram assaltados e que a polícia e a empresa colocaram como suspeito.

Portanto, a reivindicação de “mais segurança” é uma reivindicação puramente patronal. É parte da campanha da empresa para preservar seu patrimônio e de tabela, aproveitar para apertar ainda mais o cerco ao trabalhador.

Para a categoria, o que interessa é a melhora das condições de trabalho e uma das principais reivindicações têm que ser o fim da perseguição, do assédio moral e da opressão nos setores. Essa é a arma da empresa para aumentar a exploração do trabalhador.

No caso das agências, é preciso reivindicar o imediato fim do Banco Postal. Correios não é banco, e o atendente, além de estar sob os mesmos riscos do bancário, está sendo super-explorado por cumprir dupla função. Portas giratórias, seguranças armados e câmeras não irão resolver esses problemas, apenas aumentar a repressão aos trabalhadores e ao povo que necessita do serviço do correio.

No caso de carteiros e OTTs, devemos reivindicar melhores condições de trabalho e o fim da manipulação de cargas valiosas, que não dizem respeito ao trabalho dos Correios.

- Por um seguro de integridade física a todos os funcionários;

- Fim do Banco Postal, ecetista não é bancário;

- Redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais;

- Fim do assédio moral;

- Fim da terceirização, que a segurança seja feita por uma comissão dos próprios trabalhadores;

- Não à instalação de câmeras para reprimir o trabalhador.

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