Na eleição do Sintect-RJ está em jogo a
derrota definitiva da máfia sindical do PCdoB/CTB e da política divisionista nos
Correios
A principal questão em jogo é o problema da unidade nacional dos trabalhadores, ameaçada por um lado pela política perniciosa do PSTU/Conlutas e dos setores da FNTC, conhecida como Federação Anã, que defendem romper com a Fentect e de outro, pelo PCdoB/CTB, que de fato rompeu com a federação.
Federação Anã, os “bois de piranha” do PCdoB
No primeiro caso, do PSTU e seus satélites na FNTC (Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios), a questão está colocada de um ponto de vista da luta política e ideológica contra um oportunismo desses grupos, que já está ficando senil, mas que Lênin chamou de infantil em sua época. Trata-se de explicar aos trabalhadores que o radicalismo desses grupos não passa de um discurso. A ideia do PSTU e Cia, a saber: de que para combater a burocracia é necessário dividir as organizações sindicais, é vista pelos trabalhadores exatamente como é: uma capitulação diante da burocracia. Isso ficou comprovado no resultado do último congresso da Fentect e no período posterior a ele, quando a política divisionista foi derrotada completamente como uma suposta “alternativa oposicionista” que seus defensores tentavam promover.
É claro que a falência completa da política divisionista “esquerdista” não está desvinculada ao próprio fato de ter sido seguida justamente pela ala mais burocrática do sindicalismo: o PCdoB/CTB. Não menos importância teve a própria experiência da atuação do PSTU na categoria, que há muito tempo leva uma política de aliança com os diversos setores da burocracia nos piores ataques aos trabalhadores.
A eleição para o Sintect-RJ deve acabar de enterrar a já morta política divisionista liderada pelo PSTU/Conlutas/Federação Anã. Nunca é demais lembrar que o PSTU e setores da Federação Anã decidiram lançar-se como um chapa laranja do PCdoB, conforme já vinham atuando desde a campanha salarial. Ou seja, estão na eleição apenas e tão somente para confundir os trabalhadores em relação à oposição, não se sabe se serão bem sucedidos, mas esse é o fato.
A derrota do PCdoB é a tarefa central nesse momento
Se o PSTU introduziu a ideia, o PCdoB aproveitou a carona e deu sua cartada final para tentar sobreviver dentro do movimento dos Correios. Aproveitando o fato de manterem sua ditadura contra os trabalhadores na direção dos dois maiores sindicatos da categoria, anunciou a saída da Fentect. Com o tempo, ficou límpido que a política era diretamente patronal.
A experiência da greve de 28 dias em 2011, em que a ação dos trabalhadores anulou a burocracia sindical e colocou a empresa na parede mostrou para a direção da ECT que não seria mais possível contar com a burocracia.
Os acontecimentos na greve de 2011 prenunciaram a vitória da oposição no congresso da Fentect, o que deixaria a empresa em uma situação ainda mais complicada do que estava.
A manobra da empresa consistiu em incentivar a saída dos dois sindicatos para criar artificialmente um cisma na categoria e principalmente criar confusão entre os trabalhadores. Dessa maneira, o fortalecimento da oposição nacional – que expressa a tendência de luta dos trabalhadores – seria combatido com os divisionistas do PCdoB. A campanha salarial revelou que a empresa foi parcialmente bem sucedida em sua manobra, mas também deixou claro que foi sua última cartada.
É por isso que a principal tarefa dos trabalhadores nesse momento é a luta contra a máfia do PCdoB/CTB. Uma ampla campanha política nas eleições do Rio de Janeiro, independentemente do resultado eleitoral aparente e imediato, será fundamental para enfraquecer o PCdoB e sua política divisionista ali em um dos seus principais pilares de sustentação.
O Movimento de Oposição ao Peleguismo, composto por companheiros de Ecetistas em Luta/PCO, MRL, MUTE, Alternativa Ecetista e independentes, formou a chapa 4 nas eleições. Essa é a única chapa verdadeiramente de oposição, que representa os trabalhadores de base. A formação dessa chapa foi o primeiro e importante passo para a luta política do PCdoB/CTB no Rio de Janeiro.
O próximo passo de todos os companheiros é organizar uma ampla campanha na base. Daqui até as eleições, dezenas de milhares de boletins serão distribuídos, milhares de cartazes serão colados e muitas outras iniciativas serão tomadas para esclarecer e mobilizar a categoria no Rio de Janeiro e desmascarar e derrotar a máfia sindical liderada por Ronaldão-Bianual e sua turma.
A derrota dessa máfia sindical tem a importância central na luta pela unidade nacional da categoria. Os trabalhadores divididos são mais fracos e por isso a direção da ECT dá todo o incentivo para a política criminosa do PCdoB no Rio e em São Paulo.
Nesse mês e no próximo, até o dia das eleições, os Correios do Rio de Janeiro serão o palco de uma luta encarniçada contra os divisionistas. As atenções dos trabalhadores dos Correios de todo o País devem estar nessas eleições, em defesa da independência da categoria, de sua unidade nacional, contra os traidores da máfia sindical do PCdoB.
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