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quinta-feira, 21 de março de 2013

A história de uma traição: Veja como os Correios deram o golpe na PLR em 2011

2011, ano da maior greve dos Correios, também foi o ano em que a empresa comprou o ex-secretário-geral do Sindicato do Paraná, Nilson Rodrigues, para aprovar uma PLR ainda pior para a categoria

 
As negociações da PLR sempre foram uma farsa e a empresa sempre conseguiu impor, contando com a ajuda dos sindicalistas traidores e capachos. Mas no ano de 2011, as negociações foram particularmente ruins para a categoria.

O comando de negociação da Fentect começou a se reunir no início do ano com a empresa. Além dos tradicionais critérios escravagistas, a comissão da ECT, que já era comandada por Luís Eduardo do Ceará (PCdoB), começou a pressionar a Fentect para que as negociações da PLR mudassem de data. O maior desejo da ECT sempre foi negociar a PLR junto com a campanha salarial, assim, a PLR poderia ser usada para disfarçar os péssimos reajustes oferecidos pela categoria.

Isso a empresa não conseguiu fazer, mas conseguiu uma mudança importante. Até 2011, as negociações da PLR eram feitas sobre os lucros do ano anterior. Quer dizer, em 2011, era discutida a PLR de 2010, em 2010 era discutida a PLR de 2009 e assim por diante. Nada mais lógico, já que o balanço financeiro da empresa é fechado apenas depois que a acaba o ano e só aí é possível discutir verdadeiramente os lucros.

Entretanto, foi em 2011 que tudo mudou. A empresa pressionou os sindicalistas traidores do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol), que na época eram ampla maioria na Fentect, a negociar a PLR de 2010 e a de 2011 no mesmo ano. Ou seja, depois que fecharam a PLR de 2010, passaram a negociar a de 2011, obviamente sem os lucros do ano, já que esse sequer tinha fechado.

Os trabalhadores devem se lembrar bem desse episódio. A manobra feita pela empresa e pelos traidores foi fingir que pagava um PLR “antecipada”. E fariam isso dividindo o valor em duas parcelas, a primeira no final de 2011 e a segunda no início de 2012.

O que aconteceu em 2011 foi um duro golpe contra a PLR da categoria dos Correios. Primeiro porque a “antecipação” e o pagamento em duas parcelas apenas serviram para esconder o valor super baixo da PLR 2011.

O mais significativo desse golpe está sendo sentido pelos trabalhadores até hoje. A partir do início de 2012, as negociações passaram a ser feitas com base em um lucro que sequer sabemos qual será. É o que está acontecendo agora. A empresa quer que a Fentect negocie a PLR de 2013, mas o ano mal começou. A negociação é uma farsa. Além do golpe, não precisa dizer que também foram negociados pelo Bando dos Quatro os critérios absurdos para aumentar a exploração nos setores.

Como foi a venda de Nilson Rodrigues

Nilson Rodrigues era secretário de aposentados da Fentect e secretário-geral do Sintcom-PR (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná) e fazia parte em 2011, do comando de negociação da Fentect para a discussão da PLR.

Nilson, então membro do MRL, era considerado um sindicalista de oposição, o que tornou tudo muito mais pérfido. A posição de Nilson dentro do comando da Fentect foi decisiva para que a ECT tivesse o caminho aberto para dar o golpe.

Nilson Rodrigues, junto com José Rivaldo “Talibã” do PT e junto com os representantes do PCdoB/CTB, assinaram embaixo dos critérios abusivos, dos valores díspares entre o trabalhador e a cúpula e do valor miserável pago pela empresa, que não chegou a R$ 800,00. Como bom pelego, Nilson também evitou qualquer mobilização dos trabalhadores exigindo o fim dos critérios, uma PLR de R$ 2.000,00 (reivindicação da época) e igual para todos.

Final da história. Depois dessa enorme traição, Nilson Rodrigues abandonou o Paraná, abandonou a Fentect e recebeu um cargo de Assessor para assuntos sindicais e do trabalho na Diretoria Região de São Paulo Interior. Agora deve ganhar pelo menos 15 vozes mais do que ganha um carteiro e continua atacando os trabalhadores, agora dentro da empresa.

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