PLR: Essa é uma história inventada pelos próprios capitalistas para
esconder o fato de que o trabalhador é explorado dentro da empresa

O trabalhador trabalha, o patrão rouba.
O trabalhador nunca será sócio do patrão. Vejamos porque.
Apenas parte do lucro da empresa é destinada para o empregados. Uma pequena reserva que não chega a 10% do total que a empresa lucrou no ano. Somente por esse motivo já fica claro que o que o trabalhador recebe por um ano inteiro de trabalho é uma merreca. Mas esse não é o principal motivo.
O que está por trás da PLR é uma tentativa patronal de levar os trabalhadores para o perigoso caminho da conciliação. O patrão tenta convencer o trabalhador que não compensa lutar, mas que seria necessário “colaborar” para que “todos ganhem”. Chegam então ao absurdo e ao ridículo de convencer os mais desavisados de que poderiam ser sócios da empresa.
O trabalhador nunca poderá ser sócio do patrão. O que os defensores dessa ideia absurda escondem é que o lucro da empresa é obtido a partir do que é produzido pelos trabalhadores. Dito de outra forma, quem produz a riqueza, ou seja, o lucro, são os trabalhadores, o papel do patrão na produção não é nada mais do que roubar a riqueza que deveria pertencer a quem a produziu.
Portanto, ainda que fosse possível que o patrão dividisse todo o lucro (o que é inviável para o capitalista), ainda assim o trabalhador continuaria sendo explorado.
Os trabalhadores devem compreender o real significado da participação nos lucros para poderem agir corretamente diante da empresa. Se a burguesia inventou esse mecanismo para enganar os trabalhadores, se ela inventou mais essa arma para dizer aos trabalhadores devem colaborar com os seus próprios assaltantes, cabe ao trabalhador dizer: “pague-me o que quiser, mas não será qualquer dinheiro que me fará aceitar que me roube”.
Portanto, os trabalhadores devem brigar para que a empresa pague um valor cada vez mais alto de PLR, devem denunciar os golpes da empresa e devem deixar claro que não deixarão de lutar por seus salários e contra a exploração.
Por isso, o trabalhador dos Correios não vão deixar de lutar por uma PLR de R$ 2.500,00, igual para todos e sem os critérios que visam a aumentar ainda mais a escravidão nos setores.
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