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terça-feira, 12 de março de 2013

Balanço das eleições sindicais no Vale do Paraíba

Resultado mostra mais uma vez a crise do PSTU
As eleições terminaram com a vitória oficial da chapa 1, do PSTU, com diferença de apenas 116 votos, diante da oposição


Na última quinta-feira, dia 7, terminaram as eleições para o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Vale do Paraíba. Segundo os dados oficiais, a chapa 1, formada pelo PSTU, obteve 374 votos, contra 258 da chapa 2 formada por companheiros de oposição à atual diretoria do sindicato.
 
Preocupados com a enorme rejeição entre os trabalhadores, o PSTU armou um golpe desde o início do processo dos eleições. Logo na assembleia que escolheu a comissão eleitoral, o PSTU armou uma manobra para dominar toda a comissão, não respeitando a proporcionalidade de votos das duas chapas, que daria um membro para a chapa 2 e dois membros para a chapa 1.

Mesmo com todos os golpes, o PSTU conseguiu apenas 116 votos de diferença no resultado final das eleições, o que mostra a completa fraqueza na base da categoria.

O último suspiro do PSTU

A formação da oposição no Vale do Paraíba expressa a falência completa da política do PSTU nos Correios. Do ponto de vista burocrático, o Sintect-VP é o único sindicato dos Correios dirigido pelo PSTU. A derrota nessas eleições seria a extinção do PSTU no movimento sindical da categoria.

Mas a vitória da chapa 1 não melhora o problema do partido. Na realidade, a manobra nas eleições apenas adia por um período muito curto de tempo a morte definitiva do PSTU. É preciso que os companheiros da oposição no Vale do Paraíba rompa de vez com a política do PSTU e organize a oposição na base.

Não é à toa que o PSTU usou todas as manobras para controlar a eleição e facilitar a fraude.

A morte da política divisionista

A etapa final da crise do PSTU foi a vitória do Bloco de Oposição no último Congresso da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios). O PSTU tentou de todas as formas formar uma federação anã para dividir a Fentect e tentou impor essa política para uma parte dos sindicatos de oposição. Para isso, tentaram boicotar a formação de um bloco de oposição no congresso para derrotar a burocracia sindical da Articulação/PT e PCdoB.

No entanto, a vitória do bloco de oposição fez com os sindicatos que antes faziam parte da federação anã fossem abandonando, um por um, a política divisionista e se integrando ao Movimento de Oposição o Peleguismo.
Primeiro, saíram os sindicatos do Piauí, Amazonas e parte da diretoria da Paraíba. Depois os sindicatos de Pernambuco e São José do Rio Preto, decidiram se manter na Fentect. Agora, parte da diretoria do sindicato do Vale do Paraíba formou o bloco de oposição cujo principal ponto em comum estava a unidade da categoria em nível nacional.

A política divisionista do PSTU serviu apenas para o PCdoB, que no início de 2012, saiu da federação para dividir a categoria e favorecer os patrões. O golpe divisionista do PCdoB nos sindicatos de São Paulo e Rio de Janeiro, foi elogiado pelo PSTU que hoje funciona como um apêndice da política desses traidores.

Na campanha salarial, boicotou as iniciativas da Fentect em São Paulo e no Rio de Janeiro para unificar a categoria contra os traidores do PCdoB. Nas eleições do Rio de Janeiro, o PSTU formou uma chapa laranja para confundir os trabalhadores, dividir a oposição e favorecer os divisionistas do PCdoB.

A falência do PSTU é a crise de toda a burocracia sindical

A falência do PSTU acompanha toda a crise da burocracia sindical nos Correios.

A vitória do bloco de oposição no congresso da Fentect revelou a completa insatisfação da categoria aos anos de domínio da burocracia sindical da Articulação/PT e PCdoB.

O PSTU sempre foi a ala “esquerda” dessa burocracia. As principais traições contra a categoria tiveram a participação do PSTU: PCCS da Escravidão, banco de horas, compensação dos dias da greve, PLRs miseráveis etc. A crise do PSTU nada mais é do que parte da crise de toda a burocracia sindical.

A luta contra a empresa passa pela luta contra a burocracia sindical e, por sua vez, para romper com a burocracia é preciso unidade nacional dos trabalhadores. É preciso uma oposição nacional, na base, que derrote de vez a burocracia.

É preciso romper completamente com o divisionismo do PSTU

A chapa de oposição no Vale do Paraíba era composta por companheiros independentes e alguns companheiros que fazem parte do Moimento de Luta Independente (MLI). O MLI comete o erro de não romper completamente com a política divisionista do PSTU/Conlutas e da federação anã. O grupo foi formado após a vitória da oposição no congresso da federação e foi uma reação à política do PSTU.

No entanto, se manter na Conlutas e na FNTC (conhecida como federação anã) abre espaço para a política traidora do PSTU nos Correios. O desempenho nas eleições do Vale do Paraíba poderia ter sido melhor para a oposição se a chapa 2 tivesse rompido definitivamente com o divisionismo.

Foi isso o que levou os companheiros do Amazonas a uma vitória nas eleições daquele sindicato em fevereiro. Os companheiros do Amazonas romperam com a Conlutas e com a política divisionista que o PSTU tentou impor dentro do sindicato.

A categoria não quer a divisão, qualquer trabalhador sabe que a divisão somente favorece o patrão. Os golpes e manobras do PSTU para arrastar uma parte dos trabalhadores para essa política estão totalmente falidos.

A tarefa de qualquer sindicalista que se diz combativo é lutar pela unidade nacional dos trabalhadores.

Já está mais do que claro que a Conlutas é um reduto minúsculo criado pelo PSTU para impor sua política traidora. Isso não é claro apenas nos Correios, mas em outras categoria, como nos metalúrgicos. Nesse, que é o maior sindicato da Conlutas, o PSTU acaba de assinar um acordo com a GM rebaixando salários, instituindo o banco de horas, entre outras derrotas para os trabalhadores.

O desenvolvimento da oposição no Vale do Paraíba depende do maior ou menor rompimento dos companheiros com a política divisionista do PSTU.

Foi a política divisionista que levou o PSTU/Conlutas à falência nos Correios. É necessário então romper definitivamente com essa política e ampliar o movimento de oposição nacional, unitário, de base, para derrotar de uma vez por todas a burocracia sindical.

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