A direção da ECT colocou na mesa de negociação um representante
dos sindicatos divisionistas. O ex-sindicalista do PCdoB que nas negociações
defende a ferro e fogo os ataques da empresa contra os trabalhadores

Reunião da Campanha Salarial do ano passado, com Luis Eduardo
no centro.
Os ex-sindicalistas
traidores são um instrumento da empresa contra os mais de 115 mil trabalhadores
ecetistas e suas famílias.
No rol de sindicalistas
que venderam os interesses dos trabalhadores em troca de um cargo na direção da
empresa temos nomes como o ex-diretor da Fentect Manoel Cantoara de Alagoas,
Nilson Rodrigues, do Paraná. Um cálculo superficial sugere mais de 500 nomes de
ex-sindicalistas que agora ocupam cargos em direções regionais ou em
Brasília.
Nesse momento, o nome
que de destaque por sua provocação contra a categoria é do ex-sindicalista Luiz
Eduardo do Ceará.
Quem é Luiz Eduardo do
Ceará
Luiz Eduardo participou
ativamente das maiores traições realizadas pelas antigas direções da Fentect. A
mais grave foi a mudança da data-base da categoria de dezembro para agosto e o
fim do tíquete nas férias.
A mudança foi
estabelecida em 1997 e era um desejo antigo dos patrões, porque todo mundo sabe
que a campanha salarial no momento de maior serviço postal, no final de ano,
dava muito poder de barganha aos trabalhadores.
Luiz Eduardo que é do
PCdoB fez tudo em aliança com outros diretores da Fentect à época, sindicalistas
do PT e do PSTU/Conlutas.
Essa história é
importante, pois demonstra sem sombra de dúvidas que os mesmos que agora dizem
que é necessário romper com a Fentect porque ela é pelega, foram os responsáveis
por acordos pelegos em nome da Fentect. Aqui se enquadram o PSTU/Conlutas (de
Jacozinho no DF, Geraldinho em SP e Heitor Rodrigues no Rio), bem como as
direções dos sindicatos de São Paulo (Diviza), Ronaldão Bianual do Sintect-RJ
(que ganhou esse apelido depois de defender o famigerado acordo bianual em 2009)
entre outros.
Também a partir dessa
história chegamos ao centro da discussão que é mais relevante nesse momento. O
papel que cumpre o ex-sindicalista Luiz Eduardo do Ceará nas negociações com a
ECT.
Se antes, no movimento
sindical já era um pelego, desde que assumiu cargo na direção da empresa,
primeiro no Ceará depois em Brasília, Luiz Eduardo virou um verdadeiro capacho
dos patrões. Capaz de defender com ferro e fogo duramente os interesses dos
carrascos da ECT. Essa lamentável postura pôde ser vista na Campanha Salarial de
2012.
Um provocador
que atua contra a organização dos trabalhadores
Além de
capacho, capaz de defender 3% como reposição salarial aos trabalhadores e os
ataques ao Plano de Saúde da categoria, Luiz Eduardo se tornou um profissional
da provocação.
Luiz Eduardo é do PCdoB,
partido que controla a CTB e é responsável pela divisão da categoria através do
rompimento do Sintect-SP e Sintect-RJ com a Fentect.
Esses sindicatos
controlados pelo partido de Luiz Eduardo decidiram romper com a Fentect quando
se confirmou a mudança na Federação que passou a ter como direção majoritária o
MOPe (Movimento de Oposição ao Peleguismo), depois do XI Contect, em junho de
2013.
Quando a Federação teve
chance de mudar de rumos e fazer um novo tipo de sindicalismo, os vendidos do
PCdoB decidem rachar o movimento nacional, apoiados entusiasticamente pelos
idealizadores dessa divisão, o PSTU/Conlutas.
A partir de então a
empresa vem usando os divisionistas e seu representante dentro da direção da
empresa para provocar a categoria, com negociações que são uma farsa, mentiras e
calúnias contra a Fentect, e propostas que são uma verdadeira ofensa para os
trabalhadores.
Além de disseminar a
confusão fazendo reuniões com a Fentect e com os divisionistas, apesar de apenas
a Fentect ter direito legal de negociar pelos ecetistas nacionalmente, usam
esses sindicatos para rebaixar as expectativas e possibilidades de mobilização
dos trabalhadores.
O próprio fato de a ECT
escolher um ex-sindicalista, membro do PCdoB, na mesa de negociação com a
Fentect já demonstra o nível da provocação da empresa.
A campanha salarial de
2012 e o debate em torno da PLR não deixam dúvida quanto a isso. Na Campanha
Salarial a ECT arrastou a campanha para o Tribunal Superior do Trabalho,
unilateralmente. E na PLR, também unilateralmente, estabeleceu critérios e metas
absurdas, de chantagem e escravidão, além da reserva de 10% do montante a ser
pago para o que chama de “setor estratégico” da empresa. Certamente os
ex-sindicalistas traidores são parte desse setor estratégico que a empresa não
revela para os trabalhadores.
Inimigos da
categoria
O PCdoB quer destruir a
organização nacional dos trabalhadores ecetistas, revitalizando uma organização
que foi criada pela ditadura militar e utilizada pela repressão para
desarticular a luta dos ecetistas, a chamada Findect. Essa entidade foi
derrotada pela luta organizada dos trabalhadores no final dos aos 80 com
radicalização do movimento operário brasileiro e a fundação das associações
independentes e sindicatos da categoria.
É preciso ter claro o
papel que cada setor vem cumprindo na luta da categoria por suas reivindicações,
fazer a experiência e expulsar do movimento sindical dos Correios os vendidos e
traidores; e retomar a unidade nacional da categoria com uma intensa luta contra
os pelegos através da Fentect.
Antes no movimento
sindical Luiz Eduardo já era um agente da empresa e do governo, assim como são
as direções do Sintect-RJ e Sintect-SP. Agora do lado de lá da mesa de
negociação se revela inimigo da classe trabalhadora, um verdadeiro judas, capaz
de virar as costas para mais de cem mil trabalhadores em troca de 30 moedas de
prata.
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