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terça-feira, 19 de março de 2013

Luiz Eduardo do Ceará: Provocador a serviço da divisão da categoria

A direção da ECT colocou na mesa de negociação um representante dos sindicatos divisionistas. O ex-sindicalista do PCdoB que nas negociações defende a ferro e fogo os ataques da empresa contra os trabalhadores


Reunião da Campanha Salarial do ano passado, com Luis Eduardo no centro.
 
Os ex-sindicalistas traidores são um instrumento da empresa contra os mais de 115 mil trabalhadores ecetistas e suas famílias.
 
No rol de sindicalistas que venderam os interesses dos trabalhadores em troca de um cargo na direção da empresa temos nomes como o ex-diretor da Fentect Manoel Cantoara de Alagoas, Nilson Rodrigues, do Paraná. Um cálculo superficial sugere mais de 500 nomes de ex-sindicalistas que agora ocupam cargos em direções regionais ou em Brasília.
 
Nesse momento, o nome que de destaque por sua provocação contra a categoria é do ex-sindicalista Luiz Eduardo do Ceará.
 
Quem é Luiz Eduardo do Ceará
 
Luiz Eduardo participou ativamente das maiores traições realizadas pelas antigas direções da Fentect. A mais grave foi a mudança da data-base da categoria de dezembro para agosto e o fim do tíquete nas férias.
 
A mudança foi estabelecida em 1997 e era um desejo antigo dos patrões, porque todo mundo sabe que a campanha salarial no momento de maior serviço postal, no final de ano, dava muito poder de barganha aos trabalhadores.
Luiz Eduardo que é do PCdoB fez tudo em aliança com outros diretores da Fentect à época, sindicalistas do PT e do PSTU/Conlutas.
 
Essa história é importante, pois demonstra sem sombra de dúvidas que os mesmos que agora dizem que é necessário romper com a Fentect porque ela é pelega, foram os responsáveis por acordos pelegos em nome da Fentect. Aqui se enquadram o PSTU/Conlutas (de Jacozinho no DF, Geraldinho em SP e Heitor Rodrigues no Rio), bem como as direções dos sindicatos de São Paulo (Diviza), Ronaldão Bianual do Sintect-RJ (que ganhou esse apelido depois de defender o famigerado acordo bianual em 2009) entre outros.
 
Também a partir dessa história chegamos ao centro da discussão que é mais relevante nesse momento. O papel que cumpre o ex-sindicalista Luiz Eduardo do Ceará nas negociações com a ECT.
 
Se antes, no movimento sindical já era um pelego, desde que assumiu cargo na direção da empresa, primeiro no Ceará depois em Brasília, Luiz Eduardo virou um verdadeiro capacho dos patrões. Capaz de defender com ferro e fogo duramente os interesses dos carrascos da ECT. Essa lamentável postura pôde ser vista na Campanha Salarial de 2012.
 
Um provocador que atua contra a organização dos trabalhadores
 
Além de capacho, capaz de defender 3% como reposição salarial aos trabalhadores e os ataques ao Plano de Saúde da categoria, Luiz Eduardo se tornou um profissional da provocação.
 
Luiz Eduardo é do PCdoB, partido que controla a CTB e é responsável pela divisão da categoria através do rompimento do Sintect-SP e Sintect-RJ com a Fentect.
 
Esses sindicatos controlados pelo partido de Luiz Eduardo decidiram romper com a Fentect quando se confirmou a mudança na Federação que passou a ter como direção majoritária o MOPe (Movimento de Oposição ao Peleguismo), depois do XI Contect, em junho de 2013.
 
Quando a Federação teve chance de mudar de rumos e fazer um novo tipo de sindicalismo, os vendidos do PCdoB decidem rachar o movimento nacional, apoiados entusiasticamente pelos idealizadores dessa divisão, o PSTU/Conlutas.
A partir de então a empresa vem usando os divisionistas e seu representante dentro da direção da empresa para provocar a categoria, com negociações que são uma farsa, mentiras e calúnias contra a Fentect, e propostas que são uma verdadeira ofensa para os trabalhadores.
 
Além de disseminar a confusão fazendo reuniões com a Fentect e com os divisionistas, apesar de apenas a Fentect ter direito legal de negociar pelos ecetistas nacionalmente, usam esses sindicatos para rebaixar as expectativas e possibilidades de mobilização dos trabalhadores.
 
O próprio fato de a ECT escolher um ex-sindicalista, membro do PCdoB, na mesa de negociação com a Fentect já demonstra o nível da provocação da empresa.
 
A campanha salarial de 2012 e o debate em torno da PLR não deixam dúvida quanto a isso. Na Campanha Salarial a ECT arrastou a campanha para o Tribunal Superior do Trabalho, unilateralmente. E na PLR, também unilateralmente, estabeleceu critérios e metas absurdas, de chantagem e escravidão, além da reserva de 10% do montante a ser pago para o que chama de “setor estratégico” da empresa. Certamente os ex-sindicalistas traidores são parte desse setor estratégico que a empresa não revela para os trabalhadores.
 
Inimigos da categoria
 
O PCdoB quer destruir a organização nacional dos trabalhadores ecetistas, revitalizando uma organização que foi criada pela ditadura militar e utilizada pela repressão para desarticular a luta dos ecetistas, a chamada Findect. Essa entidade foi derrotada pela luta organizada dos trabalhadores no final dos aos 80 com radicalização do movimento operário brasileiro e a fundação das associações independentes e sindicatos da categoria.
 
É preciso ter claro o papel que cada setor vem cumprindo na luta da categoria por suas reivindicações, fazer a experiência e expulsar do movimento sindical dos Correios os vendidos e traidores; e retomar a unidade nacional da categoria com uma intensa luta contra os pelegos através da Fentect.
 
Antes no movimento sindical Luiz Eduardo já era um agente da empresa e do governo, assim como são as direções do Sintect-RJ e Sintect-SP. Agora do lado de lá da mesa de negociação se revela inimigo da classe trabalhadora, um verdadeiro judas, capaz de virar as costas para mais de cem mil trabalhadores em troca de 30 moedas de prata.

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