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quinta-feira, 28 de março de 2013

Nota Política da Corrente Ecetistas em Luta


São Paulo, 27 de março de 2013


Sobre as Negociações da Campanha da PLR 2012-2013


1. O programa de PLR – Participação nos Lucros e Resultados - nos Correios foi adotado no Governo Neoliberal de Fernando Henrique Cardoso (FHC), através da MP – Medida Provisória 1.982-77 de 2000 com o objetivo de evitar reajustes salariais que incidissem sobre os proventos tais como 13%, férias etc.

2. Pelo fato da PLR ser um instrumento patronal contra a luta dos trabalhadores por aumento de salário, o Congresso Nacional, presidido pelo Senador Antônio Carlos Magalhães, reconhecidamente um coronel do Nordeste, político representante dos interesses da direita brasileira, transformou a MP de FHC na lei n° 10.101, de 19 dezembro de 2000.

3. Já no artigo 1° da lei da PLR, ACM ou “Toninho Malvadeza” como ficou conhecido, após demitir milhares de trabalhadores que fizeram as greves dos Correios nos anos 80, quando era Ministro das Comunicações, explica que a Participação nos Lucros ou Resultados tem como objetivo a “...integração entre o capital e o trabalho e como incentivo à produtividade”, traduzindo para o entendimento de classe, unir o patrão e o trabalhador para que o trabalhador trabalhe cada vez mais.

4. Diante disso, o movimento sindical combativo dos Correios sempre visou nas negociações de PLR não aceitar de maneira nenhuma que a ECT impusesse critérios de exploração da categoria (GD depois transformado em GCR, Metas, Absenteísmo e agora o SAP e SARC) para pagar PLR.

5. A ECT precisou comprar alguns sindicalistas do PT, do PCdoB e, seus satélites, em mesas de negociação de PLR para que houvesse a assinatura da Fentect em acordos que oficializassem a exploração da empresa sobre os trabalhadores, relacionando esses critérios ao pagamento da PLR. Assim foi no péssimo acordo de PLR de 2011. O ex- sindicalista do PT do Paraná - Nilson Rodrigues dos Santos, após aceitar estes critérios de exploração da categoria para pagamento de PLR de 2011 recebeu um cargo ASGET na DR – SPI e agora recebe mais de R$ 10 mil reais de salário, enquanto os trabalhadores ficaram com as metas e as migalhas da PLR.

6. Com a aprovação do PCCS da escravidão pelo PT, PCdoB e PSTU em 2008, as condições de trabalho pioraram terrivelmente, criando um excesso de trabalho que a categoria mal pode suportar. Agora, querem aumentar a escravidão aprovando, com o consentimento dos dirigentes sindicais, mais condicionantes para o pagamento da PLR.

7. É inaceitável qualquer tipo de condicionante para o pagamento da PLR nos Correios, pois os trabalhadores ecetistas vivem em constante pressão, excesso de serviço, péssimas condições de trabalho, falta de funcionários, de equipamentos de segurança, de materiais para a execução do trabalho e agora ainda sofrem com os inúmeros assaltos nas agências e nas entregas domiciliares.

8. É inaceitável qualquer tipo de condicionante para pagamento de PLR nos Correios, pois mesmo com todas as dificuldades que os trabalhadores enfrentam, o serviço postal no Brasil é reconhecido como um serviço de excelência, ganhando prêmios internacionais e a empresa a cada ano bate recordes de faturamento e lucratividade.

9. É inaceitável qualquer tipo de condicionante para pagamento de PLR nos Correios, pois mesmo com toda lucratividade obtida com o suor dos trabalhadores da área operacional da empresa, em 2012 o lucro superou R$ 1 bilhão de reais, o salário pago pela ECT é o mais baixo de todas as estatais, tendo a grande maioria da categoria que sobreviver com menos de R$ 1 mil reais por mês.

10. Diante disso, aceitar em mesa de negociação a conversa fiada do representante patronal, o vendido ex-sindicalista do PCdoB do Ceará, Luiz Eduardo Rodrigues da Silva, que os representantes dos trabalhadores devem fazer uma proposta de como seriam mais bem explorados pelo correio para receber uma migalha de PLR, é dar o aval para ECT transformar as unidades operacionais em um super campo de concentração, onde os trabalhadores serão vigiados como se fossem máquinas, não podendo faltar em hipótese alguma e ainda teriam que competir com seu próprio colega de trabalho em troca de uns centavos a mais na gorjeta que a ECT distribui a título de PLR.

11. Cair na conversa fiada dos dirigentes sindicais do PT, liderados pelo mega pelego e traidor José Rivaldo, vulgo “Talibã”, é se sujeitar à política derrotada no Congresso da Fentect, de que meia dúzia de dirigentes sindicais vão demolir a intransigência da ECT de explorar a categoria. Isso, sem convocar um comando amplo para mobilizar a categoria e através de expedientes falidos, como o da contraproposta rebaixada, onde o movimento sindical vai cedendo terreno para as posições da ECT até aceitar, sem nenhum tipo de luta e sem o aval da categoria, com a exploração dos trabalhadores pela direção corrupta da ECT. Desta maneira é impossível impor à ECT a PLR dos trabalhadores, linear, sem critérios e de no mínimo R$ 2.500,00.

12. Seguir a política traidora do PT-Talibã de negociar critérios, formular contrapropostas rebaixadas da PLR junto aos mentirosos negociadores da ECT, liderados pelo vendido ex-sindicalista Luiz Eduardo do Ceará é se igualar aos traidores e divisionistas do PCdoB de São Paulo e Rio de Janeiro que não discutem nada na base da categoria, evitam qualquer tipo de mobilização nas bases, que sempre tem na manga uma contraproposta para rebaixar as reivindicações da categoria a fim de chegar o mais próximo possível do que a ECT quer impor para os trabalhadores dos Correios.

13. Os divisionistas do PCdoB/CTB se apressaram em apresentar uma contraproposta que na realidade é a proposta de Luiz Eduardo. Ali estão todos os critérios, incluindo as faltas injustificadas para chantagear os trabalhadores. Os divisionistas querem que a ECT desconte a PLR dos trabalhadores que faltaram ou que tenham suspensão. Essa é a proposta da empresa disfarçada.
14. Diante disso, ressaltamos a necessidade de convocar imediatamente um Comando de negociação ampliado, deixando para trás a política derrotada de Talibã e sua turma, o balcão de negócios nas negociações com a ECT. O Comando amplo de um por sindicato e bases sindicais vai ter mais autoridade para debater a questão da PLR e mobilizar a categoria contra a tentativa da ECT de usar a PLR como método de escravização da nossa categoria.

15. Devemos reforçar a reivindicação dos trabalhadores na mesa de negociação de que o lucro da ECT é fruto do trabalho coletivo de toda categoria, que estes trabalhadores se doaram de forma incondicional nas suas atividades e por isso mesmo não temos que aceitar mais nenhuma imposição da direção dos Correios. O suposto lucro tem que ser dividido de forma igualitária a todos os trabalhadores, e no mínimo de R$ 2.500,00 para cada trabalhador.

16. Abaixo a política de campo de concentração do PCCS, que a direção da ECT quer oficializar através da PLR. Chega de migalhas! Chega de enrolação!

Coordenação da Corrente Ecetistas em Luta
São Paulo, 27 de março de 2013.

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