Retaliação: A Direção da ECT iniciou o processo de caça às bruxas contra os
grevistas, convocando os trabalhadores para fazer horas extras

O pagamento das horas paradas é uma maneira de desmoralizar o movimento grevista nos setores de trabalho. Os trabalhadores ficam a mercê da pressão e do assédio dos chefes, realizando horas extras diárias sem receber pelo trabalho.
As horas extras é um instrumento patronal para ampliar a jornada de trabalho, sobrecarregando os trabalhadores. O excesso de trabalho afeta a saúde dos trabalhadores provocando doenças ocupacionais físicas e psicológicas.
A compensação dos dias parados é um ataque ao direito de greve. O pagamento das horas paradas é uma punição aos companheiros que exerceram o direito de greve, garantido inclusive pela Constituição. É um abuso e uma ilegalidade.
Ao longo dos últimos anos foram se intensificando as “restrições” a este direito do trabalhador. Imposição pela justiça de limites de paralisação em até 80% em serviços classificados como “essenciais” (que para a burguesia e a Justiça só são essenciais quando os trabalhadores entram em greve), imposição de pesadas multas aos sindicatos dos trabalhadores pela manutenção de greves consideradas “abusivas” (ou ilegal, como decretava a ditadura militar), estabelecimento de regras para a decretação da greve pelos trabalhadores, como aviso aos patrões com até 72h de antecedência; restrição do direito de manifestação e repressão brutal contra manifestações dos grevistas etc.
Essa tentativa da burguesia de cassar o direito de greve serve para submeter os trabalhadores a um regime de escravidão, rebaixar salários, aumentar a exploração e impedindo qualquer mobilização.
A classe operária não deve aceitar essa arbitrariedade e permitir a liquidação do direito de greve, fundamental para a luta dos trabalhadores por suas condições de vida.
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