ESSE BLOG MUDOU

PARA CONTINUAR ACOMPANHANDO AS NOTÍCIAS DOS CORREIOS ACESSO AO LINK olhovivoecetista.wordpress.com
Este blog será desativado em 30 dias

segunda-feira, 23 de abril de 2012

PSTU boicota eleições de delegados para o Contect e ajuda a burocracia do PT no Congresso

Assembléia dos Correios do Rio de Janeiro 





O PSTU/Conlutas propositalmente não apresenta chapa para eleição de delegados no Rio de Janeiro o que garante uma grande vantagem no Congresso para o bloco dos pelegos do PT 
No dia 20 de abril foi realizada a assembleia dos trabalhadores do Rio de Janeiro para a eleição dos delegados para o XI Contect (Congresso Nacional dos Trabalhadores dos Correios), em oposição à política traidora e patronal de desfiliação da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) realizada pelo PCdoB/CTB.
A decisão de todos os setores de oposição do Sintect-RJ de realizar uma assembleia para a eleição dos delegados se deu após o PCdoB/CTB representado pelos mafiosos Marcos Sant’Aguida e “Ronaldão”, aplicar um golpe nos trabalhadores, desfiliando o Sindicato que dirigem da Fentect. Com a proposta de se fazer uma assembleia contra a política traidora e patronal do PCdoB/CTB, as correntes de oposicão se mobilizaram e organizaram uma assembléia para eleger os delegados que irão representar o Rio de Janeiro no XI Contect, recolhendo mais de 20% de assinaturas de sindicalizados em um abaixo assinado para referendar essa assembleia, conforme o estatuto.
O PSTU/Conlutas ajudou a convocar e recolher assinaturas para validar a assembleia para a eleição dos delegados, mas com a clara política de romper com a Fentect, assim como o PCdoB/CTB.
No interior da assembleia com a presença de cerca de 150 trabalhadores, o PSTU-Conlutas anunciou que não iria apresentar chapa de delegados. Segundo a declaração que distribuíram no local, chamam a romper com a Fentect e apoiam o golpe do PCdoB contra os trabalhadores.
Com essa política o PSTU/Conlutas não elegeu nenhum delegado aumentando o número de delegados da atual direção da Fentect em um momento em que todos sabem que a relação de forças entre os pelegos e a oposição tornou-se muito desfavorável para o PT em função da ruptura do PCdoB. O PSTU poderia ter eleito cerca de cinco delegados que obrigatoriamente teriam que votar em inúmeras coisas com a oposição até mesmo para o PSTU-Conlutas manter as aparências de que luta contra a burocracia. Para evitar esta situação, o PSTU do Rio de Janeiro evitou tirar delegados, sem qualquer motivo que o justificasse, dando, desta forma, uma vantagem para o PT no Congresso.
Enquanto que na Paraíba impediram que a oposição Ecetistas em Luta elegesse delegados, passando por cima do estatuto da Fentect, no Rio de Janiero deram de graça pelo menos cinco delegados para atual direção da Fentect.
A burocracia sindical encontra-se numa crise terminal, totalmente repudiada pelos trabalhadores e com forte oposição da categoria em todos as bases dos sindicatos que controlam. A ruptura do PCdoB com o PT praticamente dividiu as forças da burocracia no meio. De fato, a situação do peleguismo na Fentect é hoje mais crítica do que na época da assinatura do acordo bianual e da formação do bloco dos 17 sindicatos, que se unificaram para impedir a assinatura do acordo.
A fraqueza da burocracia do PT é evidente e essa é a hora de eleger o maior número de delegados possíveis para derrotar o partido dos traidores, pois a correlação de forças é favorável aos grupos e sindicatos de oposição, que podem até ganhar a direção da Fentect e sepultando a política patronal do PT e do PCdoB nos Correios.
Nesse sentido o PSTU/Conlutas deu no Rio de Janeiro uma enorme contribuição para dar maioria para a bancada da burocracia petista dentro da Fentect e deixar a principal organização dos trabalhadores dos Correios, a campanha salarial e a luta contra a privatização dos Correios nas mãos da direção da ECT e dos seus fantoches na direção da ECT.
A política do PSTU/Conlutas de rachar a Federação e não disputar com a burocracia sindical do PT é covarde e traidora. Serve apenas para abrir caminho para a continuidade do PT no controle da Fentect.
Nunca a burocracia sindical do PT e do PCdoB nos Correios esteve tão frágil e sem nenhum apoio. Está na hora dos sindicatos de oposição e das oposições nos sindicatos pelegos realizar uma grande ofensiva de expulsar de vez esses traidores do movimento sindical.
Está na ordem do dia a unificação da categoria e unidade das oposições sindicais, assim como foi o bloco dos 17, contra a burocracia pelega do PT e do PCdoB.
O acontecido na Assembleia do Rio de Janeiro demonstra, para quem quiser ver, que a luta da Conlutas-PSTU contra o sindicalismo do PT e do PCdoB não passa de uma conversa para enganar os trabalhadores para que apoiem a criação de mais um cabide de empregos para sindicalistas, que seria a farsa da federação anã da Conlutas-PSTU.

3 comentários:

  1. Sinceramente, não acredito que as Diretorias dos Sindicatos da FNTC/CSP-Conlutas tenham boicotado as eleições para o Contect. Mas começo a acreditar se os membros da FNTC/CSP-Conlutas se calarem diante das acusações dos Ecetistas em Luta/CUT. Preciso urgentemente ver o ponto de vista das Diretorias dos Sindicatos que estão sendo denunciados. Aguardo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O que caracteriza as seitas, como o PCO?

      Alguns pensam que as seitas são organizações sempre com posições ultra-esquerdistas, pois muitas vezes é assim. Mas podemos encontrar várias posições políticas nelas, inclusive posições bem oportunistas. Às vezes, uma mesma seita vai de uma posição ultra a uma posição oportunista e vice-versa em pouco tempo, a depender de fatores da luta de classes e de decisões internas visando apenas sua auto-afirmação. Por exemplo, há seitas stalinistas ou trotskistas, oportunistas ou ultra-esquerdistas.

      O PCO é exemplo de seita com uma política oportunista. Está até hoje na CUT, fazendo um serviço para a burocracia ao se dedicar a atacar o PSTU e a Conlutas. Empresta a legenda de seu partido a candidatos burgueses e corruptos nas eleições, com apego aos cargos e às migalhas dos aparatos. Uma seita cristalizada, com raízes quase nulas na sociedade, que aplica uma metodologia do “vale-tudo”, inclusive com a prática stalinista das calúnias.

      Outros podem pensar que seita quer dizer “grupo pequeno”. Não é bem assim. Um grupo pequeno pode buscar ligação com as lutas das massas e contato com o movimento real dos trabalhadores.

      O que define as seitas não é o tamanho da organização, mas seu propagandismo eterno, que repete sempre as mesmas fórmulas abstratas; sua marginalidade crônica pela opção de não disputar a direção do movimento operário (O PCO insiste em disputar a falida FENTECT, hoje um escritório do governo e da ECT); o fato de não se deixar interagir com o movimento real das massas e dos ativistas; e um regime interno burocraticamente deformado.

      A descrição que fazia Trotsky dos sectários permanece tão atual que reproduzimos a citação:

      “Incapazes de encontrar acesso às massas, as acusam de incapacidade para chegar às idéias revolucionárias. Estes profetas estéreis não vêem a necessidade de estender a ponte das reivindicações transitórias porque tampouco têm o propósito de chegar à outra ponta. Como um disco quebrado, repetem constantemente as mesmas abstrações vazias. Os acontecimentos políticos não são para eles a ocasião de se lançar à ação, senão para fazer comentários”.

      O sectarismo político está sempre junto do “propagandismo”, ou seja, a agitação permanente do mesmo programa, não importa a situação concreta. A necessidade de uma política concreta para intervir na realidade concreta não existe para eles.

      Excluir