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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Quadro de delegados revela equilíbrio entre situação e oposição no Congresso


A análise preliminar dos delegados eleitos para o Contect mostra que há praticamente um empate entre os bloco oposicionista e da situação 

Terminou o prazo estatutário para a realização das assembleias dos sindicatos dos trabalhadores dos Correios para a eleição de delegados representantes no XI Contect (Congresso Nacional dos Trabalhadores dos Correios) que vai ocorrer em junho, representando mais de 115 mil trabalhadores da base.
Em meio a uma enorme crise da burocracia sindical do bloco PT e PCdoB e a uma tendência de mobilização da categoria como nunca se viu antes, materializada na greve de 28 dias do ano passado, os trabalhadores e ativistas comprometidos com o desenvolvimento da categoria devem começar um balanço sobre a relação de forças que está colocada no congresso.
O resultado das assembleias, levando em conta que os sindicatos de São Paulo, de Bauru e de são José do Rio Preto deixarão sua base sem representação e que a assembleia do Rio de Janeiro poderá não ser aceita pelo congresso, revela com clareza a situação política extremamente favorável à oposição e aos trabalhadores.
A relação de delegados (ver anexo) está praticamente empatada. Os diversos grupos de oposição (composta pela corrente Ecetistas em Luta e diversos outros grupos e militantes independentes), segundo estimativas, tem 121 delegados, e o bloco da situação (composta pelo PT e a parte dissidente do PCdoB), 139, uma diferença de 18 delegados, ou seja, cerca de 5% do total. Diante desse quadro, algumas considerações devem ser feitas. 

A luta política no congresso será decisiva

A diferença minúscula entre as delegações de oposição e situação pode ser revertida por uma luta política dos setores oposicionistas. Os militantes da oposição devem ter durante todo o congresso um espírito de luta, combativo, que deve servir para esclarecer, convencer e arrastar parte da delegação da situação para as suas posições. É importante dizer que a crise terminal da burocracia sindical vai se expressar em uma bancada extremamente em crise, frágil, com tendência a se desintegrar em pleno congresso. A bancada do bloco burocrático está toda rachada por dentro, isso é público.
Nesse sentido, os setores oposicionistas devem desde já se organizar em um bloco nacional de oposição com o claro objetivo de derrubar a burocracia sindical traidora. Quanto maior a organização da oposição, mais coesa e forte para intervir no congresso.
Essa é a tarefa de todos aqueles que de alguma forma se dizem de oposição.

O crime da federação anã

A minúscula diferença de delegados denuncia também a traição dos setores da federação anã, liderada pelo PSTU, que durante as assembleias decidiram seguir o PCdoB e defender o divisionismo na categoria.
O caso do Sintect-SJO (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São José do Rio Preto) é o mais significativo. Passando por cima completamente das reais necessidades dos trabalhadores, a diretoria desse sindicato, da federação anã, decidiu convocar uma assembleia às pressas para aprovar a não ida ao Congresso, uma conduta inexplicável diante do quadro político do congresso. O resultado, olhando para o quadro de delegados, é bem claro. Os “tão oposicionistas” diretores de São José do Rio Preto acabaram sendo os maiores ajudantes da burocracia, caso esse sindicato tivesse eleito delegados para participar do congresso, a diferença seria ainda menor. A oposição teria que reverter a posição de apenas cinco delegados!
Merece o troféu traição também o PSTU no Rio de Janeiro. Participaram da convocação da assembleia da oposição ao PCdoB para decidir na hora, também de maneira inexplicável, não eleger delegados e ainda defender a política divisionista. Resultado, mais alguns delegados da oposição, que podem ser calculados em cinco ou seis que deixarão de ir ao congresso e pior foram para o bloco situacionista, estabelecendo uma vantagem de para o PT de dez a 12 delegados. Apenas aí já é possível perceber que a oposição poderia inclusive chegar ao congresso com a maioria dos delegados, pronta para derrotar os anos de domínio da burocracia sindical e aprovar inúmeras propostas de interesse da catgegoria.
Por fim, no Rio Grande do Sul, o MR-Luta pela Base e o próprio PSTU que defendem abertamente a ruptura com a federação, apesar de terem elegido delegados, poderiam ter imposto uma derrota maior ao bloco traidor caso abandonassem a política divisionista e fizessem uma campanha entre os trabalhadores para eleger delegados da oposição contra o PT. Ao invés disso ficaram no discurso vazio de que como a direção da federação é pelega, sem fazer nada para derrota-la.
O quadro de delegados deixa claro que a política da federação anã de dividir a Fentect é uma política criminosa cujo único sentido é abandonar a luta contra uma burocracia em crise total, uma política sem nenhum compromisso com a luta real dos trabalhadores.
Chamamos todo o bloco oposicionista e organizar uma intervenção combativa no congresso e convocamos os trabalhadores a exigirem daqueles que querem dividir a categoria e favorecer os pelegos que abandonem tal ideia, que será denunciada como o maior crime já cometido no movimento sindical dos Correios.

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