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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Reduzir a jornada de trabalho para 35 horas semanais!


Um dos maiores golpes da burguesia para aumentar a jornada de trabalho e reduzir os salários é chamadas horas extras

Nos Correios há um verdadeiro esquema de propaganda da empresa e dos chefes em favor das horas extras. Nesse momento, essa campanha se intensificou para estimular os trabalhadores de Minas Gerais para que trabalhem durante o final de semana onde ocorrerá o congresso sindical da categoria para eleição de delegados do Contect.
No entanto, é necessário deixar claro que se trata de um golpe, em particular, nesse momento intensificado pela realização do congresso do Sintect-MG, mas também de modo geral por se tratar de um recurso para enganar o trabalhador muito comum aos capitalistas que frequentemente convocam os empregados a trabalhar duas, três horas além das oito horas diárias, vendendo a ilusão de se tratar de um benefício concedido pelos patrões que aumentaria a renda do trabalhador. O que é absolutamente falso.
Na realidade se passa exatamente o contrário, o operário que perde o final de semana ou fica mais algumas horas na fábrica para fazer hora extra, está sendo ainda mais expropriado pelo capitalista, pois, quanto mais ele trabalha mais produz, maior é o lucro da empresa e menor é a sua possibilidade de conseguir aumentar o salário, única forma real de subir a renda, que nesse caso, acaba sendo tragada pela alta inflacionária e outros mecanismos econômicos.  O salario não é determinado pela quantidade de trabalho realizada, mas pelo mercado. E sobre o mercado somente a atuação coletiva dos trabalhadores pode influir, ou seja, a greve.
Diferente do capitalista, o trabalhador recebe isoladamente uma pequena parte daquilo que produziu, enquanto o patrão, se apropriando do conjunto da força de trabalho de centenas ou milhares de trabalhadores recebe em troca um retorno muito maior dessa produção coletiva, assim como o fato de um trabalhador, isto é, uma força de trabalho produzir durante mais horas no dia não faz crescer o valor, pelo contrário, deteriora.
Por outro lado, as horas extras permitem também aos capitalistas manter um controle ainda maior sob a mão de obra, facilitando a manipulação e exploração do trabalho e do valor pago dos salários.
Em resumo, as horas extras são uma forma camuflada de aumentar a jornada de trabalho da classe operária enquanto se mantém o salário de fome, cada vez mais consumido pelas flutuações econômicas do País.  
A experiência da classe operária brasileira e mundial já demonstrou que as horas extras não aumentam os salários, e verdadeira forma de conquistar a melhoria de vida dos trabalhadores e fazer o exatamente o oposto de trabalhar no final de semana ou ficar até mais tarde na produção, é se mobilizar através de luta, um exemplo são os trabalhadores metalúrgicos alemães que, desde 95 conquistaram a redução para 35 horas semanais, depois de realizaram uma ampla mobilização garantindo a manutenção de mais de 60 mil postos de trabalho, diminuindo para 38 horas semanais e mantendo um dos maiores salários da indústria mundial.
Os trabalhadores dos Correios não devem cair nesse golpe, devem seguir o mesmo exemplo de outras categorias que saíram vitoriosas e se unificaram para reduzir a jornada de trabalho; o crescimento do salário dos operários só poderá vir como produto da luta, retirando do enorme lucro que os capitalistas e o governo acumulam para acrescer sob a renda dos trabalhadores.
Esse debate desse ser feito imediatamente na base da categoria, no congresso dos trabalhadores de Minas Gerais, do Sintect-MG e se espalhar a nível nacional para os outros estados.

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