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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Coordenador no Ministério do Planejamento mantém ponto de grevista e se demite



DIGNIDADE NÃO TEM PREÇO:


"Eu espero que nosso país siga melhorando, mas estou nele para mudá-lo e não para cumprir ordens com as quais não concordo. Como coordenador, jamais cortarei o ponto daqueles que trabalham comigo e estão em greve. Independente da greve, eles cumpriram seus compromissos civis sempre que necessário. E, na greve, cultivaram ainda mais sua união na crença da construção de um Brasil melhor"

(César Augusto Brod, responsável pela Coordenação Geral de Inovação Tecnológica da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão).

O Coordenador de Inovação Tecnológica do Ministério do Planejamento, César Augusto de Azambuja Brod, se negou a cumprir orientações do governo de cortar o ponto de funcionários em greve e pediu exoneração do cargo na semana passada. Em carta divulgada pelas redes sociais, que também está no site do Sindicato dos Servidores Federais (Sindsep-DF), Brod alega que não cumpriria uma determinação que feria seus princípios.

Conforme Brod, “o PT patrão parece não ter aprendido com sua própria história. O PT patrão apenas aprimora as táticas de pressão psicológica e negociação questionável daqueles com os quais negociou na época em que a greve era sua.” Em sua carta, ele diz ainda que “como coordenador, jamais cortarei o ponto daqueles que trabalham comigo e estão em greve. Independente da greve, eles cumpriram seus compromissos civis sempre que necessário”.
A postura assumida pelo ex-coordenador de Inovação Tecnológica recebeu apoio maciço dos servidores vinculados ao setor ao qual ele chefiava. Em nota, os funcionários manifestaram solidariedade através de “carta aberta”. Em um dos trechos eles se referem às determinações governamentais:

“A determinação do governo no corte do ponto dos grevistas agride em sua essência a crença na liberdade de manifestação das pessoas e no direito do trabalhador de reivindicar melhorias em suas condições de trabalho e os consequentes resultados entregues à sociedade por meio dos atos dos servidores públicos federais”. Foi ressaltado na carta também o fato de que a orientação superior para que seja feito a lista dos grevistas e procedido o desconto no salário contraria decisão do Poder Judiciário, ferindo liminar concedida por juiz da 17ª Vara da Seção Judiciária do DF e mantida pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª região.

FONTE: http://www.sedufsm.org.br/index.php?secao=noticias&id=1314#!prettyPhoto (06/08/2012)



OPINIÃO DO COMPANHEIRO LUIS BIAIA(SINTECT/CAS) A RESPEITO DO ASSUNTO:


Um exemplo a ser seguido pelos ex-sindicalistas da ECT*

Oxalá os ex-dirigentes sindicais que estão na empresa hoje tivessem essa mesma postura de dignidade. Sempre usaram o discurso de que, com a chegada do PT ao poder, deveriam ocupar postos de gestão na ECT para assim ajudar a melhorar a situação dos trabalhadores.

Mas o que temos visto é que isso não passou de conversa para boi dormir, pois depois que ocuparam os tais cargos, nunca fizeram nada em prol dos ecetistas. Pelo contrário, passaram a atuar como “capitães do mato”, chegando ao ponto de defender o desconto dos dias de greve na Campanha Salarial passada; e o que é pior, realizaram esses descontos com a greve ainda em andamento.

Hoje tive a oportunidade de debater pelo facebook com um companheiro que dizia que a greve é como uma guerra e, portanto, vale tudo, inclusive o corte dos dias. Com essa fala, ele defendia que FHC estava corretíssimo na maneira que lidava com o funcionalismo público, e que quando o Partido dos Trabalhadores o criticava, era apenas bravata.

É óbvio que quando entramos em greve, não entramos pelos dias, e sim para avançar em nossas conquistas. O desconto ou não dos dias parados será fruto do desfecho final da disputa, da correlação de forças de cada parte demonstrada ao longo da greve. No entanto, cabe lembrar que nem FHC teve tamanha audácia de descontar os dias dos trabalhadores em plena greve. Em 1997, por exemplo, tivemos nossos 21 dias descontados, mas não no meio da greve.

Mas o que vemos é que o ataque que nem FHC teve a coragem de praticar, a “outrora lutadora pelos direitos democráticos”, Presidenta Dilma (PT) - juntamente com o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (PT) e com o Presidente da ECT, Wagner Pinheiro (PT) – praticou. E lamentavelmente, os ex-sindicalistas que diziam estar indo para a estrutura da empresa para nos defender não tiveram a mesma dignidade que o Sr. Brod César Augusto, que abriu mão da sua função para não chicotear os seus companheiros.

Nos Correios, o ex-sindicalista Luiz Eduardo (PC do B) e Cia Ltda, que estavam na mesa de negociação passada, como bons capitães do mato atacaram seus [ex] companheiros de empresa naquilo que é mais sagrado para uma mãe e pai de família: o salário que garante o pão de cada dia para os seus filhos.

De novo, Luiz Eduardo (PC do B) e Cia Ltda estão na mesa de negociação fazendo o jogo sujo do governo. Temos que repudiar veementemente esses negociadores e exigir as suas saídas das negociações. Os trabalhadores precisam de homens como o Sr. Brod César, que não abra mão dos seus princípios por dinheiro.


*Por Biaia
Coordenador Geral
do SINTECT/CAS

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