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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Nota da Corrente Ecetistas em Luta sobre a agressão fascistóide dirigida pelo PCdoB à assembleia dos trabalhadores dos Correios de São Paulo

A violência criminosa do PCdoB, ao atacar nessa quarta-feira, 25, uma assembleia pacífica de trabalhadores dos correios, de maneira premeditada e sem qualquer provocação, é uma atitude policial, repressiva e fascista. É uma atitude típica da direita, e não de um partido que se diz de esquerda.
Dirigentes sindicais foram atacados e agredidos por capangas profissionais, entre eles policiais e membros do aparelho repressivo do Estado. Jogaram bombas. Ameaçaram pessoas desarmadas com revólveres e facas. Agrediram mulheres. Destruíram dois carros de som.
Tudo isso foi feito para impedir uma discussão democrática entre trabalhadores. É uma coisa que corresponde não a um movimento sindical, mas a uma ditadura militar.  É tanto mais grave quando consideramos que esta agressão parte do braço sindical, a Central dos Trabalhadores do Brasil, de um partido, o chamado Partido Comunista do Brasil, que participa no comando do Estado capitalista. Nesta qualidade, é um atentado direto contra os direitos democráticos da classe trabalhadora e dos cidadãos.
É um ataque tanto contra os 110 mil trabalhadores dos correios como contra a sua organização nacional, a Federação Nacional dos Trabalhadores da ECT, Fentect, que agrupa mais de 30 sindicatos em âmbito nacional e contra a Central Única dos Trabalhadores à qual a Fentect é filiada.
Ameaçaram abertamente do mesmo tratamento fascistoide e violento a assembleia promovida pela Fentect no Rio de Janeiro. Apenas recuaram diante do repúdio generalizado da categoria.
O direito de reunião e de reivindicação é um direito elementar de todo cidadão e da maior importância para a luta da classe operária contra a exploração capitalista. Sem ele, os trabalhadores não passam de escravos.
Todos os militantes que se reivindicam do movimento dos trabalhadores devem repudiar energicamente e lutar contra os elementos criminosos que fizeram isso.
Nessas condições, a defesa das organizações e do direito democrático de deliberar e se manifestar da classe operária terá que ser feita, se necessário, pelos próprios trabalhadores armados para se defender dessas verdadeiras milícias fascistas compostas de mercenários, marginais e membros do aparelho repressivo dos capitalistas. O partido ligado aos trabalhadores ou de esquerda que não repudiar esta conduta será não apenas cúmplice como também uma das vítimas da fascistização que o PCdoB está tentando impor ao movimento dos Correios.
É preciso uma campanha nacional em todos os sindicatos e em todas as organizações populares. Mais importante ainda, este ato criminoso e fascista foi feito como parte de uma operação patronal para cassar o direito dos trabalhadores dos Correios a realizar a sua própria campanha salarial. A direção da ECT, ligada ao governo Dilma (PT-PCdoB) está tentando cassar o direito dos trabalhadores dos correios de terem campanha salarial impondo via TST (Tribunal Superior do Trabalho) um decreto quadrianual que passa por contrato coletivo de trabalho. Os atos fascistas do dia 25, de pessoas que já declararam a sua intenção de destruir o movimento unitário nacional da categoria, está completamente a serviço desta política. O negociador oficial da ECT, Luiz Eduardo Rodrigues da Silva, ex-sindicalista dos Correios, é o líder da CTB/PCdoB nos correios e diretamente responsável por este ataque fascista pelas suas ligações e sua liderança sobre os pretensos sindicalistas da CTB no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Em seu tempo de sindicalista, Luiz Eduardo foi responsável também por uma grande traição aos trabalhadores dos Correios: a mudança da data-base da categoria de dezembro, mês em que a categoria tinha um poder de pressão muito maior do que a atual, em agosto.
Foi também um membro do PCdoB, conhecido como “Ronaldão”, o responsável pela assinatura do acordo bianual, que congelou por dois anos o salário da categoria ecetista.
A última das traições do PCdoB à campanha salarial dos trabalhadores dos Correios foi o encerramento da greve de 28 dias realizada em 2011. Impuseram a decisão antigreve do TST e o pagamento dos dias parados aos trabalhadores. No sindicato de São Paulo, que dirigem, o PCdoB sequer colocou em votação a continuidade ou não da greve, pois segundo eles “decisão judicial não se discute, se cumpre”. Ou seja, para esse partido, que se reivindica fraudulentamente como comunista, é o próprio Estado burguês quem deve decidir sobre as greves feitas contra ele, já que os Correios são ainda uma empresa estatal. Anteriormente tentaram impor à categoria o acordo coletivo bianual através da fraude de assembleias em diversos estados. Para eles, o movimento operário deve estar subordinado aos patrões e não ser independente.
A decisão do TST na prática cassou o direito de greve. A burocracia sindical do PCdoB, depois de apoiar essa medida antigreve, quer cassar também o direito dos trabalhadores de se organizarem em assembleia.
Essa atitude é claramente uma tentativa de destruir a campanha salarial dos trabalhadores ecetistas, assim como a divisão da Federação Nacional, promovida por eles, também é, pois divide e, consequentemente, enfraquece a categoria. Querem impedir a campanha salarial pois são corruptos que estão vendidos para a empresa.
É importante denunciar que a ECT quer impor aos trabalhadores um acordo quadrianual, por meio da prorrogação do acordo ilegal imposto pelo TST em 2011. Essa é uma violação ao direito dos trabalhadores de realizar sua campanha salarial.
Todos estes ataques têm como objetivo criar as condições, através do esmagamento do movimento sindical dos correios, para a privatização da ECT, ou seja, para a sua entrega, a preço de banana e às custas dos maiores e mais duros sacrifícios para os trabalhadores, da empresa pública aos tubarões capitalistas.
É a essa condição que a empresa está procurando reduzir os trabalhadores e é a serviço desses interesses que está a tentativa do PCdoB de dividir a categoria, utilizando para isso inclusive a violência contra os próprios trabalhadores.
Chamamos todo o movimento sindical e todos os trabalhadores a repudiar e a combater ativamente esta feroz ofensiva patronal contra os trabalhadores dos correios.

Coordenação Nacional da Corrente Ecetistas em Luta


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