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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Em São Paulo, uma importante vitória dos trabalhadores dos Correios

Pela unidade da categoria na campanha salarial, contra a máfia sindical e a direção da ECT

Trabalhadores dos Correios de São Paulo enfrentam a desarticulação da campanha salarial promovida pela direção do Sintect-SP (PCdoB) e participam da segunda assembleia convocada pela Fentect.





Na quinta-feira, dia 16, por convocação da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect), os trabalhadores dos Correios de São Paulo realizaram uma importante assembleia para discutir a campanha salarial.

Foi a segunda assembleia convocada pela Fentect para garantir a unidade da categoria nacionalmente, depois da tentativa de divisão da Federação Nacional promovido pelo PCdoB/CTB à frente dos sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru (SP) e Tocantins.

Diferentemente do que ocorreu na primeira assembleia, realizada no dia 25 de julho, quando capangas contratados pela direção do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo (Sintect-SP) agrediram trabalhadores na Praça da Sé, a segunda assembleia convocada pela Fentect transcorreu pacificamente.

Participaram da assembleia trabalhadores de diversos setores da capital e da Grande São Paulo – incluídos os maiores setores dos Correios, como o Centro de Triagem Principal (CTP) Jaguaré, o Centro de Transporte Operacional Leopoldina, os Centros Tratamento de Cartas (CTCs) Mooca, Santo Amaro e Saúde e os Centros de Entrega de Encomendas (CEEs) Água Branca e Centro, além de carteiros de diversos CDDs (Centros de Distribuição Domiciliária) e atendentes comerciais de diversas agências.


Organizando a campanha salarial pela base



Na assembleia, os trabalhadores rejeitaram por unanimidade a proposta da direção da ECT de um índice ridículo de 3% de reajuste.

O principal ponto de discussão da assembleia da Fentect foi justamente o esclarecimento da campanha salarial aos trabalhadores, em uma tenativa de desfazer a confusão criada entre os trabalhadores pela direção pelega do Sintect-SP e pela empresa. Foram distribuídos cadernos de documentos com as atas das reuniões de negociações com a empresa, informes da Federação e trechos do Acórdão do TST, usado para encerrar a greve de 28 dias e a campanha salarial do ano passado.

A companheira Anaí Caproni, da coordenação nacional da corrente Ecetistas em Luta (PCO) e diretora da Federação, leu e explicou uma ata de reunião entre os sindicalistas do PCdoB, dos sindicatos que romperam com a Fentect, e a direção da ECT ocorrida no dia 17 de julho. Na reunião, a empresa reafirmou que só a Fentect pode assinar o acordo coletivo de trabalho. A ata, assinada por todos os presidentes dos sindicatos divisionistas, incluindo o senhor Diviza, presidente do Sintect-SP, é a prova cabal de que estão agindo de má fé para enganar os trabalhadores dos Correios, já que afirmam que estão negociando com a empresa e são desmentidos pela própria bancada patronal na mesa de negociações.

Diversos diretores da Federação e membros do Comando de Negociações de outros estados, como Rio de Janeiro, Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás também interviram na assembleia apresentando informações sobre a disposição da categoria em suas bases sindicais e o andamento das negociações.


PSTU: a última linha de defesa da máfia sindical


Na assembleia, um dos poucos militantes sindicais que restam no PSTU/Conlutas, Geraldo Rodrigues, o “Geraldinho”, pediu a palavra para defender a máfia sindical do PCdoB, afirmando que os trabalhadores deveriam participar da assembleia organizada pelo PCdoB/CTB, fazendo propaganda gratuita dos pelegos. “Geraldinho” chegou ao absurdo de afirma que a assembleia dos pelegos contou com a presença de mil trabalhadores, quando ficou muitos trabalhadores presentes à “assembleia” afirmaram que havia mais capangas que trabalhadores.

Vários ecetistas presentes à assembleia da Fentect contestaram a apologia. Ao contrario do que afirmou o sindicalista do PSTU, a assembleia do Sintect-SP/PCdoB contou com cerca de 170 pessoas, em sua maioria figurantes do PCdoB e capangas.

A assembleia da máfia sindical do PCdoB foi organizada às escondidas dos trabalhadores para legitimar a pressão da empresa para encerrar a campanha salarial o quanto antes e auxiliar o governo do PT a evitar a greve em setembro.

Os sindicalistas do PCdoB de São Paulo e do Rio de Janeiro foram os responsáveis pelas maiores traições à categoria. Elias Cesário Brito, o “Diviza”, Ricardo Adriane de Souza, o “Peixe”, respectivamente o presidente e o secretário-geral do Sintect-SP, e Ronaldo Ferreria Martins, o “Ronaldão”, e Marcos Sant’Aguida, secretário-geral e secretário de comunicação do Sintect-RJ, foram os responsáveis pelo PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) da escravidão, o acordo bianual, o banco de horas e da traição da maior greve da categoria que abriu caminho para empresa aprovar o acordo quadrianual através da ditadura do TST.

A direção do Sintect-SP é o principal defensor da divisão da categoria para favorecer a direção da ECT. Os pelegos estão tentando a todo custo impedir os trabalhadores de realizar sua campanha salarial para que continue a vigorar a decisão do TST. Por isso romperam com a Fentect, mesmo sabendo que perderiam o poder de negociação do acordo coletivo, agindo deliberadamente para prejudicar os trabalhadores.


A unidade com os trabalhadores para derrotar os ataques da ECT deve ser feita pela base
 A companheira Anaí Caproni resumiu bem a situação em uma de suas intervenções na assembleia da Fentect: “essa ata [mencionada acima na matéria] explica porque o PCdoB contratou aqueles jagunços para agredirem os trabalhadores. A máfia sindical não queria que fosse explicado aos trabalhadores que o Sintect-SP está fora da campanha salarial e que é a Fentect que negocia”.

A tentativa de dividir a campanha salarial nos Correios, colocada em marcha pela burocracia sindical do PCdoB, trouxe à tona um problema fundamental para a organização da luta dos trabalhadores: a questão da unidade nacional da categoria ecetista.

A nova direção da Federação, encabeçada por um bloco de oposição das correntes sindicais (Ecetistas em Luta/PCO, MRL, Intersindical, Mute e sindicatos independentes) decidiu impulsionar a mobilização dos trabalhadores de São Paulo e do Rio de Janeiro de maneira independente, em defesa da unidade nacional da categoria na sua campanha salarial.

Ao contrário do que o PSTU defende, a unidade com a burocracia sindical, a corrente Ecetistas em Luta (PCO) defende a unidade dos trabalhadores, que está pautada na unificação pela base da categoria para sepultar o cadáver da burocracia sindical, deixando para trás os traidores que praticamente liquidaram a organização sindical dos trabalhadores.

É preciso unificar a categoria pela base: unir os próprios trabalhadores para que estes possam travar uma luta firme e decidida por seus interesses econômicos imediatos contra o regime de escravidão da ECT. Na sua luta, a categoria já decidiu colocar em primeiro plano a reivindicação de um reajuste salarial de 43,7%, o fim do SAP e da privatização dos Correios.

A vitória da categoria não depende dos mafiosos do PCdoB, mas da mobilização de todos os trabalhadores ecetistas que sabem que a união é a nossa maior arma na luta contra os patrões e seu governo.


Fentect impulsiona unidade pela base


Além de todos os esclarecimento do andamento da campanha salarial, os trabalhadores também puderam discutir livremente na assembleia, apresentando seu ponto de vista e denúncias. Ao contrário do que faz a máfia sindical em suas assembleias, a assembleia da Fentect teve o microfone aberto para que todos os trabalhadores pudessem se expressar.

A assembleia aprovou quase por unanimidade (com apenas uma abstenção) uma moção de repúdio ao ato fascista do PCdoB/CTB na primeira assembleia da Fentect, ocorrido no dia 25 de julho.

Também foi aprovado o repúdio ao coordenador da mesa de negociações da ECT, Luís Eduardo, do Ceará, membro do PCdoB, ex-sindicalista que se vendeu para a direção da empresa e é responsável por todas as mentiras contadas aos trabalhadores, com o objetivo de acabar com a campanha salarial.

Uma moção de repúdio também foi aprovada contra todos os sindicalistas que ganharam cargo na empresa, depois de trairem os trabalhadores.

A assembleia foi uma importante vitória da categoria. Os trabalhadores compareceram mesmo após a campanha do medo promovida pelo Sintect-SP, que procurou intimidar os trabalhadores com a agressão fascista à assembleia do dia 25, e puderam tirar suas dúvidas sobre o andamento da campanha salarial.

A partir da semana que vem, as negociações entre a Fentect e a ECT devem ser retomadas, já que unanimemente as assembleias dos sindicatos de todo o país rejeitaram o reajuste de 3% proposto pela empresa.

A próxima assembleia dos trabalhadores dos Correios de São Paulo ocorrerá no dia 30 de agosto, onde deve ser aprovado o indicativo de greve para o dia 11 de setembro, caso as negociações com a empresa não avancem.

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