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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

ECT quer forçar envio da capanha salarial para o TST

Boletim Ecetistas em Luta de hoje



Direção da empresa quer jogar a decisão sobre os salários e condições de trabalho da categoria na mão dos juízes do trabalho porque sabem que o tribunal vai favorecer a empresa e o governo
Depois de apresentar a sua “proposta” de miseráveis 3% de reajuste, a direção da ECT cruzou os braços: não apresentou nenhuma resposta até agora  sobre as mais de 80 cláusulas da pauta de reivindicações apresentadas pelos membros do Comando de Negociação da Fentect.
A empresa alega que só vai discutir se continua a negociar ou não depois que a Federação, e os sindicatos em nível nacional, respondam se aceitam ou não os 3%. Um verdadeiro absurdo! Acham que os trabalhadores são idiotas a ponto de aceitar um reajuste que não reajusta nada, que está abaixo dos índices de inflação dos últimos 12 meses!
A empresa faz toda essa encenação para ocultar sua verdadeira posição: não querem negociar nada, nunca quiseram!
Chegaram ao cúmulo de afirmar na mesa de negociações em Brasília que queriam um “acordo fechado”, isto é, manter o acordo coletivo da categoria como está, apenas alterando o “reajuste” de 3%.
O que está por trás das manobras da ECT?
A direção da empresa não consegue esconder o seu objetivo ao enrolar as negociações e se negar a dar respostas a reivindicações como o fim do SAP, das horas extras, a contratação imediata de mais 30 mil trabalhadores... Querem empurrar a campanha salarial de maneira completamente arbitrária e ilegal para o Tribunal Superior do Trabalho (TST), para que os juízes escolhidos pelo governo decidam qual deve ser o reajuste.
Para fazer isso, a ECT precisaria ajuizar o dissídio no tribunal do trabalho. Mas, para que seja instaurado o dissídio é preciso que, antes, ambas as partes (trabalhadores e empresários) concordem sobre a inviabilidade de chegar a um acordo na mesa de negociações.
Uma verdadeira negociação implica em que a empresa ouça as reivindicações dos trabalhadores e dê uma resposta. Não é o que está acontecendo nos Correios nesse momento.
A direção da ECT tentou impor um calendário de negociações impossível de ser cumprido. Tendo terminado o prazo estipulado por ela para a negociação, a mesma apresentou uma proposta absurda de reajuste de 3% e da criação de “mesas temáticas” para debater as reivindicações da categoria que não seriam contempladas no acordo coletivo.
A empresa está tentando ajuizar o dissído coletivo unilateralmente porque quer evitar a greve da categoria. Sindicalistas e trabalhadores dos Correios de todo o país já se manifestaram favoravelmente ao calendário proposto pela nova direção da Fentect, que levaria a conclusão das negociações e à greve no mês de setembro.
Queremos o que é nosso! 43,7% de reajuste nessa campanha salarial, com objetivo de repor as perdas salariais dos últimos anos e promover um aumento real de salários.
A tentativa da empresa de ignorar as reivindicações dos trabalhadores não pode passar em branco. Precisamos dar uma resposta contundente à ECT, rejeitando os miseráveis 3% propostos por ela como reajuste e exigindo negociações sérias e com transparência.

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