ESSE BLOG MUDOU

PARA CONTINUAR ACOMPANHANDO AS NOTÍCIAS DOS CORREIOS ACESSO AO LINK olhovivoecetista.wordpress.com
Este blog será desativado em 30 dias

sexta-feira, 6 de julho de 2012

GM – São José dos Campos: PSTU defende as demissões em massas


O PSTU/Conlutas defende PDV e reafirma que para combater as demissões é necessário mobilizar os patrões, o PSDB e o PT 

Os efeitos da crise financeira mundial está atingindo as montadoras no Brasil que já estão cortando custos e reestruturando as suas produções.
Para despejar a grave situação financeira (provocada pelo aprofundamento da crise mundial) nas costas dos trabalhadores as montadoras estão lançando mão do PDV (Plano de Demissão Voluntária) e de demissões em massas.
Depois de ganhar bilhões com subsídios estatais (como a redução de impostos e outros “incentivos”) os capitalistas tentam impor a “receita” do grande capital diante do colapso capitalista: aumentar a exploração da classe operária, com demissões, rebaixamento dos salários... com apoio da burocracia sindical do PSTU/Conlutas.

PDV e demissões em massa

Os patrões da General Motors de São José dos Campos anunciaram uma nova onda de demissões. Cerca de 1.500 trabalhadores na unidade da General Motors de São José dos Campos devem ser demitidos nos próximos meses.
As demissões foram confirmadas pela direção da empresa que pretende extinguir produção da linha conhecida como MVA, responsável pela produção dos veículos Corsa, Meriva e Zafira teria sido feita ontem pela GM ao Sindicato dos Metalúrgicos.
No período de um ano, a GM já fechou cerca de 2 mil postos de trabalho nas fábricas de São José e São Caetano.
Além das demissões, a empresa lançou o Programa de Demissões Voluntárias (PDV).  No ultimo dia 26, A (GM) apresentou a proposta de um novo PDV na fábrica de São José dos Campos. O segundo PDV em menos de um mês.

PSTU vende o peixe o patrão

Diante da enorme ofensiva, o PSTU tenta acalmar os trabalhadores. Utilizando a autoridade do sindicato, os dirigentes sindicais do PSTU Conlutas afirmaram “Em contato com o Sindicato dos Metalúrgicos, a montadora garantiu que não haverá demissões, além das previstas no Programa de Demissão Voluntária (PDV), que se encerra hoje. Até quinta-feira, a estimativa do Sindicato era de que cerca de 50 trabalhadores haviam aderido ao PDV. Até agora a empresa não forneceu informações oficiais sobre o número de adesões.” (www.sindmetalsjc.org.br, grifo nosso)
O PSTU defende abertamente a política de demissões.. Esta política nada mais é que uma defesa nua e crua da política patronal de demissões em massa para solucionar a crise patronal. Uma política pelega da pior espécie e um dos piores ataques que se pode fazer contra a classe operária.
Esta é uma clara demonstração, da política patronal do PSTU Conlutas não só é capaz de propor qualquer iniciativa efetiva de luta para os trabalhadores como leva adiante um sindicalismo abertamente patronal.
O PDV, assim como o PDI (Plano de Demissão Incentivada), é um mecanismo para demitir os trabalhadores de forma que eles não tenham o direito de receber qualquer ressarcimento, uma vez que estas demissões são ocasionadas, do ponto de vista jurídico, não por “justa causa”, mas por um “voluntarismo” dos demitidos. Os pagamentos feitos no plano servem para anestesiar a luta dos trabalhadores contra as demissões. Apoiar esta política é um traição aberta ao interesse dos trabalhadores.
Não apenas os PDV´s, mas também o Banco de Horas e as terceirizações são fórmulas que os patrões encontraram para demitir, aumentar a jornada de trabalho sem o pagamento das horas-extras e fazer contratações sem qualquer direito trabalhista para o empregado.
Em S. José, o PSTU e a Conlutas apoiaram todos os planos de demissão patronais, assim como fazem em todas as outras categorias. O dever elementar de qualquer sindicato de trabalhadores é chamar ao boicote ao plano de demissões.

Diante das demissões, a Conlutas pede penico para o governo do PT

Ao contrário do que os sindicalistas do PSTU afirmaram, a GM vai ampliar os ataques aos trabalhadores. Diante da proposta de demissão em massas, o PSTU deixa claro sua política de apoio patrões.
Depois ajudar o plano de demissão em massa dos patrões, os sindicalistas do PSTU/Conlutas tentam provar para os trabalhadores que a melhor forma de luta contra as demissões – que não seriam as demissões do PDI - é pedindo ajuda para seus próprios carrascos. Para o presidente do Sindicato, Antonio Ferreira da Silva, o Macapá, “O poder público tem de participar ativamente das discussões e impedir que a GM faça demissão em massa. Principalmente por que tem sido dado muito dinheiro público para as montadoras. Os metalúrgicos estão mobilizados e vão lutar em defesa do emprego, mas é fundamental que as três esferas do governo também assumam uma posição a favor dos trabalhadores”, afirma (idem, grifo nosso).
Como de costume, a burocracia do Conlutas para não lutar organiza um teatro  que de nada serviram para fazer retroceder um só milímetro o rolo compressor patronal contra os trabalhadores. Neste sentido, os sindicalistas do PSTU são uma caricatura da burocracia sindical do PT. Aceitam as demissões em massa, enganando os trabalhadores ao dizer que não são demissões e depois chamam o governo do PT para lutar contra outras demissões.
Fazendo demagogia, o PSTU/Conlutas adota uma política ultrarreacionária (já usada pela burocracia da CUT) de “mobilizar” a burguesia contra as demissões, ao invés de mobilizar os operários.

Qual deve ser a política para enfrentar as demissões

Como qualquer burocracia patronal, a direção do Conlutas não tomou qualquer iniciativa, além de palavras. A experiência histórica do proletariado comprovou que a única arma dos trabalhadores contra os patrões e seus governos é a sua organização independente e a luta por suas reivindicações com seus próprios métodos de luta.
As demissões da GM não poderão ser barradas por discursos, reuniões de burocratas com empresários e governos. Só a luta unitária da classe operária pode deter as demissões. O dever elementar de um sindicato operário e chamar o boicote ao PDI.
A ação criminosa da burguesia contra os trabalhadores, só pode ser detida por uma reação de grande intensidade, por uma resposta à altura. Para lutar contra as demissões em massa a única arma verdadeiramente eficiente é ocupação das fábricas e empresas, por que este é o único modo de garantir a unidade na luta entre os que foram demitidos e os que estão ameaçados de perder o emprego; os temporários, enfim todos os trabalhadores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário