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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Oposição na direção da Fentect aprova completa reorganização da Campanha Salarial


A vitória da oposição na federação representa um expressivo avanço da luta contra a burocracia traidora e pela reorganização dos sindicatos dos trabalhadores 

A oposição unificada (PCO, MRL, Intersindical e independentes) que retomou a direção da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) derrotando o bloco pelego do PT-PCdoB, reorganizou toda a estrutura de funcionamento da federação de maneira ampla e democrática, com base nos interesses da categoria, retirando da burocracia sindical o monopólio sobre a entidade e colocando a Fentect a serviço dos interesses dos trabalhadores e de suas lutas.
A importância dessas modificações na principal entidade da categoria se dá principalmente pelo fato da Fentect ser, efetivamente, a única federação da categoria responsável por negociar e assinar o contrato coletivo de trabalho dos funcionários dos Correios, de maneira que as transformações ocorridas nessa entidade são extremamente relevantes para os trabalhadores.  
Nesse sentido, as mudanças promovidas pela oposição foram bastante significativas, destoando profundamente da diretoria anterior e até mesmo de várias organizações sindicais de outras categorias.
Além do estatuto que foi modificado substancialmente, a diretoria foi ampliada de 13 para 38 diretores, aumentando a participação dos sindicatos de maneira verdadeiramente representativa e, a secretaria geral, antes concentrada nas mãos de meia dúzia de pelegos do PT, agora será alternada a cada seis meses entre vários membros da oposição, dificultando a reprodução das traições cometidas pela antiga direção do PT-PCdoB, que se utilizavam desse cargo para assinarem os piores acordos à revelia do restante da diretoria e dos interesses dos trabalhadores.

Uma campanha salarial de luta!  

Porém, umas das modificações mais importantes diz respeito às negociações salariais da categoria.
A oposição aprovou um comando amplo, efetivamente democrático, com um representante por sindicato, formando o CNMCS (Comando Nacional de Mobilização da Campanha Salarial), com um total de 41 membros, que só poderão assinar o acordo se pelo menos 23 sindicatos, de um total de 35, aprovarem a proposta em assembleia, garantindo que o acordo seja amplamente discutido com os trabalhadores de base. Ou seja, uma proposta que liquida com o maldito balcão de negócios de compra e venda de sindicalistas pelos patrões para que assinassem acordos que favorecessem a ECT, traindo descaradamente a categoria.
Um esquema escandaloso de corrupção, comandado diretamente pela direção da empresa e o governo para intervirem nas organizações sindicais e desmoralizar a luta dos trabalhadores.
O modo, portanto, de como se dará a campanha salarial é uma verdadeira revolução para organização da luta da categoria, abrindo uma nova perspectiva no movimento sindical dos trabalhadores dos Correios, mas também, na medida em que seja vitoriosa, a outras categorias operárias do País, que não encontram nenhum paralelo nessa forma de organização de campanha salarial.
Entre as reivindicações principais, dos 265 delegados presentes no XI – Congresso da Federação dos Trabalhadores ficou acordado que o índice para o reajuste salarial será de 43,07%, mais R$ 200,00 (duzentos reais) linear, e a Pauta Nacional de Reivindicações 2012/2013, terá como base a mesma que já foi aprovada no último CONREP (Conselho de Representantes da Federação Nacional dos Correios). Um avanço profundamente significativo em relação às campanhas salariais anteriores!
Diferente da forma de negociação estabelecida pelos pelegos do PT-PCdoB, que negociam cada item em separado: perda histórica, inflação antiga e inflação dos últimos 12 meses e aumento real, dando uma margem de manobra maior para os patrões rebaixarem as propostas e confundir o trabalhador sobre o cálculo real de perdas e ganhos, a oposição unificou todos os itens em um só percentual “cheio” de 43,07%, concentrando e unificando a categoria em torno de um só índice, o que facilita a compreensão da categoria sobre o que está sendo conquistado e aumenta o poder de pressão dos trabalhadores.
Há também dezenas de outras reivindicações econômicas e políticas, como o piso salarial de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) para atender minimamente as necessidades de uma família operária, conforme prevê a Constituição Federal, a luta contra o PCCS da escravidão, o SAP e a privatização da empresa, propostas essas que foram todas defendidas e assinadas em momentos anteriores pela burocracia sindical a serviço dos patrões. 
Várias outras propostas que também fogem completamente do esquema tradicional dos pelegos, que sempre descartam, rebaixam ou usam de reivindicações importantes da categoria para fazer demagogia, serão discutidas no próximo Conrep, de maneira que esses pontos aprovados pela Fentect sob a direção da oposição são apenas indicativos, podendo ser aprovadas muitas outras reivindicações dos trabalhadores.
Dessa forma, a oposição dá um novo direcionamento para a luta dos trabalhadores dos Correios, colocando a Fentect, principal organização da categoria, sob o controle dos trabalhadores de base.

Não à divisão da categoria! Os trabalhadores devem se unificar nacionalmente em uma única campanha salarial!

Os traidores da quadrilha sindical do PCdoB, que dirigem os sindicatos de São Paulo e Rio de Janeiro, afirmaram que pretendem dividir a categoria apresentando uma proposta de campanha salarial separado do restante dos sindicatos.
Esses sindicalistas (Peixe, Divisa, Ronaldão) conhecidos em todo País por serem verdadeiros capachos da empresa, traindo campanhas salariais inteiras, querem fazer os trabalhadores de idiotas afirmando que os sindicatos agora desfiliados da Fentect farão uma campanha salarial de luta, vitoriosa. Nada mais que uma demonstração de cinismo extremo! Pois, toda a categoria sabe perfeitamente que eles foram personagens principais das maiores traições cometidas contra os trabalhadores (PCCS da Escravidão, SAP, acordo bianual etc).
Afinal qual seria a vantagem para os trabalhadores dos Correios de São Paulo e Rio, comandados por essa quadrilha de bandidos fazerem uma campanha salarial isolada, por fora da Fentect, sem a pressão de uma mobilização nacional? Qual a vantagem de dividir o movimento grevista em duas propostas? Nenhuma, apenas serviria para os interesses patronais e da burocracia negociar separadamente, uma vez que enfraquece o poder de pressão das bases.
Não há, portanto, absolutamente nenhum interesse para categoria senão para os patrões, em dividir os trabalhadores, sobretudo no exato momento que a direção da Fentect foi retomada para a oposição.
É necessário denunciar o golpe do PCdoB como um atentado contra unidade dos trabalhadores, contra a luta dos ecetistas e partir para a base desses sindicatos, disputar a direção e expulsar os pelegos.
A corrente sindical Ecetistas em Luta (PCO) faz um chamado a todos os trabalhadores de São Paulo e Rio de Janeiro a rejeitar o divisionismo que os pelegos querem impor e se unificar com os trabalhadores de toda a categoria em uma única campanha salarial dirigida por uma oposição de base, efetivamente composta por trabalhadores e não por meia dúzia de burocratas sindicais.
Somente dessa forma será possível conquistar as reivindicações da categoria e enfrentar os ataques da empresa e do governo.

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