Se o Sintect-MG e os trabalhadores do Pará
não tivessem feito a greve no dia 11 não teria greve nacional e a empresa
poderia colocar em prática os ataques contra o convênio médico
Acabada a greve dos trabalhadores dos Correios, fica muito claro que o principal objetivo da direção da ECT nessa campanha salarial era destruir o Plano de Saúde da categoria.
Acabada a greve dos trabalhadores dos Correios, fica muito claro que o principal objetivo da direção da ECT nessa campanha salarial era destruir o Plano de Saúde da categoria.
A Comissão de
Negociação da ECT a todo o momento tentou enfiar uma suposta “adequação” do
convênio à normas da ANS (Agência Nacional de Saúde). Recusaram-se a abrir o
jogo sobre as suas verdadeiras intenções, que ficaram reveladas no final, quando
em uma das reuniões de conciliação no TST, admitiram que gostariam de reduzir os
gastos com o plano de saúde.
A greve e a pressão
dos trabalhadores impediram que a ECT fosse feliz em suas intenções. O próprio
TST impediu a mudança no plano e ficou marcada uma mesa paritária para discutir
o assunto, que logicamente terá de ser acompanhada por mais
mobilização.
Não há dúvida de
que foi a greve que salvou o ataque ao plano de saúde. A greve estava marcada
para o dia 11 de setembro. A ECT se recusava a negociar com os trabalhadores e
fazia a campanha caluniosa de que era a Fentect que não queria negociar e que os
sindicatos divisionistas – da máfia sindical do PCdoB – eram os bons
meninos.
Momentos antes de
ser deflagrado o movimento paredista, a Articulação/PT começou a fazer a
campanha de que a greve deveria ser somente dia 25 e o PCdoB adiou para o dia
18. Dividiram o movimento para confundir todo mundo e faltava apenas os
integrantes do bloco de oposição, que vacilantes, decidiram também adiar a greve
para o dia 18 e assim ficar a reboque do PCdoB.
O que está claro
para os trabalhadores, mas parecia nebuloso para os sindicalistas, era que o
adiamento da greve – para as duas datas – não passava de uma manobra casada
entre os sindicalistas patronais e a empresa para que não houvesse
greve.
Visto isso, os
trabalhadores de Minas Gerais e do Pará iniciaram a greve no dia 11, conforme o
combinado, e obrigaram os demais sindicatos a entraram na greve ainda que
tardiamente.
Se os trabalhadores
do Pará não tivessem passado por cima da diretoria do Sincort (Sindicato dos
Trabalhadores dos Correios do Pará) da Articulação/PT e se o Sintect-MG e os
trabalhadores mineiros não tivessem aprovado a greve no dia 11, não haveria
greve nacional ou ela seria muito mais fraca do que foi e a ECT teria o caminho
livre para mexer como quisesse no Convênio Médico dos trabalhadores.
Moral da história:
sem mobilização e luta os trabalhadores só têm a perder e quanto maior e mais
vigorosa é a mobilização mais os trabalhadores têm ganhar.
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