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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A greve em Minas Gerais e Pará salvou o plano de saúde da categoria

Graças à luta salvou-se o convênio médico


 
Se o Sintect-MG e os trabalhadores do Pará não tivessem feito a greve no dia 11 não teria greve nacional e a empresa poderia colocar em prática os ataques contra o convênio médico

Acabada a greve dos trabalhadores dos Correios, fica muito claro que o principal objetivo da direção da ECT nessa campanha salarial era destruir o Plano de Saúde da categoria.

A Comissão de Negociação da ECT a todo o momento tentou enfiar uma suposta “adequação” do convênio à normas da ANS (Agência Nacional de Saúde). Recusaram-se a abrir o jogo sobre as suas verdadeiras intenções, que ficaram reveladas no final, quando em uma das reuniões de conciliação no TST, admitiram que gostariam de reduzir os gastos com o plano de saúde.

A greve e a pressão dos trabalhadores impediram que a ECT fosse feliz em suas intenções. O próprio TST impediu a mudança no plano e ficou marcada uma mesa paritária para discutir o assunto, que logicamente terá de ser acompanhada por mais mobilização.

Não há dúvida de que foi a greve que salvou o ataque ao plano de saúde. A greve estava marcada para o dia 11 de setembro. A ECT se recusava a negociar com os trabalhadores e fazia a campanha caluniosa de que era a Fentect que não queria negociar e que os sindicatos divisionistas – da máfia sindical do PCdoB – eram os bons meninos.

Momentos antes de ser deflagrado o movimento paredista, a Articulação/PT começou a fazer a campanha de que a greve deveria ser somente dia 25 e o PCdoB adiou para o dia 18. Dividiram o movimento para confundir todo mundo e faltava apenas os integrantes do bloco de oposição, que vacilantes, decidiram também adiar a greve para o dia 18 e assim ficar a reboque do PCdoB.

O que está claro para os trabalhadores, mas parecia nebuloso para os sindicalistas, era que o adiamento da greve – para as duas datas – não passava de uma manobra casada entre os sindicalistas patronais e a empresa para que não houvesse greve.

Visto isso, os trabalhadores de Minas Gerais e do Pará iniciaram a greve no dia 11, conforme o combinado, e obrigaram os demais sindicatos a entraram na greve ainda que tardiamente.

Se os trabalhadores do Pará não tivessem passado por cima da diretoria do Sincort (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Pará) da Articulação/PT e se o Sintect-MG e os trabalhadores mineiros não tivessem aprovado a greve no dia 11, não haveria greve nacional ou ela seria muito mais fraca do que foi e a ECT teria o caminho livre para mexer como quisesse no Convênio Médico dos trabalhadores.

Moral da história: sem mobilização e luta os trabalhadores só têm a perder e quanto maior e mais vigorosa é a mobilização mais os trabalhadores têm ganhar.

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