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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A“vitória dos trabalhadores” segundo o PCdoB

Para diretoria do Sintect-SP, miséria é igual a vitória
O PCdoB publicou o jornal do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo (Sintect-SP) tentando mais uma vez iludir os trabalhadores. Para a diretoria do sindicato, a greve desse ano foi uma “vitória”. Segundo os divisionistas do PCdoB, a categoria obteve avanços “inclusive no TST”.

O trabalhador, estupefato, assiste novamente ao circo montado pelos traidores da categoria, que no ano passado também tiveram coragem de afirmar que a greve de 28 dias tinha sido uma vitória. Para o PCdoB, “vitória” deve ter outro significado. Ter sete dias descontados, ter um aumento miserável, ter que compensar os dias no final de semana e ser perseguido pela chefia, ter esses dias descontados, ter dado a brecha para a empresa criar o SAP essa é a vitória do PCdoB/CTB.

Esse ano, com medo da mobilização, a empresa e o TST procuraram amenizar os ataques aos trabalhadores. É certo que a derrota poderia ter sido maior – sempre pode – mas o resultado dessa greve não representa nenhum avanço nas conquistas do trabalhador.

O julgamento no TST

Para a diretoria pelega do Sintect-SP, o TST teria sido favorável aos trabalhadores. Será mesmo?

No jornal está dito que a greve não foi considerada abusiva. É verdade. Mas por que então os trabalhadores serão obrigados a compensar os dias, sob pena de terem descontos no salário?

A cláusula 11 que trata do Convênio Médico dos trabalhadores foi mantida. É fato que a ECT gostaria de destruir esse direito. É fato também que isso só não ocorreu porque a empresa tem medo da reação dos trabalhadores. Mas isso não tem nada a ver com “avanço”, primeiro porque a empresa vai continuar tentando na comissão paritária criada para discuti o assunto. Segundo, e óbvio. Se um ladrão quer roubar o seu carro, mas não consegue, não significa que você teve um avanço, apenas que você conseguiu evitar que tirasse o carro que já era seu. Mas o mais cômico de tudo é que, no caso do Convênio médico, seria como se a vítima fosse obrigada a discutir com o ladrão em quais condições poderá ficar com o carro.

O mesmo raciocínio pode ser feito em relação ao vale extra. A empresa queria roubar os trabalhadores, mas não conseguiu. Melhor para os trabalhadores, mas nada de avanço.

O reajuste de 6,5% ou como o trabalhador não vai poder comer tomate

Essa maravilha de reajuste imposto pelo TST, 6,5%, é apresentado pela diretoria do Sintect-SP como uma vitória.

O PCdoB mostra mais uma vez que consegue se superar no peleguismo. Vejamos porque.

A diretoria do Sintect-SP está fazendo exatamente aquilo que a empresa queria quando apresentou as propostas de 3% e depois 5,2%. Queria que os sindicatos pelegos, como é o caso dos quatro sindicatos divisionistas (São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru e Tocantins), usassem como parâmetro as propostas da empresa. Comparados aos 3%, 6,5% é mais do que o dobro, mas é claro que está muito longe de ser uma “vitória” ou um “avanço”.

É nisso que consiste o ilusionismo da empresa. Como o Sintect-SP é controlado diretamente pela direção da ECT, os traidores do PCdoB inda judaram a empresa a criar esse ilusionismo. É para isso que serve o rebaixamento da pauta. Segundo afirmam em seu jornal “[os sindicatos divisionistas] souberam arrancar a planilha de custos da empresa e achar a hora certa para apresentar uma contraproposta coerente”. Isso pode ser entendido como rebaixamento da proposta do sindicato, que não por coincidência foi bem parecida com a própria proposta miserável da ECT de 5,2%.

O rebaixamento da pauta é parte do ilusionismo criado pelos patrões e pelos sindicalistas traidores. Está muito claro ainda que se não houvesse rebaixamento da pauta, o próprio TST teria outros parâmetros para decidir o índice, por exemplo os 43,7% reivindicados pela categoria, com base nas perdas históricas do trabalhador.

Por fim, o trabalhador sabe que 6,5% não é nada. Sabe que só o feijão teve um aumento de 30% e o tomate, 76,46%, ao longo do ano. Qualquer um sabe também que a tendência é piorar. Essa é a “vitória” segundo os traidores do PCdoB. A continuar com as “vitórias” do PCdoB, a categoria vai ter que viver só de arroz, e olhe lá.

Se a derrota não foi tão grande quanto no ano passado é porque a categoria está mobilizada, inclusive contra os traidores do movimento.

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