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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Essa campanha salarial deixou claro: a ECT quer atacar o plano de saúde da categoria

Os ataques da direção dos Correios aos direitos dos trabalhadores vêm de todos os lados
A direção dos Correios, desde o início da campanha salarial, mostrou interesse em fazer mudanças no plano de saúde do trabalhador. A empresa procurou de todas as formas tornar obscuras as mudanças que pretende realizar no convênio e em nenhum momento deixou transparente para os trabalhadores quais mudanças seriam essas. Em seus documentos, a única desculpa que a empresa utilizou foi uma suposta adequação do convênio médico, previsto na Cláusula 11 do Acórdão, a novas normas da ANS (Agência Nacional de Saúde) que ninguém sabe exatamente o que seriam.

Na reta final da campanha, no entanto, a direção dos Correios admitiu na mesa da reunião de conciliação com o TST que precisa reduzir custos. De acordo com a própria Ata da reunião do dia 25 de setembro está dito: “No tocante ao Plano de Saúde, [a ECT] salientou que a empresa preocupa-se com o alto custo de tal benefício, bem assim com o crescimento desse custo [grifo nosso]. Ressaltou, ademais, a necessidade de realizar adaptações no Plano de Saúde para atender às exigências do órgão regulador.”

“Reduzir custos” é destruir o convênio

Os trabalhador dos Correios sabe que a “preocupação” da direção da ECT em diminuir os custos do plano de saúde é na realidade uma preparação para um enorme ataque contra esse direito.

Apesar das tentativas da empresa de esconder o que realmente pretende fazer, os ataques devem vir de todos os lados. Investigando a fundo as mudanças, dá para imaginar que as intenções da ECT são as piores possíveis para a categoria. Por exemplo, mudar o teto de reembolso no uso do plano para o trabalhador e seus dependentes. Outra mudança que deve estar na mira da ECT são as regras para os dependentes.

A declaração da empresa na reunião com o TST mostra que a direção dos Correios quer colocar em marcha uma destruição do convênio médico.

A julgar pelos recentes ataques ao plano de saúde, dá para perceber bem quais as intenções da empresa. Terceirização dos ambulatórios, demora para a aquisição de guias médicas, fechamento de hospitais conveniados, fechamentos de ambulatórios, contratos cortados em cidades do interior.

O convênio médico da categoria é uma das principais conquistas da luta dos trabalhadores. Para que a empresa aumente seus lucros, que vão parar nos bolsos dos capitalistas que querem privatizar os Correios, é preciso cortar cada vez mais os direitos dos trabalhadores.

Apenas para se ter uma ideia, vamos levar em conta um plano de saúde da Unimed (mais simples do que o dos Correios). O corte do convênio médico pode representar uma perda salarial, no mínimo, de R$ 513,94 por mês, ou R$ 6.167,28 por ano, para um trabalhador cujo convênio cubra ele e sua esposa (os dois com uma idade entre 34 e 38 anos) e duas crianças. Esse valor pode aumentar bastante, dependendo da idade e da quantidade de pessoas. É um aumento substancial no salario do trabalhador.

A empresa não conseguiu mudar o plano de saúde nessa campanha salarial, com medo da revolta da categoria. Porém, os trabalhadores devem se atentar ao fato de que a ECT vai tentar de todas as formas atacar esse e outros direitos. Somente a mobilização será capaz de frear esses ataques.

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