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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

CTE Saúde, São Paulo: Auditoria no setor, ou... escondam a sujeira pra debaixo do tapete

As auditorias realizadas pela ECT nos setores servem para dar o prêmio para a chefia que melhor explorar os funcionários 
 
Essa semana, no CTE Saúde (Centro de Tratamento de Encomendas), é a semana da mentira. Os auditores da ECT estão no setor para avaliar a produção e o trabalho.

Todo mundo já sabe que quando os auditores da empresa estão no setor, quem sofre mais do que o normal é o trabalhador. Para mostrar serviço, a chefia se desdobra para fazer tudo aquilo que não é feito normalmente.

Durante 360 dias do ano, o CTE é uma bagunça. Mesmo porque não poderia ser muito diferente. O excesso de carga no setor não permite que o trabalho possa ser verdadeiramente organizado. Nem a estrutura do local, muito menos os trabalhadores, conseguem dar conta de tanto serviço que escoa nos três turnos do CTE todos os dias. As doenças advindas do excesso de serviço são comuns, não só no CTE Saúde, mas na empresa de modo geral.

No entanto, quando os auditores da ECT estão fazendo a sua “avaliação”, os chefes exigem que os trabalhadores façam o impossível. Tudo o que está legalizado durante o ano, passa a ser proibido. Não pode nada.

A gerência cria esse mundo da fantasia par tentar receber o troféu da ECT. Quem sabe o CTE Saúde não ganha o título de “CTE ouro” ou “diamante” ou coisa que o valha. Para o trabalhador, não vai mudar nada, mas para os chefes, pode ser que eles ganhem alguma medalhinha e quem sabe, até apareçam na Revista da Família[1]. Que importante, não?!

O trabalhador continua na mesma. O salário não aumenta e o serviço não diminui (longe disso!), a única coisa que muda é que ele vai ter que ficar uma semana sendo aporrinhado mais do que já é pelos chefes loucos para ganhar um troféu da ECT. O funcionário fica mais submetido a um maior assédio moral da chefia.

Na hora de criar o mundo da fantasia, as chefias são até eficientes. Mas se é para pedir mais funcionários, mais e melhores materiais de trabalho e melhores condições de serviço para facilitar um pouco que seja a vida do funcionário, a chefia não move uma palha.

A realidade é que ganha o prêmio, o chefe que garanta que os trabalhadores estão sendo devidamente explorados.






[1] Publicação mensal da DR-SPM (Diretoria Regional de São Paulo Metropolitana) distribuída na casa de todos os funcionários.

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