Os divisionistas do PCdoB foram os principais auxiliares da empresa no reajuste miserável da campanha salarial dos Correios
A proposta rebaixada dos divisionistas
serviu de parâmetro para o TST impor cada vez menos aos trabalhadores
Em determinado
momento do julgamento do dissídio da campanha salarial dos Correios, um dos
Ministros biônicos do TST afirmou durante o debate do índice de reajuste que o
tribunal estabeleceria: “acho que 6,5% está bom, já que os dois sindicatos dos
dois maiores fluxos postais do País pediram 5%”.
Esse Juiz,
maliciosamente, estava se referindo ao rebaixamento da proposta feito pelos
quatro sindicatos divisionistas (dirigidos pela máfia sindical do PCdoB) durante
a campanha salarial.
Para quem não se
lembra, um dia antes da ECT apresentar sua proposta ridícula de 5,2%, os
sindicatos divisionistas apresentaram uma proposta de 5% de reajuste mais 5% de
aumento real. Essa inciativa dos pelegos rendeu elogios por parte da empresa no
boletim interno “Primeira Hora”.
Esse rebaixamento
da proposta dos sindicatos divisionistas não adiantou nada. A empresa, que
sequer podia negociar com eles, continuou rejeitando e se mostrando
intransigente até o final da campanha salarial.
O ministro do TST
não elogiou os divisionistas, mas usou sua proposta rebaixada como parâmetro
para o índice que seria imposto pelo julgamento. O ocorrido ensina algumas
lições aos trabalhadores.
Em primeiro lugar e
mais óbvio: os sindicatos divisionistas do PCdoB/CTB estão agindo de forma
casada com a ECT.
Em segundo lugar:
não adianta rebaixar a pauta para agradar a empresa. Se a empresa for
intransigente, continuará sendo intransigente. Os Correios mostraram que nada
iria fazê-los oferecer mais, a não ser que a mobilização e a luta da categoria.
Só assim seria possível impor um reajuste melhor: à força.
Em terceiro lugar e
mais importante: rebaixar a pauta não faz a empresa negociar ou melhorar sua
proposta. Pelo contrário, faz a empresa oferecer cada vez menos. É a lógica de
qualquer negociação. Ninguém oferece pouco por um produto que queira vender, na
expectativa de conseguir mais.
Se não houvesse a
proposta rebaixada dos divisionistas, o parâmetro usado pelos ministros do TST
seria outro, talvez os 43,7% do índice da Fentect, que está muito longe de ser o
miserável aumento de 6,5% imposto pelo TST.
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