Não ao golpe da
assembléia-fantasma! Mobilizar por eleições democráticas
Mobilizar os trabalhadores e todo o ativismo
classista para derrotar os “divisionistas” aliados dos patrões na campanha
salarial
Em
um Edital escondido em uma publicação patronal e sem qualquer divulgação entre
os mais de13 mil ecetistas do Rio de Janeiro, a diretoria do Sindicato dos
Trabalhadores dos Correios (Sintect-RJ), dominada pelo PCdoB/CTB está convocando
para a próxima terça, dia 23/10, uma assembléia-farsa, para eleger a Comissão
Eleitoral, com poderes ditatoriais sobre o pleito para a escolha da nova
diretoria daquele sindicato.
A
assembléia está sendo anunciada para um local fechado e pequeno, na Sede do
Sindicato, com o claro objetivo de reunir um punhado de apadrinhados do
Sindicato, de forma que a categoria não possa interferir no processo.
Os
trabalhadores construíram o Sindicato com sua luta (há mais de duas décadas) e o
sustentam, mas a burocracia sindical o trata como se fosse sua propriedade e
tenta, a todo custo, impedir a participação dos trabalhadores em suas
decisões.
Com
o golpe do Edital e da assembléia feita às escondidas a ditadura do PCdoB, que
fraudou escancaradamente as últimas eleições, quer obter um novo mandato para
continuar à frente do segundo maior sindicato da categoria ecetista do País, de
onde apóia em 100% a política de ataques aos trabalhadores por parte da empresa.
O porque do medo da burocracia
Como
é comum em toda ditadura, a burocracia do Sintect-RJ quer controlar o processo
eleitoral por razões óbvias. Essa direção sabe da revolta dos trabalhadores
contra sua política criminosa.
Nos
últimos anos, essa burocracia – há quase uma década à frente do Sindicato –
mostrou que sua capacidade de trair os trabalhadores não tem limites. Em 2009, o
secretário-geral do Sindicato, esteve à frente, do golpe da assinatura do acordo
bianual, como qual a antiga direção da Fentect (o bloco traidor
PCdoB-PT/Articulação), abriu mão de fazer campanha salarial em 2010, passando
por cima da vontade da maioria da categoria em todo o País. “Ronaldão” chegou a
ser perseguido por centenas de trabalhadores em Brasília, que aos gritos de
“traidor” queriam dar ao “Judas” o que ele merecia.
Ao
perceberem que iriam (como foram) ser derrotados no comando da Federação, pelos
bloco de oposição ao peleguismo que expressava o descontentamento da categoria
com os traidores, a máfia sindical do PCdoB/CTB – como sempre, sem consultar a
base da categoria – tramou a divisão da federação nacional dos trabalhadores
(Fentect).
O
objetivo desse golpe ficou claro na recente campanha salarial da categoria.
Cindo diretorias de sindicatos dirigidos por estes agentes patronais (além do
RJ, SP, RN, TO e Bauru) trabalharam abertamente pela divisão da categoria.
Apresentaram outra “Pauta de Reivindicações” para a direção da ECT, diferente da
que foi aprovada no Congresso Nacional da categoria e nas assembléias realizadas
em todas as bases sindicais, por convocação dos Sindicatos e da Federação. Uma
“Pauta” que “jogava na lata do lixo” reivindicações fundamentais dos
trabalhadores para apoiar a política da direção da ECT de não atender nenhuma
reivindicação da categoria e ainda retirar direitos conquistados pelos
trabalhadores.
Esses
“divisionistas” fizeram campanha aberta contra a Pauta votada pelos
trabalhadores. Diziam por exemplo que a reivindicação de 43,7% de reposição das
perdas salariais era um exagero. Da mesma forma como faziam os patrões (direção
da ECT e ministros) que roubaram os ecetistas cerca de um terço do poder de
compra dos seus salários.
Vendo
a disposição de luta dos ecetistas e a possibilidade de uma greve nacional da
categoria, esses traidores que haviam proposto assembléia para decretar a greve
a partir do dia 12 de setembro, sabotaram a greve nacional, que acabou ficando
isolada nos estados de Minas Gerais e do Pará, sob o pretexto de adiá-la para as
semanas seguintes.
Não
conseguindo evitar a greve no dia 18, agiram abertamente para sabotá-la e
passaram a apoiar a proposta patronal apresentada por uma ministra do TST – que
foi retirada por ter sido rejeitada pela empresa. Conseguiram assim evitar uma
derrota da direção da ECT e uma vitória dos trabalhadores contra os
patrões.
Por
tudo isso, a máfia do PCdoB sabe que só poderá continuar à frente do Sindicato
se realizar eleições fraudulentas nas quais a vontade da categoria não se
expresse.
Unidade da oposição e da categoria para derrotar o golpe
A
presença dessa direção traidora à frente do Sintect - RJ, bem como do Sintect -
SP, são um obstáculo ao avanço da luta da combativa categoria ecetista em todo o
País.
Por
isso mesmo, sua derrota representaria um passo importante no sentido do avanço
do processo de construção de um novo sindicalismo no movimento nacional dos
correios, fazendo avançar as tendências expressas no último congresso nacional
da categoria (XI Contect) onde o bloco de oposição ao peleguismo (Ecetistas em
Luta/PCO – MRL - Intersindical-Independentes) derrotou o bloco traidor (PCdoB -
Articulação/PT), aprovando um conjunto de medidas no sentido de recolocar a
Fentect à serviço das lutas dos trabalhadores.
O
Sintect - RJ é ainda uma das mais importantes trincheiras do peleguismo, do
sindicalismo patronal que, nas duas últimas décadas impôs um conjunto de
retrocessos à categoria e bloqueio suas lutas, por meio de traições e
sabotagens. O Rio e um dos estados com maior número de ex-sindicalistas que
assumiram cargos de confiança na empresa, passando-se para o lado dos patrões
contra os trabalhadores.
Nesse
momento é um ponto de apoio da política dos patrões e do governo de ataque às
conquistas dos trabalhadores e dilapidação da empresa pública no sentido da sua
privatização, como ficou evidente na última campanha salarial.
A
luta para por derrotar o sindicalismo patronal e superar a divisão por ele
imposta, pondo fim à esta ditadura, devolvendo o Sindicato para as mãos dos
trabalhadores e avançando no sentido da unificação da categoria em nível
nacional – uma de suas armas mais poderosas – é a principal tarefa do ativismo
classista dos correios do Rio de Janeiro e de todo o País.
É
preciso dar a batalha. Unificar todas as forças que se disponham a atuar neste
sentido em uma luta concreta: denunciar
o golpe de “Ronaldão - bianual” e seus comparsas do PCdoB-/CTB e
conquistar eleições livres e democráticas para que os trabalhadores dos
Correios do Rio tomem em suas mãos os
destinos do Sintect - RJ.
Chamamos
aos sindicalistas de todo o País e aos trabalhadores ecetistas de um modo geral
a se mobilizar nesse sentido.
Desmascarar
a farsa dos sindicalistas traidores e retomar o Sintect - RJ para os
trabalhadores.
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