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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Análise da companheira Anaí Caproni: O futuro da Fentect é o bloco de oposição


Confira o balanço do segundo dia do XI Contect e as perspectivas para a luta da categoria 
Bem eu acho importante começar dando os numero para os companheiros que estão nos acompanhando pela internet. Foram duas votações. Uma primeira sendo 138 para o bloco de oposição e 109 para o bloco da situação. Uma segunda votação já agora no final do dia, sendo 113 para o bloco da situação e 110 para o bloco de oposição.
A pergunta que todo mundo se faz é: porque na primeira votação a oposição obteve uma vantagem tão grande em relação a situação? porque que agora, ao final do congresso, a situação, o bloco liderado pela articulação obteve uma pequena vantagem de três delegados?
Isto aqui é respondido pelo fato que esta votação foi ao final dos trabalhos. O bloco de oposição não estava concentrado em fazer com que toda sua delegação estivesse presente no plenário, nos ao final da votação contamos os delegado e observamos que pelo menos sete pessoas do bloco de oposição estavam fora da sala. O dado fundamental é que a bancada do PSTU/Conlutas se absteve na votação, garantindo a vitória para o bloco da articulação.
Esta ultima votação ela comprovou aquilo que nós já havíamos falando há vários meses. O bloco liderado pela articulação ele é um bloco muito fraco que esta atravessando uma crise, uma desagregação muito grande, produto da política de apoio à direção da empresa de ataques aos trabalhadores.
Este bloco só tem condição de se manter minimamente em pé com o apoio do PSTU/Conlutas. seja um apoio através do bloco direto ou apoio através da abstenção como eles fizeram. Se eles não tivessem se abstidos desta votação, o bloco liderado pelo PT/Articulação não teria ganhado nenhuma votação importante no congresso.
A oposição da Conlutas é uma posição extremamente anti-operária contra a categoria. Garantir a vitória ao grupo liderado pelo Talibã, o grupo que apoiou o acordo bianual, os prejuízos todos que a categoria vem sofrendo, é uma política inconcebível para qualquer grupo que se diga de oposição.
Eu quero salientar o fato de que a Conlutas é a responsável por esta vitória, mesmo que apertada, nos temos percebidos a enorme desagregação que existe também na sua própria bancada. Porque a orientação de se colocar nesta posição favorecendo a Articulação é uma orientação que não parte dos militantes tradicionalmente do PSTU nos Correios. É e vidente que militantes bastantes antigos do PSTU não concordam com esta orientação. Existe uma crise interna. A orientação é bastante clara e vem de cima. Ela vem da direção da Conlutas que não é composta de pessoas ligadas ao movimento dos correios, da direção do PSTU que não tem nenhuma participação efetiva na luta dos Correios. Os militantes da Conlutas e do PSTU na categoria dos correios atuam em grande medida através de seu próprio esforço individual. Não existe trabalho de elaboração política, de divulgação e de esclarecimento por parte destas duas organizações no termo da sua direção, tanto da Conlutas como o do PSTU. No entanto é visível que a orientação para favorecer a articulação seja através da abstenção ou da saída do congresso, porque eles já declararam para vários delegados que eles podem inclusive se retirar do congresso ou não votar no bloco de oposição na ocasião da votação da chapa. Fica claro que esta decisão vem de cima, de uma direção burocrática da direção destas organizações.
Eu também gostaria de explica um pouco as causas da pressão para colocar em prática uma política que não favorece a categoria, mas pelo contrário, inclusive desagrega o próprio grupo. A Conlutas criou uma frente nos correios, que no inicio de sua fundação ela contava com cinco sindicatos, é a chamada Frente Nacional dos Trabalhadores do Correios (FNTC). Em função da política de romper com a federação, ou seja, de não leva a luta dentro da federação para mudar a sua direção no momento em que existem grandes oportunidades, já provocou uma desagregação muito grande nesta frente. De cinco, a frente só conta com dois sindicatos efetivamente. O restante já se retirou da frente. Neste sentido, uma política que provoca uma desagregação deste tamanho, rompe com sindicatos tradicionais dos Correios, desagrega militantes do próprio PSTU/Conlutas, só pode ser explicado por objetivos e interesses alheios a questão dos Correios.
Eu gostaria de dá algumas informações que são pertinentes que explicam um pouco esta situação. Atualmente a legislação, a organização das centrais sindicais  no brasil ela é feita através de um cálculo anual de número de sindicatos que as centrais sindicais tem. Quer dizer, você não tem um registro permanente da sua central sindical. Todo o ano, o cálculo de sindicatos das centrais é feito para que seja dado o “registro” para o ano. Na ultima contagem que foi feita do número de sindicatos, a Conlutas não tem o número necessário para funcionar como central sindical, ou seja, pare receber as verbas que as centrais sindicais têm direito anualmente, do imposto sindical das verbas sindicais aprovadas pelo governo e pelo Ministério do Trabalho.
Este ano a Conlutas esta legalmente com o registro suspenso, porque não teve a contagem de sindicatos necessários. Existe uma movimentação geral do PSTU e da Conlutas  desesperadamente para conseguir a filiação do numero de entidades necessárias para obter este registro colocado em funcionamento novamente.
O objetivo de formar uma federação nos correios contra a vontade da categoria, prejudicando à luta contra burocracia articulação que poderia se derrotada sem nenhuma dúvida com os votos dos delegados do PSTU. Este objetivo que parte do interesse da direção destas duas organizações de forçar a barrar para conseguir os recursos que advém da retomada do registro da Conlutas como central sindical. Qualquer pessoa pode acessar o site do Ministério do Trabalho e lá vai aparecer a lista das centrais sindicais que estão com o registro sob judice este ano, por não obter o numero de sindicatos e vai verificar que a Conlutas esta lá nesta situação.
 A ruptura é uma ação que não tem nada haver com a luta da categoria não tem nada haver com a organização de uma oposição forte e de luta nos Correios, não tem nada haver com os objetivos que a Conlutas diz que defende de derrotar a burocracia pelega governista como eles da direção da Fentect. Esta “forçação de barra” se dirige única e exclusivamente para o fortalecimento de um aparelho sindical que tem seus interesses próprios.
Para corroborar com esta ideia, eu gostaria de levantar os dados de delegados que a Conlutas deixou de tirar. Se eles tivessem tirado os delegados que tinham direito, esta hora nós teríamos o congresso ganho. No Rio de Janeiro, o diretor da Federação Nacional dos Correios, Heitor, na assembleia de delegados do Rio de Janeiro se recusou a tirar os delegados, apesar de esta presente, fortalecendo muito o grupo dirigido pela ex-diretora do Sintect-RJ Zelia, também conhecida como Zelia Ginsp, se o PSTU tivesse tirado delegados na assembleia, este grupos teria diminuindo a sua participação, a articulação teria diminuído a sua participação no Rio de Janeiro, o que garantiu em grande medida a vitória do bloco na plenária do Contect. Também o fato de o sindicato de São José do Rio Preto não esta presente no congresso. Este sindicato teria direito estatutário a  cinco delegados, um numero importante, eu uma situação onde a disputa acirrada como nos temos. O caso do Rio Grande do Sul, onde o PSTU tirou um delegado e o agrupamento da Conlutas tirou um delgado, no sindicato onde o secretário geral é da Conlutas, ou seja, é evidente que houve uma decisão de não disputar.
Em São Paulo, nós do PCO e da corrente Ecetista em Luta, propusemos, trabalhamos no sentido de que também fosse realizado a assembleia para a tirada de delegados para São Paulo. O Conlutas se posicionou contra, dizendo que a tirada de delegados poderia inclusive ser objeto de uma ação judicial para contestar o Contect, e acabou que não saíram os delgados de São Paulo que também se tivessem sidos eleitos teriam comprometido qualquer mínima possibilidade da vitória da Articulação, porque a delegação de São Paulo é a maior do país.
Este congresso, o resultado da primeira votação onde a oposição ganhou com larga margem de votos, uma votação em que a bancada da Conlutas e do PSTU votou conosco, apesar de ser uma bancada pequena fazem a diferença grande porque a disputa é uma disputa muito apertada. E a votação agora no final onde o bloco de oposição perdeu por três votos sem na participação do PSTU mostra a responsabilidade que eles tem em uma vitória e a manutenção do Talibã na direção da federação.
A minha opinião particular, a opinião da corrente ecetistas em luta, do PCO e de vários companheiros do bloco de oposição é que nós temos chances seguras de ganhar o congresso. Se nós trabalharmos bem, conseguirmos manter a unidade do bloco, que é bastante provável. Se nós tivermos uma organização boa, para nos momento de votação mais importantes, conseguirmos centralizar uma bancada grande de mais de cem pessoas todo mundo junto na mesma hora, nos talvez consigamos ganhar, o bloco de oposição talvez consiga eleger o secretário geral, mesmo se a Conlutas decida não apoiar a oposição.
Agora, nós achamos que se a não tivermos uma vitória integral neste momento o principal já foi feito. Nos demos passos importantes, significativos e decisivos para trazer a tona uma fato que nós já conhecíamos: o bloco liderado pelo articulação ele não tem a menos possibilidade de dirigir a categoria, é um bloco morto, este grupo articulação do PT é um grupo que não tem vida real, eles estão vegetando pelas relações que eles tem pela empresa. Eles não tem mais condições de impor a ditadura que eles fizeram nos anos anteriores, o futuro da categoria é o futuro do bloco de oposição, o futuro da Fentect é a sua reestruturação em bases democráticas, ampliando a participação dos trabalhadores e dos sindicatos de compõe a federação. Eu tenho certeza que este movimento vai trazer de volta os sindicatos que q estão tentando se desfiliar no sentido de organizar a Fentect em uma federação mais forte e classista que ela já foi no passado.

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