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domingo, 17 de junho de 2012

Vitória do novo sindicalismo contra a burocracia sindical do PT


O Congresso Nacional dos Trabalhadores dos Correios que ocorreu do dia 12 ao dia 16 em Fortaleza, teve uma importância enorme não apenas para a categoria, como para os trabalhadores de todo o País.
Nesse congresso, a oposição venceu o bloco da Articulação/PT e PCdoB, há anos à frente da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios, bem como das mais importantes categorias do País.
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é uma das principais estatais brasileiras, contando com cerca de 150 mil trabalhadores, incluindo os terceirizados. Esses trabalhadores estão unificados numa federação nacional, o que foi importante para que essa categoria fosse protagonista das mais importantes greves do País nos últimos dez anos, pelo menos.
Esse Congresso aconteceu em um momento decisivo. A crise da atual direção majoritária da Federação (PT/Articulação) chegou a tal ponto que a oposição, que há muito tempo vinha numa luta acirrada contra as traições dessa burocracia sindical conseguiram ganhar a direção da entidade, um reflexo evidente da mobilização na base, que exigia uma nova direção para suas lutas.
Em meio a essa crise, outras alas da burocracia (PCdoB e PSTU) lançaram uma proposta desesperada que esconde essa crise: dividir a organização unitária dos trabalhadores. Além de beneficiar aqueles que querem romper, a divisão é um expediente para salvar o PT/Articulação de uma derrota acachapante.
Já na eleição dos delegados para o Congresso, o PSTU sob o pretexto de que a Federação deveria ser dividida, cedeu delegados para o PT em vários estados. A sua saída da Federação apenas facilitaria a manutenção do PT na direção da entidade. A vitória da oposição mostra claramente que o caminho não é romper, mas derrotar a burocracia em todas as entidades de massa.
A oposição não só ganhou a direção, como promoveu toda uma reformulação na própria Fentect, aumentando o número de diretores, procurando diminuir o tempo de mandato (no que não foi bem sucedida) e criando um comando de negociação amplo, com um representante por sindicato e submetido às assembleias de base. A falta de democracia interna e o número restrito de negociadores permitiu em inúmeras campanhas salariais que a empresa atuasse comprando muitos dos dirigentes sindicais com cargos.
A vitória da oposição mostrou o caminho do desenvolvimento do movimento sindical brasileiro num sentido revolucionário e sua libertação da prisão burocrática em que foi colocado.
Esse Congreso marca o início do fim da dominação do PT/Articulação sobre o movimento sindical dos Correios, um modelo que se repetirá inevitavelmente em escala nacional.

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