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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Plenária nacional decide ação comum da oposição no Contect para derrotar o peleguismo


A plenária foi o primeiro passo para unificar a oposição contra os traidores e os que querem destruir a unidade nacional dos trabalhadoresA plenária foi o primeiro passo para unificar a oposição contra os traidores e os que querem destruir a unidade nacional dos trabalhadores 

Cerca de uma semana antes da realização do XI Contect (Congresso Nacional dos Trabalhadores dos Correios) vários grupos que formam a oposição nacional, de vários estados, estiveram presentes em uma primeira Plenária da Oposição em São Paulo.
Estiveram presentes na reunião, cerca de 40 companheiros representando diretorias ou oposições sindicais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, Minas Gerais, Uberaba, Juiz de Fora, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Brasília, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Sergipe, Paraíba, Ceará, Piauí, Amazonas e Roraima.
A forças políticas representadas foram as seguintes: companheiros da corrente Ecetistas em Luta (PCO), companheiros do MRL, companheiros da Intersindical,  da Alternativa Ecetista, do MUTE (RJ) e independentes.
Os integrantes da reunião representam aproximadamente 100 delegados dos 264 eleitos para o XI Congresso da Fentect, ou seja, cerca de 40% do Congresso. Entre as diretorias              representadas na plenária encontrava-se a diretoria do Sintect-MG, neste momento, o maior sindicato da Federação Nacional.
Se considerarmos que a delegação ao Congresso é não apenas baseada em um sistema não proporcional, como em um mecanismo burocrático de representação comum aos sindicatos brasileiros em geral, fica claro que a oposição é amplamente majoritária na base da categoria que tem se levantado de maneira sistemática contra as correntes tradicionais da burocracia sindical, a corrente majoritária do PT, a Articulação Sindical, O PCdoB e o PSTU/Conlutas.

Demonstração de força

A plenária da oposição foi uma demonstração de força política e unidade da oposição contra a burocracia traidora da Articulação/PT e da política divisionista e igualmente traidora do PSTU/Conlutas e do PCdoB, refletindo as tendências de luta na base da categoria.
O que unifica a oposição é justamente essa luta contra a burocracia sindical dos Correios que vem traindo sistematicamente os trabalhadores há anos.
A unidade da oposição é mais importante no momento em que a burocracia sindical entra em uma crise terminal. De um lado, a Articulação/PT em completa crise agravada pela saída da Federação, de seu principal aliado na burocracia da Fentect, o PCdoB. De outro lado, o PCdoB e o PSTU/Conlutas que, diante da mesma crise, estão rompendo com a Fentect na tentativa de dividir o movimento dos trabalhadores e enfraquecer suas tendências de luta.
Vale ressaltar o papel do PSTU/Conlutas que, nesse momento de crise, decide dividir a oposição em uma nítida manobra para ajudar a Articulação a se manter na Fentect.

“A hora é agora!”

A plenária da oposição mostrou um contraste marcante com as reuniões do movimento sindical dos Correios. Foram aproximadamente oito horas de discussão civilizada, de troca de opiniões, de formulação de propostas de maneira de maneira democrática, permitindo que todos se expressassem livremente na discussão.
As discussões na plenária foram todas dirigidas no sentido de organizar os companheiros ali presentes para formular um programa para combater a burocracia a fim de retomar definitivamente a Fentect para os trabalhadores.
Verificou-se um consenso na ideia de que a burocracia sindical da Articulação está com os dias contados nos Correios após as traições que tiveram o seu ápice no acordo bianual de 2009. Da mesma maneira, as intervenções dos companheiros presentes à reunião eram unânimes em denunciar a manobra divisionista do PCdoB e do PSTU/Conlutas como sendo um ataque à organização nacional da categoria, à sua unidade e um serviço prestado aos patrões.
Foi discutido o enorme retrocesso da burocracia e a sua divisão como resultado da falência completa da sua política e da sua rejeição crescente pelos trabalhadores.
A análise da estimativa do quadro de delegados para o congresso constatou que o conjunto dos setores que se dizem de oposição – que inclui, entre outros, o PSTU/Conlutas e seus aliados na chamada Federação Anã - está com pouco menos de 50% do número de delegados, contra 25% no congresso passado. Independente do resultado final da composição da diretoria, que certamente será mais favorável aos trabalhadores em relação às diretorias anteriores, o equilíbrio de forças deve garantir que várias propostas importantes para o avanço da luta da categoria sejam aprovadas, propostas essas que serão colocadas pela oposição como a ampliação da diretoria e do comando de negociação da campanha salarial.
Na avaliação de todos os presentes não está descartada a possibilidade, inclusive, de que a oposição, se se mantiver unida, venha a sair vitoriosa do congresso, o que significaria uma enorme vitória para a luta dos trabalhadores. O grande obstáculo para esta vitória é a oposição aberta do PSTU/Conlutas e de seus aliados em derrotar os pelegos no congresso. O PSTU/Conlutas considera que a derrota da oposição no congresso lhe daria argumentos para convencer outros sindicatos a romper com a federação e criar um aparelho próprio, mesmo ao preço da liquidação da unidade nacional da categoria. Nas eleições para delegados, o PSTU/Conlutas convenceu um dos sindicatos seus aliados a não eleger delegados para o congresso, retirando, dessa forma, cinco delegados oposicionistas do Contect. No Rio de Janeiro, o próprio PSTU comandou a abstenção da sua bancada na assembleia para a eleição de delegados, deixando de eleger mais cinco delegados e dando, de presente, cinco delegados para o bloco PT-PCdoB. Verificou-se em outros lugares, como o Rio Grande do Sul, que outro aliado do PSTU, o Grupo Movimento Revolucionario/Luta pela Base não se empenhou  na eleição de delegados.
Isso quer dizer que o bloco sindical da direção da empresa já começa com a vantagem de pelo menos 15 delegados entregues voluntariamente pelo PSTU/Conlutas e seus aliados ao governo Dilma e à direção da ECT. Mesmo assim, a oposição mantém uma importante presença no congresso, que se beneficia do fato de que a burocracia sindical da empresa está desmoralizada pela rejeição dos trabalhadores e pela ruptura do bloco PT-PCdoB, bem como pelo fato de que é a sua política a responsável pela atual crise da federação, ou seja, foi a sua política que abriu as portas para a política liquidacionista tanto do PCdoB como do PSTU/Conlutas.
Essa situação no Congresso é expressão da mobilização da categoria que está passando por cima da burocracia e buscando uma nova direção e uma nova organização para o seu movimento.

Propostas para retomar a Fentect

Após a análise da situação política e da situação do movimento nacional dos Correios, foram debatidas propostas políticas para serem defendidas no Congresso. Uma nova reunião foi marcada para antes do Congresso, em Fortaleza, para que sejam aprovados os eixos de discussão que a oposição defenderá no Contect.
Também ficou decidido que será lançado um manifesto conjunto defendendo a luta contra a burocracia traidora da Articulação Sindical/PT e os divisionistas traidores do PCdoB e do PSTU/Conlutas.
Foi discutido um amplo conjunto de reivindicações para reorganizar a Fentect que são uma saída de bases e classista para a crise em que a política burocrática colocou a organização, tais como a ampliação dos órgãos deliberativos e medidas efetivas de organização das lutas. Houve consenso em torno do fato de que estas propostas não se limitam ao congresso, mas se dirigem a orientar a luta da categoria no próximo período.
O movimento de oposição nacional que começa a se organizar na plenária de S. Paulo fará um amplo chamado às bases para que se mobilizem para impor esta política, seja de um modo ou de outro e para impedir a ação daqueles que querem destruir o movimento nacional dos trabalhadores dos Correios conquistado pelas lutas dos trabalhadores e colocado em risco pelas três correntes que o vem dirigindo burocraticamente há mais de duas décadas: PT/Articulação, PCdoB e PSTU.

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