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segunda-feira, 25 de junho de 2012

”Talibã” não é mais secretário-geral da Fentect: O fim de uma farsa muito mal elaborada


Não dá mais para rachar a categoria colocando a culpa na burocracia sindical, a Fentect foi retomada pelos trabalhadores 

Ele foi o homem que personificou todas as traições sofridas pela categoria nos últimos três anos. Sem dúvida que José Rivaldo, o “Talibã”, o agora ex-secretário-geral da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) foi um dos personagens principais dessas traições, como o acordo bianual e a derrota da greve de 2011. Não que ele tenha sido o único personagem, mas seus aliados aproveitaram sua posição de destaque para roer a corda e deixar toda a sujeira no seu colo.
Foi assim que o PCdoB (em São Paulo e no Rio de Janeiro) decidiu romper com a Fentect. Romperam dizendo que a culpa de toda a desgraça da vida do ecetista era do Talibã. Seria verdade, ao menos por um detalhe. Se não fosse a atuação do PCdoB/CTB nos sindicatos do Rio e de São Paulo – os maiores da categoria – as traições não seriam possíveis em que o “Talibã” fizesse o máximo esforço.
A aprovação do acordo bianual em 2009 não seria possível se o PCdoB tivesse fraudado as assembleias de São Paulo e do Rio de Janeiro. E tem mais, logo depois de passar por cima da vontade dos trabalhadores de suas bases, Peixe, Diviza e Ronaldão estiveram pessoalmente em Tocantins e em Mato Grosso para fraudar as assembleias de lá para conseguir a maioria das assinaturas para aprovar o acordo bianual. Isso sem contar que Ronaldão ameaçou passar por cima também da maioria do comando de negociação e assinar o acordo bianual, só não foi em frente porque a corrente Ecetistas em Luta mobilizou dois ônibus para Brasília para impedir pela força este atentado contra a categoria.
O PCdoB quer, em um verdadeiro golpe de mágica, atribuir a culpa de todas as traições exclusivamente ao Rivaldo “Talibã” para justificar a sua ruptura com a Fentect e dividir a categoria, isolar os trabalhadores de São Paulo e Rio de Janeiro e favorecer os patrões... mais uma vez. A acusação contra o “Talibã” é uma farsa, não porque este não seja responsável pelas traições, muito longe disso, mas porque o PCdoB (especialmente em São Paulo e Rio de Janeiro) foi protagonista mais ativo das traições à categoria. As diretorias dos sindicatos de S. Paulo e Rio de Janeiro, “Peixe”, Diviza, “Ronaldão” e Marcos Santaguida foram em todos momentos sócios do “Talibã” e da direção do PT nas traições à categoria.
O PSTU, por seu lado, também acusou a burocracia sindical, chamou-a de “escritório do governo” e deu a ela poderes “invencíveis”. Mas assim como o PCdoB e o próprio “Talibã”, os dirigentes do PSTU também foram responsáveis pela derrota da greve de 28 dias, mandando os trabalhadores voltarem sem assembleia e aceitando calado a ditadura do TST, principalmente em S. Paulo. Está certo que o PSTU não assinou o acordo bianual, mas fez isso sob a pressão intensa da categoria que não aceitava tal ataque e depois fez todos os esforços possíveis para sabotar a luta para impugnar o acordo bianual na Justiça e para implodir o bloco dos 17 sindicatos com o objetivo de construir a sua Federação Anã.
Mas deixemos para lá as considerações que acabam de virar letra morta. Como todos já sabem o bloco de oposição venceu o congresso e o famigerado Talibã não é mais secretário-geral da Fentect.
Caiu, assim, a farsa do PCdoB, seu principal aliado. Se a culpa era só do “Talibã”, ele não está mais no posto máximo da federação e a Articulação Sindical do PT não é mais maioria em sua diretoria.
Caiu por terra também a farsa da direção do PSTU/Conlutas. Se o problema da Fentect era o “governismo” do senhor Talibã, não é mais. O PSTU pode continuar insistindo, mas fica difícil provar que o PCO ou a Intersindical são “governistas” e, mais ainda, que os seus ex-aliados na Federação Anã como as diretorias dos sindicatos do PI, AM e PB estejam a soldo do governo. Totalmente absurda e golpisa é a tese de que o setor petista do MRL são governo quanto a Articulação, quando estiveram no bloco dos 17 e agora contribuíram para derrotar o governo no Congresso. A direção do PSTU, derrotada em sua política divisionista lança uma última falsificação para tentar passar uma ala petista como sendo parte do governo do PT. Ainda mais quando essa ala petistas não compõe mais que um terço do bloco de Oposição. Os militantes sérios e comprometidos com a luta estão vendo, por experiência própria, que as “teses”, tanto da direção do PST/Conlutas como dos pelegos do PCdoB nada mais são que a folha de parreira de uma política completamente oportunista contra o interesse da categoria.
A prática comprovou que a ruptura e destruição dos sindicatos é a política dos patrões ou dos covardes e que a luta, em todas as ocasiões, é a única saída para os trabalhadores.

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