Após
a traição do PSTU/Conlutas, que resultou no fim de uma das maiores greves dos
metroviários de São Paulo, a Liga Estratégia Revolucionária, também parte da
Conlutas, faz demagogia afirmando que a categoria mostrou sua força e tenta esconder
a farsa afirmando que houve conquistas econômicas, pois apoiou e participou do
golpe contra os trabalhadores
Em
um pequeno balanço sobre a greve dos metroviários de São Paulo, a Ler-Qi faz um
papel vergonhoso e capitulador escondendo as traições do PSTU/Conlutas. Afirma na matéria que “este ano os
metroviários mostraram que todos estavam errados e que tem uma força capaz de
parar a principal cidade do país”, para servir de consolo para os trabalhadores
que realizaram uma enorme greve completamente à toa.
Também
afirmam que houve avanços econômicos, uma manifestação extremada de demagogia e
tentativa de enganar os trabalhadores, uma vez que todos sabem que a proposta
aprovada é muito mais rebaixada que a apresentada pelo sindicato, e também pior
do que a apresentada pelo juiz do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), e
rejeitada amplamente pelos trabalhadores na assembleia que deflagrou a greve.
A
proposta aceita pela direção do sindicato foi de 6,09% quando a reinvindicação
era de 22,06%. O aumento do adicional de risco de vida para os Agentes de Segurança
(AS´s) e Agentes de Estação (AE´s) passou de 10% para 15% quando o pedido era
para 30%, como acontece nos ferroviários, ou seja, apenas um reajuste da
inflação. O governo nem tocou no assunto dos demitidos políticos da greve de
2007, na equiparação salarial, plano de saúde para os aposentados e na
participação dos resultados. Qual seria os ganhos econômicos da categoria? Esta
afirmação é claramente uma tentativa de esconder capitulação a traição do
PSTU/Conlutas, justificando o injustificável, ou seja, acabar com agreve sem
qualquer resultado ou qualquer motivo.
Ocultam
a traição do PSTU/Conlutas
Para
a LER-QI o “erro” (não a traição) do PSTU foi de não ter preparado a greve.
Afirmam que “o Sindicato se negou a organizar setoriais nas linhas, no setor da
operação, seguindo com uma lógica caudilhesca de que quem constrói a greve é
apenas a diretoria do Sindicato e dificultando o surgimento de novos ativistas
e setores de vanguarda”. Uma afirmação sem sentido porque apesar da diretoria
do sindicato boicotar abertamente a greve, a greve aconteceu com a adesão de
grande parte da categoria e que parou todos os setores do metrô.
O
que a LER-QI oculta na sua análise foi a traição e a realização de uma
assembleia-farsa pela direção do sindicato do PSTU/Conlutas para acabar com a
greve.
O
que realmente aconteceu e que a LER-QI quer ocultar dos seus militantes e dos
trabalhadores é o seguinte. A direção do sindicato nunca foi a favor da
realização da greve, exatamente o que aconteceu no ano passado, quando não
houve greve, também sem nenhuma conquista. No entanto, a diretoria do
PSTU/Conlutas vendo a impossibilidade de encerrar a greve numa assembleia dos
trabalhadores foi obrigada a aceitar a deflagração da greve, com medo de
confrontar os trabalhadores. Porém, trabalhou desde o primeiro minuto depois da
deflagração da greve para abortar o movimento.
Tratou
de manobrar de todas as maneiras para acabar com a greve. Mudou os horários da
assembleia mais de uma vez, mudou o horário para as 12h em vez das 18h como
sempre acontecia. Problemas no deslocamento dos trabalhadores, ativistas nos
piquetes no horário da greve, mobilização de muitos militantes do PSTU
(inclusive os conhecidos pelas traições em suas próprias categorias, como
Zafalão da Apeoesp e Jacaré Cargo Amplo, dos Correios) em uma assembleia
esvaziada.
Nesse
sentido a LER-QI se calou e não denunciou uma linha da traição e das manobras.
Por
que a LER-QI oculta a traição do PSTU/Conlutas?
Fica
clara a capitulação da LER-QI em criticar apenas a preparação da greve pois
participou ativamente da farsa e de que ajudaram o PSTU/Conlutas a encerrar a
forte greve dos metroviários.
Apesar
de afirmarem que são oposição à diretoria do Sindicato dos Metroviários,
dominada pelo PSTU/Conlutas, o que foi visto nas assembleias foi um total apoio
à política traidora que acabou com a greve.
Em
nenhum momento houve uma qualquer denúnica verbal ou através de panfletos
denunciando as manobras da diretoria do sindicato contra os trabalhadores e em
favor do PSDB em São Paulo. O que foi observado foi justamente o contrário. O
principal dirigente da LER-QI, que também é da categoria dos metroviários,
defendeu a proposta traidora do PSTU/Conlutas para confundir ainda mais os
trabalhadores.
Ocultam
a traição e se dizem oposicionistas à diretoria dos sindicato, mas estão sempre
a reboque das traições do PSTU. Não conseguem ter uma posição independente do
PSTU e somente são uma cobertura de esquerda para uma política traidora.
Participaram
ativamente da traição e ajudaram a diretoria a encerrar uma das maiores greves
dos metroviários já realizada sem qualquer motivo. A proposta defendida juntamente
com a diretoria do PSTU/Conlutas é uma traição a todos os trabalhadores
metroviários.
Esse
é o papel da Conlutas?
Esses
setores fazem propaganda da suposta combatividade da Conlutas e sua
independência diante dos governos. Mas na greve dos metroviários foi visto um
total apoio ao governo do PSDB de Geraldo Alckmin.
A
LER-QI revela uma total dependência e participa ativamente das traições e da
política oportunista do PSTU.
A
proposta apresentada pelo PSTU/Conlutas foi uma defesa do governo tucano, que
estava contra a parede diante da greve. Também não denunciou a aliança entre o
PSTU/Conlutas com a sublegenda do PSDB, o PPS, para ganhar a direção do
sindicato. Fato que não diferenciou em nada a política do PSTU/Conlutas, atual
diretoria, a do PCdoB/CTB, das gestões anteriores.
E
os defensores da combatividade da Conlutas não só ficaram em silêncio, mas
participaram ativamente.
Se
for para fazer esse papel e, na melhor das hipóteses, realizar a mesma política
da articulação do PT dentro da CUT, o argumento utilizado para rachar as
organizações fica ainda mais falso.
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