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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Metroviários SP: LER-QI participa da traição do PSTU/Conlutas


Após a traição do PSTU/Conlutas, que resultou no fim de uma das maiores greves dos metroviários de São Paulo, a Liga Estratégia Revolucionária, também parte da Conlutas, faz demagogia afirmando que a categoria mostrou sua força e tenta esconder a farsa afirmando que houve conquistas econômicas, pois apoiou e participou do golpe contra os trabalhadores

Em um pequeno balanço sobre a greve dos metroviários de São Paulo, a Ler-Qi faz um papel vergonhoso e capitulador  escondendo as traições do PSTU/Conlutas.  Afirma na matéria que “este ano os metroviários mostraram que todos estavam errados e que tem uma força capaz de parar a principal cidade do país”, para servir de consolo para os trabalhadores que realizaram uma enorme greve completamente à toa.
Também afirmam que houve avanços econômicos, uma manifestação extremada de demagogia e tentativa de enganar os trabalhadores, uma vez que todos sabem que a proposta aprovada é muito mais rebaixada que a apresentada pelo sindicato, e também pior do que a apresentada pelo juiz do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), e rejeitada amplamente pelos trabalhadores na assembleia que deflagrou a greve.
A proposta aceita pela direção do sindicato foi de 6,09% quando a reinvindicação era de 22,06%. O aumento do adicional de risco de vida para os Agentes de Segurança (AS´s) e Agentes de Estação (AE´s) passou de 10% para 15% quando o pedido era para 30%, como acontece nos ferroviários, ou seja, apenas um reajuste da inflação. O governo nem tocou no assunto dos demitidos políticos da greve de 2007, na equiparação salarial, plano de saúde para os aposentados e na participação dos resultados. Qual seria os ganhos econômicos da categoria? Esta afirmação é claramente uma tentativa de esconder capitulação a traição do PSTU/Conlutas, justificando o injustificável, ou seja, acabar com agreve sem qualquer resultado ou qualquer motivo.

Ocultam a traição do PSTU/Conlutas

Para a LER-QI o “erro” (não a traição) do PSTU foi de não ter preparado a greve. Afirmam que “o Sindicato se negou a organizar setoriais nas linhas, no setor da operação, seguindo com uma lógica caudilhesca de que quem constrói a greve é apenas a diretoria do Sindicato e dificultando o surgimento de novos ativistas e setores de vanguarda”. Uma afirmação sem sentido porque apesar da diretoria do sindicato boicotar abertamente a greve, a greve aconteceu com a adesão de grande parte da categoria e que parou todos os setores do metrô.
O que a LER-QI oculta na sua análise foi a traição e a realização de uma assembleia-farsa pela direção do sindicato do PSTU/Conlutas para acabar com a greve.
O que realmente aconteceu e que a LER-QI quer ocultar dos seus militantes e dos trabalhadores é o seguinte. A direção do sindicato nunca foi a favor da realização da greve, exatamente o que aconteceu no ano passado, quando não houve greve, também sem nenhuma conquista. No entanto, a diretoria do PSTU/Conlutas vendo a impossibilidade de encerrar a greve numa assembleia dos trabalhadores foi obrigada a aceitar a deflagração da greve, com medo de confrontar os trabalhadores. Porém, trabalhou desde o primeiro minuto depois da deflagração da greve para abortar o movimento.
Tratou de manobrar de todas as maneiras para acabar com a greve. Mudou os horários da assembleia mais de uma vez, mudou o horário para as 12h em vez das 18h como sempre acontecia. Problemas no deslocamento dos trabalhadores, ativistas nos piquetes no horário da greve, mobilização de muitos militantes do PSTU (inclusive os conhecidos pelas traições em suas próprias categorias, como Zafalão da Apeoesp e Jacaré Cargo Amplo, dos Correios) em uma assembleia esvaziada.
Nesse sentido a LER-QI se calou e não denunciou uma linha da traição e das manobras.

Por que a LER-QI oculta a traição do PSTU/Conlutas?

Fica clara a capitulação da LER-QI em criticar apenas a preparação da greve pois participou ativamente da farsa e de que ajudaram o PSTU/Conlutas a encerrar a forte greve dos metroviários.
Apesar de afirmarem que são oposição à diretoria do Sindicato dos Metroviários, dominada pelo PSTU/Conlutas, o que foi visto nas assembleias foi um total apoio à política traidora que acabou com a greve.
Em nenhum momento houve uma qualquer denúnica verbal ou através de panfletos denunciando as manobras da diretoria do sindicato contra os trabalhadores e em favor do PSDB em São Paulo. O que foi observado foi justamente o contrário. O principal dirigente da LER-QI, que também é da categoria dos metroviários, defendeu a proposta traidora do PSTU/Conlutas para confundir ainda mais os trabalhadores.
Ocultam a traição e se dizem oposicionistas à diretoria dos sindicato, mas estão sempre a reboque das traições do PSTU. Não conseguem ter uma posição independente do PSTU e somente são uma cobertura de esquerda para uma política traidora.
Participaram ativamente da traição e ajudaram a diretoria a encerrar uma das maiores greves dos metroviários já realizada sem qualquer motivo. A proposta defendida juntamente com a diretoria do PSTU/Conlutas é uma traição a todos os trabalhadores metroviários.

Esse é o papel da Conlutas?

Esses setores fazem propaganda da suposta combatividade da Conlutas e sua independência diante dos governos. Mas na greve dos metroviários foi visto um total apoio ao governo do PSDB de Geraldo Alckmin.
A LER-QI revela uma total dependência e participa ativamente das traições e da política oportunista do PSTU.
A proposta apresentada pelo PSTU/Conlutas foi uma defesa do governo tucano, que estava contra a parede diante da greve. Também não denunciou a aliança entre o PSTU/Conlutas com a sublegenda do PSDB, o PPS, para ganhar a direção do sindicato. Fato que não diferenciou em nada a política do PSTU/Conlutas, atual diretoria, a do PCdoB/CTB, das gestões anteriores.
E os defensores da combatividade da Conlutas não só ficaram em silêncio, mas participaram ativamente.
Se for para fazer esse papel e, na melhor das hipóteses, realizar a mesma política da articulação do PT dentro da CUT, o argumento utilizado para rachar as organizações fica ainda mais falso.

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