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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Empresa apresenta primeira resposta à lista de retaliações apresentada pela Fentect

Recusa dos trabalhadores ao trabalho escravo aos domingos fez empresa reconhecer que a convocação em sábado e domingo é impraticável e que a falta à convocação para compensação não geral falta injustificada.
A direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) encaminhou à Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) a primeira resposta aos 19 itens apresentados pela federação, referentes às retaliações que os trabalhadores grevistas estão sofrendo nos setores em todo o país. Essas retaliações foram denunciadas pelos próprios trabalhadores em vários e-mails, telefonemas e reuniões realizados pela Corrente Ecetistas em Luta e por sindicatos de luta que informaram o que está acontecendo em suas bases.
A empresa continua intransigente na maioria dos pontos, agindo com o cinismo típico dos patrões contra os trabalhadores.  Pressão da categoria, no entanto, obrigou a empresa a voltar atrás na questão da compensação nos dias de repouso.
Em praticamente todos os setores, os grevistas denunciaram que as chefias estavam convocando os trabalhadores a compensarem os dias de greve durante o sábado e o domingo, desrespeitando o direito básico de um dia de repouso mínimo na semana. Esse abuso ocorreu nos três últimos fins de semana, os primeiros após a greve.

Recuo da empresa

Em relação ao ponto três (3) da lista de retaliações apresentada pela Fentect, que reivindica “nenhuma compensação aos domingos (...) O trabalho no domingo deve ocorrer somente com transferência de folga para outro dia da semana”, a empresa foi obrigada a recuar e responde que “o repouso semanal será respeitado preferencialmente aos domingos.”
Ainda em relação à compensação, a empresa também foi obrigada a aceitar a exigência dos trabalhadores que consta no item cinco (5): “Desconto da totalidade dos dias de greve, no caso dos trabalhadores que façam tal opção por escrito”, assim como o que consta no item nove (9) “cancelamento imediato de todas as suspensões e faltas injustificadas por não comparecimento aos dias de compensação”. A empresa respondeu esses itens da seguinte maneira: “as faltas às convocações para compensação não serão consideradas FI (Faltas Injustificadas). Portanto, não haverá sanção disciplinar. Restará apenas o desconto do dia não trabalhado”.
A direção da ECT foi obrigada a ceder aos trabalhadores devido è pressão da categoria que não está comparecendo em massa às convocações. A empresa teve que recuar tamanha foi a mobilização dos trabalhadores, que não aceitam ser tratados como escravos pelas chefias.

Insistência no abuso

Em relação ao item dez (10) apresentado pela Fentect que diz “trabalho no domingo, imediatamente posterior à greve deve valer 200%”, a empresa continua negando a reivindicação, apesar de dizer, em todos os pontos de sua resposta que as resoluções serão tomadas de acordo com o acordo coletivo.
No caso do trabalho no domingo, valendo 200%, a empresa “misteriosamente” esquece o acordo. Aí vale a vontade dos vampiros da direção da empresa que querem de qualquer maneira que o trabalhador grevista trabalhe o fim de semana valendo como se fosse um dia normal, vale tudo para perseguir e escravizar o trabalhador.
Os trabalhadores não aceitam esse abuso. O trabalho no domingo deve valer 200% conforme o previsto no acordo coletivo. A corrente Ecetistas em Luta propõe a organização de ação judicial em escala nacional contra o abuso.
A empresa também se recusa a mudar a compensação de 21 para 15 dias (conforme item 13), já que o trabalho durante a semana é responsável pelo pagamento do final de semana remunerado. A direção da ECT quer que o trabalhador compense 21 dias, sendo que cinco desses dias dizem respeito a final de semana e feriado.

Cinismo

Foram enviadas para a empresa na lista de retaliações denúncias de trabalhadores que estão sofrendo perseguições nos setores.
Há casos de trabalhadores grevistas que foram transferidos de setor contra sua vontade (item 7). Há trabalhadores que tiveram as funções canceladas após a greve, como forma de retaliação à adesão no movimento paredista (item 12).
Esses casos estão acontecendo com muita freqüência nos setores. A direção da ECT, em sua resposta, cinicamente afirma que não sabe de nada e que “não existem orientações para este procedimento”.
É um cinismo, pois todo mundo sabe que essas retaliações estão sendo colocadas em prática pelas chefias a mando da direção da ECT. É uma política geral para punir e perseguir os grevistas.
Para relembrar os dirigentes da ECT, chamamos os trabalhadores, que ainda não mandaram seus casos, com os seus dados, a enviar, imediatamente, para que sejam encaminhados à direção da empresa em conjunto com as denúncias que já foram feitas.
Os trabalhadores também não vão aceitar que os companheiros continuem sendo perseguidos por exercer o seu direito de greve.
A recusa em massa da categoria a trabalhar no domingo e feriados, forçou o fim do abuso, mostrando que o caminho para derrotar a política de privatização e de abuso do governo, é a organização da luta unitária de todos os trabalhadores.
A categoria unida é forte, o trabalhador sozinho é vítima dos mensalões na direção da ECT e dos sindicalistas do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol) responsáveis pela traição depois do julgamento do TST, acabando com a greve através do cancelamento das assembleias do dia 13 de outubro, como aconteceu no Rio de Janeiro, São Paulo e em vários estados do país.
 Depois de terem acabado com a greve, sem sequer falar com os trabalhadores, se escondem da categoria deixando para os trabalhadores resolverem sozinhos as retaliações  sofridas.

-    Campanha Nacional contra as retaliações;
-    Assembleias nos sindicatos de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro e em todos os sindicatos que não realizaram assembleia após a greve, para discutir as retaliações e tomar medidas contra os abusos da ECT;
-    Ação na Justiça para exigir o pagamento dos 200% para o trabalho no domingo após a greve;
-    Convocação de um Conselho de Representantes Nacional para discutir a campanha contra as retaliações e a política da empresa de usar a greve para não pagar hora-extra no final do ano;
-    Contratação imediata dos concursados;


Veja aqui o documento - parte 1

Veja aqui o documento - parte 2

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