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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Empresa descumpre Acordo Coletivo e deixa de efetuar desconto assistencial para dificultar a organização do Sindicato

A direção dos correios, em retaliação à vigorosa greve realizada em Minas, através da mobilização impulsionada pelo sindicato, passou por cima do acordo coletivo de trabalho deixando de recolher o desconto assistencial em favor do Sintect-MG com o único objetivo de perseguir o sindicato que mais jogou peso na greve geral deste ano

 
Deliberadamente a ECT fez mais uma de suas cachorradas contra o movimento sindical. Desta vez passou por cima da vontade da maioria dos trabalhadores da base do Sintect-MG e, na cara dura, deixou de efetuar o desconto assistencial que mais de quatro mil e duzentos trabalhadores decidiram repassar para o Sindicato.

Como é do conhecimento de todos os trabalhadores dos correios, a data-base da categoria é 01 de Agosto. Portanto, a validade do último Acordo Coletivo terminava em 31 de julho de 2011. Ocorre que no dia 18.08.2011 o comando de negociações da Fentect juntamente com o comando de negociadores da ECT (composto majoritariamente por ex-sindicalistas que se venderam para a ECT a troco de cargos que oscilam entre 7mil e 15 mil reais) firmaram um acordo provisório estendendo a validade da data-base até a assinatura do ACT-2011/2012 (que acabou na interferência do TST, sendo decidido pelos ministros daquele tribunal, através de acórdão datado de 11.10.2011, pondo fim à greve nacional no dia 13.10.2011 com a traição de inúmeros sindicalistas do bando dos quatro – PT/PCdoB/PSTU e PSOL – e com o retorno da base do Sintect-MG ao trabalho no dia 14.10.2011).

Diante da prorrogação da data-base, O Sintect-MG convocou a categoria e realizou assembléia no dia 30/08/2011 aprovando por unanimidade 2% de desconto assistencial em favor do sindicato, dividido em duas parcelas de 1% a ser descontadas referentes aos meses de setembro e outubro/2011.

Em 2 de setembro o sindicato informou à ECT, através de carta, sobre o desconto assistencial. A ECT divulgou o assunto para toda a base do sindicato em reuniões das chefias, e-mail`s e no “Informa MG” (boletim da Empresa), bem como notificou o sindicato que o desconto seria realizado (sobre os sindicalizados e não sindicalizados) conforme “Acordo Coletivo de Trabalho em vigor”.  Apesar da campanha que as chefias da ECT sempre fazem contra o desconto assistencial, mais da metade da categoria se mostrou solidária com o sindicato, optando favorável ao desconto, até porque os trabalhadores entendiam que o dinheiro do desconto assistencial seria utilizado no pagamento de gastos que seriam feitos no dia-a-dia da greve, a qual eles iriam participar (e que, de fato, participaram massiva e combativamente).

Entretanto, na medida em que a direção da ECT viu o volume da greve e a firmeza do movimento na base do Sintect-MG ela deixou de repassar o desconto no final do mês de setembro, alegando “falha técnica” do setor financeiro da ECT; e se dispôs a repassar o desconto nos meses de outubro e novembro.

Com a manutenção da greve até o dia 13/10/2011, a ECT se articulou com os ministros do TST que alteraram a cláusula do ACT referente ao desconto assistencial (dentre outras, que informaremos à categoria nos próximos informativos) que, a partir de agora, só incidirá sobre os ecetistas filiados ao sindicato. Após essa manobra covarde e desclassificada da ECT, a Empresa se nega a depositar o repasse aprovado pelos trabalhadores (sindicalizados e não sindicalizados) para o sindicato, aprovação essa ocorrida nos 12 primeiros dias de setembro/2011.

Com essa perseguição, a direção da ECT - composta da pior espécie de elementos do PT/PCdoB e PMDB, a esmagadora maioria dos quais chegou de para-quedas nas funções de chefias de primeiro, segundo e terceiro escalões dos correios, sem nunca ter feito sequer um único “PSI”(Processo Seletivo Interno), todos do esquema QI (Quem Indica) – tenta, através da retaliação e da perseguição ao sindicato que mais mobilizou trabalhadores e organizou atividades em defesa de uma campanha salarial que trouxesse vitórias para a categoria, calar a voz do movimento sindical dos ecetistas mineiros.

Esta tentativa desesperada da ECT mostra a contradição do que o PT e o PCdoB pregam na teoria, uma falsa democracia, e fazem na prática, uma ditadura típica dos piores partidos de direita (como é o caso – e não é por acaso – do PMDB, aliado há anos do PT/PCdoB).

A perseguição ao Sintect-MG será respondida pelos trabalhadores, através de um maior número de filiação ao sindicato, maior nível de organização e maior combate ao excesso de trabalho, à truculência das chefias, ao trabalho nos fins de semana e na organização de uma ampla luta pela valorização do poder de compra do salário dos trabalhadores dos correios e pela defesa intransigente de um correio público, 100% estatal, controlado pelos trabalhadores e livre de qualquer tipo de privatização.

Não à ingerência da ECT e do governo dos patrões (PT/PCdoB/PMDB) no movimento sindical!
Pela garantia constitucional da livre organização sindical!

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