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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A greve mostrou a necessidade de um sindicato nacional dos Correios

A ECT é uma só em todo o País. Os sindicatos regionais só servem para dividir os 110 mil trabalhadores

Os Correios são uma empresa com quase 110 mil trabalhadores em todo o País, é a maior empresa do Brasil em número de empregados. No entanto, apesar desses trabalhadores estarem submetidos ao mesmo patrão, que é a direção da ECT e o governo federal, a categoria está dividida em 35 sindicatos. É pelo menos um sindicato por estado, sendo que só em São Paulo, por exemplo, existem sete sindicatos.
Essa divisão dos trabalhadores só pode fortalecer os patrões, representados pelo governo federal que está organizado de maneira unificada contra os trabalhadores, como fica claro nos momentos de greve, quando a direção da empresa e o governo, na pessoa do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, atacavam os trabalhadores na imprensa. Vale lembrar que a própria imprensa capitalista age de maneira unificada entre si e com os patrões para caluniar o movimento dos trabalhadores.
Para dar conta dessa organização dos patrões, os trabalhadores necessitam de uma organização própria, independente que faça frente a ela. Quanto mais a categoria está unificada mais forte ela é para enfrentar os patrões.
A necessidade de unificação dos trabalhadores dos Correios ficou muito clara na greve. Todo mundo sabe que os momentos de maior força na greve foram os que a categoria estava mais unificada, como ocorreu nos atos em Brasília, que reuniram trabalhadores de vários estados, mesmo com todo o boicote do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol) que é nitidamente contra essa unificação, pois defende a política dos patrões como forma de garantir seus privilégios dentro dos sindicatos.
Foi essa unificação, inclusive, uma das principais causas que fizeram a greve avançar. A unidade deu forças para os trabalhadores passarem por cima da direção da ECT, do TST e do governo de um lado e de outro da burocracia sindical do Bando dos Quatro, que foram impedidos em vários momentos de acabar com a greve.
Se houvesse um sindicato nacional da categoria, os trabalhadores teriam mais força para enfrentar os ataques dos patrões. Uma organização unificada daria maior corpo ao movimento, basta notar que para acabar com a greve, cada sindicato comandou uma debandada geral. Alguns cancelaram as assembleias que já estavam marcadas, outros simplesmente mandaram os trabalhadores retornarem ao serviço sem nenhuma discussão e outros até estenderam a greve por mais algumas horas. A divisão da categoria facilitou a manobra da burocracia sindical que foi acabando com a greve sindicato por sindicato, enquanto que os trabalhadores iam perdendo força e organização para enfrentar o golpe.
Os sindicatos do Bando dos Quatro comandaram a debandada, só restou ao trabalhador aceitar. O resultado todo mundo está vendo com os problemas gerados pelo acordo vergonhoso feito no TST.
O caminho para o desenvolvimento da luta dos trabalhadores dos Correios é a sua unificação e um sindicato nacional. A enorme mobilização dos trabalhadores nessa greve coloca como tarefa central para a categoria a criação desse sindicato nacional, contra as tendências divisionistas que existem no meio da burocracia sindical, do PT ao PSTU, o Bando dos Quatro é o maior defensor dessa divisão.
Não à divisão da categoria;
Por um sindicato nacional dos trabalhadores!

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