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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Nova rodada de negociações sobre as retaliações





Representantes dos trabalhadores e da direção da empresa realizaram nova reunião, desta vez com as Diretorias Regionais de São Paulo



Na última quarta-feira, dia 9, foi realizada nova reunião entre representantes dos trabalhadores e a direção da ECT. Dessa vez, a reunião ocorreu em São Paulo, com representantes das diretorias regionais de São Paulo metropolitana e de São Paulo interior e os sindicatos dos trabalhadores do estado e a companheira Anaí Caproni, representando a diretoria da Fentect – Federação Nacional dos Trabalhadores do Correio.
O único sindicato que não participou foi o Sintect-SP, que sabia da reunião mas se recusou a participar pois não quer resolver os problemas dos trabalhadores.
A direção da empresa foi questionada sobre os problemas que os trabalhadores estão passando em relação à compensação das horas da greve. Novamente, a empresa tratou os problemas com o cinismo que vem sendo comum, como se os trabalhadores não estivessem sofrendo nenhuma retaliação por parte das chefias a mando da direção da ECT.
Em primeiro lugar, em relação ao problema da compensação dos trabalhadores sem o descanso semanal a quem têm direito. Na primeira semana de greve, por exemplo, os grevistas chegaram a trabalhar mais de 15 dias seguidos. A companheira Anai Caproni questionou a empresa sobre os trabalhadores do Turno da noite que já trabalham aos domingos. Os diretores da empresa afirmaram que os empregados não estão sendo convocados aos feriados. Uma mentira. Apenas para citar um exemplo, no CTE Saúde os trabalhadores foram convocados a compensar as horas no feriado do dia 2 de novembro e a chefia já anunciou que haverá convocações em todos os feriados pelo menos até o final do ano. A direção da empresa formalizou em ata, que a convocação para compensação só pode ser aos finais de semana, portanto, os trabalhadores não devem assinar, nem comparecer a nenhum feriado para compensar os dias de greve. Em relação à compensação da greve nos finais de semana para o turno 3, a empresa oficializou que ainda não há uma proposta de compensação para estes trabalhadores, na medida, em que o regime de trabalho impede que eles compareçam à compensação.
A lista de retaliações sofridas pelos grevistas não param de aumentar. Os representantes dos sindicatos apresentaram diversos casos de retaliações. Há trabalhadores sendo punidos com SIDs e FI (Falta Injustificada) por não comparecerem à convocação. A própria empresa, em resposta à lista de retaliações apresentada em reunião em Brasília, afirmou que não iria punir os trabalhadores que não fossem às compensações.
Foram relatados ainda casos de trabalhadores grevistas que estão sendo transferidos para outras unidades contra a sua vontade, inclusive delegados sindicais, o que é ilegal. Há também trabalhadores que perderam sua transferência, que teriam direito de acordo com a lista do SNT (Sistema Nacional de Transferências) após a greve.
Diante de todos os pontos, os diretores da empresa apenas se fizeram de desentendidos e afirmaram que os casos de descumprimento do acórdão do TST deverão ser encaminhados à ASGET para serem apurados caso a caso. Quer dizer, fica claro que não há boa vontade da empresa em resolver os problemas. Por isso, é necessária a organização da greve para dezembro, contra a intransigência da empresa em resolver as retaliações.
Em São Paulo, a Corrente Ecetistas chama os trabalhadores a enviarem lista de problemas e retaliações para irmos à Asget negociar as questões específicas.
Em São Paulo, o sindicato, está totalmente a favor da empresa se recusando, inclusive a participar da reunião e discutir os casos que a categoria tem apresentado.

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