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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Para enfrentar a burocracia: dividir a federação ou criar um sindicato nacional?

Os traidores do PSTU/Conlutas querem criar uma federação anã, com menos de 9% da categoria, para dividir ainda mais os trabalhadores, mostrando que estão em oposição ao movimento de unificação dos trabalhadores

O PSTU/Conlutas quer dividir a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) com a desculpa de que a federação seria “burocrática e governista”. Para isso, defende a criação de uma federação anã formada por meia dúzia de sindicatos, dos menores da categoria, que não representam nem 10% dos trabalhadores dos Correios.
A manobra do PSTU/Conlutas não colou entre os trabalhadores, que em primeiro lugar porque sabem que esse grupo não representa nem remotamente uma oposição à burocracia sindical que domina a Fentect (PT e PCdoB), pelo contrário, andam juntos todo o tempo nos piores ataques aos trabalhadores. Em segundo lugar, a categoria sabe, pela experiência, que a divisão dos trabalhadores, como quer o PSTU/Conlutas, serve apenas para fortalecer os patrões e que a tarefa do momento é a unificação dos trabalhadores dos Correios.

PSTU/Conlutas: a ala “esquerda” do Bando dos Quatro

Todo o trabalhador dos Correios sabe que o PSTU/Conlutas não passa de um braço da própria burocracia sindical do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol). Quem não se lembra da recente aliança do PSTU, de Geraldinho e Cia, com a Articulação/PT de José Rivaldo Talibã - secretário-geral da Fentect – nas eleições em São Paulo? Aliança essa que serviu para dividir a oposição e facilitar a vitória do PCdoB no Sintect-SP.
À Parte todas as traições do PSTU/Conlutas junto com os “burocráticos e governistas” do PT e do PCdoB, e há uma lista interminável dessas traições, os trabalhadores puderam verificar na greve que o “amigo de fé irmão camarada” do PCdoB/CTB é o PSTU/Conlutas. Em nenhum momento da greve o PSTU cumpriu um papel de oposição, mesmo que aparente, e do começo até o fim seguiu a mesma política do resto da burocracia sindical. Não resta dúvida disso para a categoria.
Dito isso, fica muito claro a interesse de quem está a manobra do PSTU/Conlutas para dividir a Fentect e formar uma Federação anã. Trata-se de dividir a categoria para fortalecer seus aliados do PT e do PCdoB dentro da Fentect. Em troca, o PSTU ganha uma federação só para ele, com os devidos privilégios.

Dividir a categoria para favorecer os patrões

A manobra do PSTU/Conlutas seria uma das maiores traições contra a categoria caso fosse colocada em prática. Isso porque, no momento em que a categoria, vinda de uma das maiores mobilizações dos últimos 15 anos, está atropelando a burocracia sindical, a saída proposta pelo PSTU é abandonar a luta e dividir ainda mais os trabalhadores.
A greve mostrou que a necessidade dos trabalhadores está no sentido completamente oposto do que propõe o PSTU. Os trabalhadores dos Correios estão divididos em 35 sindicatos. São 100 mil trabalhadores, que estão espalhados em praticamente todos os municípios do País e que lutam contra o mesmo patrão: a direção da ECT e o governo federal.
Está óbvio que a necessidade dos trabalhadores é a sua unificação. A pulverização da categoria em tantos sindicatos representa um atraso para a organização dos trabalhadores, a direção da ECT é uma só em seus ataques aos trabalhadores.
A tendência da categoria é a unificação. A greve mostrou que para que os trabalhadores possam avançar em sua luta, superando as barreiras que foram colocadas, como foi o caso do TST, é necessária uma organização nacional. A burocracia sindical do Bando dos Quatro (PT-PCdoB-PSTU-Psol), a serviço dos patrões e do TST, comandou uma debandada nos sindicatos. Os trabalhadores, sem uma organização que os unificasse de fato nacionalmente, não conseguiram dar uma resposta a tempo ao golpe.
Os atos unificados em Brasília mostraram que a categoria é mais fortalecida na medida em que ganha um corpo e se unifica em torno de um programa de luta geral. Nesse sentido, fica claro que a maioria dos sindicatos, incluindo com destaque os da federação anã do PSTU, cumpriram um papel de boicotar e retardar o desenvolvimento dessa unificação.
Está na ordem do dia um Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios. A unificação da categoria vai superar as barreiras na luta contra os patrões em nível nacional, inclusive deixando para trás definitivamente a burocracia sindical que utiliza a divisão dos trabalhadores como maneira de impor sua política patronal nos sindicatos.
O PSTU/Conlutas quer dividir ainda mais os trabalhadores, criando a federação anã. Uma manobra que só serve aos patrões e à ala maior da burocracia sindical (PT e PCdoB). O PSTU mostra-se mais uma vez como um grupo que atua em oposição ao movimento dos trabalhadores.
Os trabalhadores dos Correios aprenderam novas lições com essa greve e vão dar conta das tarefas que estão colocadas no momento: derrotar a privatização dos Correios e os ataques da empresa, derrotar a burocracia do Bando dos Quatro e se unificar em um sindicato nacional.

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