Trabalhador sofre ataque cardíaco devido ao excesso de trabalho

Trabalhadores denunciam que carteiro sofreu ataque cardíaco devido ao excesso de trabalho, graças aos 15 dias ininterruptos com pelo menos duas horas extras por dia

Os trabalhadores dos Correios do CDD (Centro de Distribuição Domiciliária) Vila Formosa estão denunciando que um companheiro de trabalho sofreu um ataque cardíaco devido ao excesso de trabalho imposto pela direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) após a greve dos Correios.
As denúncias são que o carteiro chamado Silvio sofreu um ataque cardíaco quando estava na sua casa e foi rapidamente levado ao hospital para ser tratado.
Apesar do ataque cardíaco não ocorrer nas dependências do CDD Vila Formosa, o mesmo foi consequência do excesso de trabalho, horas extras diárias e o cancelamento dos finais de semana a mando da direção da ECT como forma de retaliação contra a greve dos trabalhadores dos Correios.
Segundo os colegas de trabalho, Silvio estava muito estressado durante a semana por causa da pressão dos chefes e das cobranças para regularizar o acúmulo de cartas depois de 28 dias de greve. “Silvio trabalhou sábado e domingo e estava reclamando o dia inteiro porque era o aniversário da mãe dele e haviam programado uma comemoração e ele estava "preso" ao trabalho. Nessa noite passou mal e foi levado as pressas para o hospital onde foi diagnosticado e ficou internado no Hospital Nossa Senhora das Dores na UTI”, relatou os companheiros do CDD.
Fica evidente que a pressão e o excesso de trabalho foram o estopim do ataque cardíaco do carteiro Silvio. Os trabalhadores do CDD Vila Formosa estavam há mais de 15 dias ininterruptos de trabalho, sem o dia garantido por lei de descanso remunerado e fazendo no mínimo 2 horas extras por dia.
A direção da ECT deve ser responsabilizada pelo que aconteceu com o carteiro Silvio porque está impondo um regime de escravidão e perseguição política aos trabalhadores grevistas, passando por cima de todas as leis trabalhistas, que são conquistas históricas dos trabalhadores.