Sindicalistas do PCdoB do Rio de Janeiro estão fugindo dos trabalhadores grevistas que querem lutar contra a escravização imposta pela ECT

Os delegados sindicais do Sintect-RJ - Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio de Janeiro, pressionados pelos trabalhadores de base estão convocando a direção do Sindicato ligado ao PCdoB a realizar uma assembleia extraordinária para lutar contra a política de escravização imposta pela ECT após a greve da categoria

Os sindicalistas do Bando dos Quatro (PT – PCdoB – PSTU – Psol) que ajudaram o TST acabar com a maior greve da categoria dos Correios dos últimos 10 anos, não querem realizar assembléia para que os trabalhadores lutem contra a superexploração imposta pela direção da ECT. Sumiram dos setores de trabalho e se negam a realizar assembleia para que os trabalhadores se organizem contra este abuso.
Após o término da greve, a categoria do Rio de Janeiro e de outros estados que foram empurrados pela direção sindical a voltar ao trabalho sem mesmo realizar assembléia para decidir o retorno ao serviço, estão se deparando com exigências da ECT que são verdadeiras aberrações.
Os trabalhadores foram convocados a trabalhar por mais de 16 dias sem repouso semanal e ainda a ECT declarou que o trabalho aos sábados e domingos será considerado com o mesmo valor do trabalho no dia de semana normal.
Diante da ECT tentar reeditar a volta da escravização nos Correios, os trabalhadores nos setores operacionais estão em pé de guerra, discutindo se rebelar contra os algozes representantes da ECT, os chefes, supervisores, coordenadores, gerentes ou até diretores dos Correios.
Em Minas Gerais, o sindicato ligado a corrente Elitistas em Luta/PCO realizou assembléia extraordinária na semana seguinte ao final da greve para organizar o boicote contra o trabalho em finais de semana, além de ação judicial.

Assembléias em todos os sindicatos para discutir a luta contra a escravização na ECT

As direções sindicais ligadas ao Bando dos Quatro que já não queriam lutar contra a ECT durante a greve, orientando os trabalhadores aceitar a imposição do TST, agora é que não querem nem pensar em brigar com a direção da ECT.
A postura patronal das direções sindicais do Bando dos Quatro chegou ao cúmulo do peleguismo, a ponto de passados 20 dias do término da greve, as direções sindicais sequer realizaram assembléia para sequer esclarecer os trabalhadores do que está por vir com os ataques da direção da ECT aos grevistas.
No Rio de Janeiro, os delegados sindicais formaram uma comissão de trabalhadores para exigir da direção do sindicato, ligado aos traidores do PCdoB, realizar uma assembléia extraordinária para esclarecer aos grevistas o que fazer contra os abusos da direção da ECT.
No entanto, as direções sindicais dos Correios ligadas ao PCdoB, a exemplo Sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, que encabeçaram a campanha de terrorismo contra a greve usando a suposta “autoridade” dos juízes biônicos do TST, sequer questionaram as abusividades da ECT na justiça, mostrando que continuaram apoiando a opressão da ECT contra a categoria e continuaram fugindo da fúria dos trabalhadores.
Diante disso, os trabalhadores devem se organizar de forma independente do Bando dos Quatro, assumindo que a organização das assembléias e da luta contra a ECT deve ser feita pela base, através do boicote ao trabalho nos finais de semana e da formação de uma oposição nacional aos meninos da ECT na direção da Fentect.