A posição firme e combativa assumida pelos trabalhadores dos correios de Minas Gerais foi fundamental para que fosse possível a deflagração da greve nacional da categoria.
A decisão de sair em greve no
dia 11 de setembro deu o impulso necessário à luta dos trabalhadores dos
Correios em nível nacional acuando os pelegos do PT e do PCdoB que queriam
impedir a realização da greve nacional.
A categoria vem enfrentando, desde então, vários ataques dos
sindicalistas pelegos e da direção da empresa que queriam evitar, a todo custo,
a greve.
Foi por isso que, às vésperas do dia 11 passado, dirigentes sindicais
ligados ao PCdoB/CTB e ao PT/Articulação, começaram a divulgar que a greve teria
sido adiada para o dia 18 e para o dia 25.
Essa manobra, no entanto, só conseguiu atrasar a mobilização dos
trabalhadores. Não foi capaz de enterrá-la, como estamos vendo agora. Em vários
sindicatos os trabalhadores manifestaram o seu apoio aos trabalhadores mineiros
e a sua insatisfação com a não deflagração da greve. No Pará, os trabalhadores
passaram por cima da direção sindical pelega do sindicalista do PT, Paulo André,
e impuseram a greve.
A greve dos trabalhadores dos Correios de Minas Gerais é a prova viva
desse fato, que fica confirmado também pela greve que se inicia em São Paulo,
Campinas, Rio de Janeiro, Brasília, Paraíba e outras 19 localidades pelo Brasil
afora.
Desde a semana passada, a categoria deu sua resposta à direção da ECT e
ao governo, que querem achatar os salários e impor a superexploração e o regime
de escravidão dentro da empresa.
Agora, os trabalhadores de São Paulo estão parando espontaneamente por
conta do trabalho que foi feito antes, nas semanas anteriores ao dia 11, nas
quais a direção da Fentect procurou mobilizar a categoria nacionalmente para a
greve.
O sindicato de São Paulo (dirigido pela máfia sindical do PCdoB)
trabalhou todo o tempo contra a greve o quanto pôde, mas não foi capaz de
segurar a mobilização dos trabalhadores de base que hoje, espontaneamente
entrarem em greve na maioria dos setores. Também aí, os trabalhadores de Minas
Gerais foram importantes, pois ajudaram a garantir a greve em São Paulo e no Rio
de Janeiro e mostraram o caminho que os trabalhadores destas importantes bases
sindicais devem trilhar.
Chamamos os trabalhadores de Minas Gerais, que já demonstraram ser a
vanguarda desta greve nacional, a acompanhar atentamente os acontecimento e não
permitir que os inimigos da categoria, que estão esperando qualquer oportunidade
para destruir o nosso movimento, sejam capazes de conter a nossa vontade de
luta.
São Paulo, 19 de setembro de 2012
Coordenação Nacional da Corrente Ecetistas em Luta
e Secretaria Sindical do Comitê Central Nacional do Partido da Causa Operária
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